UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
Disciplina: Princípios de Interpretação Bíblica
Professor: Vilson Scholz
Acadêmico: Eleandro Gretschmann
Data: 06-06-05
TRABALHO EXEGETICO DE PIB
Mt 18. 23-35
- Segmentação:
Cena 1 - O rei leva um de seus servos ao julgamento. Este servo suplica para que o rei tenha misericórdia e paciência que ele iria lhe pagar, porem o rei vais e lhe perdoa toda sua divida.
Cena 2 – Este servo, porém, ao encontrar seu próximo, não lhe perdoou de sua pequena divida e o lança na prisão para que o mesmo pague sua divida.
Cena 3 – O rei que antes o perdoara de sua dívida, agora o encarrega de pagar sua divida, indo ele a trabalhar para os verdugos.
- Textura:
No determinado texto notamos o elemento que atua como base para uma explicação moral e religiosa de Jesus, o dinheiro, podemos destacar que se tratava de uma divida em talentos. O primeiro sevo devia grande quantidade de dinheiro para o rei, cerca de dez mil talentos, que após a suplica do servo o rei veio a lhe perdoar. No entanto este servo que foi perdoado de sua divida, encontrando um próximo que lhe devia apenas cem talentos, lançou-o na prisão a fim de que este viesse a pagar.
- Porque parábola?
Porque com essa “parábola”, Jesus quer comparar, da forma como agiu o rei, para com seu servo, assim agirá o nosso pai do céu com relação a nós. Se cairmos em consentimento e lhe suplicarmos que perdoes a nossa divida, mesmo sendo ela imensa ele será fiel, a sua promessa, e nos perdoará. Porém se nós, agirmos de forma a não perdoar a divida do nosso irmão em suas pequenas dividas (aqui não se trata unicamente dinheiro). Deus também não irá nos perdoar, mas fará com que nós pagamos os nossos erros, na condenação eterna. Trata-se aqui de uma parábola no seu sentido estrito.
- Contexto literário (moldura):
Jesus aplica esta parábola quando Pedro o interroga da seguinte forma, “quantas vezes se deve perdoar a um irmão?” e Jesus lhe responde: “Setenta vezes sete”, ou seja, sempre, e para a melhor compreensão da sua resposta, Jesus lhe expõe esta parábola.
- Contexto histórico e cultural?
A parábola nos conta que se tratava de uma divida, a qual devia ser paga em talentos, na época um talento correspondia ao valor pago por um dia de trabalho. Podemos notar então, quão ingrato foi aquele servo, pois ao lhe perdoar da divida, o rei não o obrigou a trabalhar cerca de dez mil dias de serviço para que este quitasse sua divida, porém o mesmo ao encontrar seu irmão que lhe devia apenas cem talentos, fez com que este pagasse pondo-o no trabalho. Consequentemente o rei o enviou para os verdugos, estes que aplicavam dura cervis para que o próximo pagasse sua divida.
- Intertextualidade:
O texto não faz menção com algum texto do antigo testamento, porém da continuidade ao tema do perdão, abordado em Mt 18.21-22.
- Pontos de comparação:
Na parábola, Jesus compara o rei como sendo Deus, em seu juízo. Os servos sendo nós, e a divida são nossos pecados, que conforme nós agirmos para com nosso próximo da mesma forma Deus agirá conosco.
- Lei e Evangelho:
Notamos que o que prevaleceu nesta parábola é a lei, pois conforme vimos, da mesma forma que o sevo não veio a perdoar o seu irmão assim o rei também veio a não perdoa-lo, porém a boa noticia que temos, que é anunciado através do evangelho, é o perdão, que primeiramente o rei teve com seu servo, assim da mesma forma Deus irá ter para conosco.
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