QUALIFICAÇÕES PARA CARGOS NA CONGREGAÇÃO

LENSKI, I Tm 3.1-7; (e Tt.)

Qualificações para cargos na congregação

Este capítulo não poderia ser intitulado die Gemeindeverfassung, a organização congregacional. Paulo não está dizendo a Timóteo que providencie esses cargos e defina suas funções e sua extensão. Tais cargos já estavam estabelecidos e em uso, e Timóteo está meramente arranjando pessoas qualificadas para ocupá-los. Quando Paulo deixou èfeso depois de fundar essa congregação, essa tinha anciãos, que ele convocou um ano mais tarde para encontrá-lo em Mileto quando ele ficou por lá durante sua viagem a Jerusalém.

Este capítulo começa sem um conectivo, e nós temos primeiro a declaração geral: Fé (é) a declamação: se alguém aspira excelente tarefa aspira. Zanh rejeita a leitura ________, embora seja avassaladoramente atestada, e prefere ___________, que é possível, mas fracamente atestada(é encontrada somente em D e em algumas versões Latinas). Ele não pode entender como a forma mais recente foi substituída pela mais antiga, Enquanto pensa que o contrário deveria ter sido feito, desde 1, 15; 4, 9: 2 Tm, 2:11, Tito 3:8 tem: ___________. O cânone subjetivo de Zahn é arriscado- muitas das variantes estão além da nossa habilidade de explicá-las. Os outro quatro exemplos onde essa expressão ocorre nessas cartas nos leva a contar com que em nossa passagem _________ novamente seria usada, e não um adjetivo estranho. Ainda alguns poucos Pais têm o latim Humanus em 1, 15, no sentido de Benigno, e assim, à maneira latina, D pode vir a ter essa variante “Humano” isto é, benigno, é a declaração.

A contenção de Zahn, todavia, é que _________ significa que este é um humano dito no sentido de um locus communis, uma expressão comum do dia-a-dia pagão, que, se alguém deseja um _____, excelente tarefa aspira. Zahn ainda não faz menção de um exemplo na literatura pagã, que toma expressões como essa. Além do que, essa palavra ________, não é um diálogo, e está em um sentido totalmente diferente de “visita”, Besuch, olhando uma vez em uma inscrição licaônica. O que um trivial preâmbulo seria, para dizer que é uma ALLGEMEINE MENSCHLICHE REDE, (Wohlenberg, segundo Zahn) Quem aspira a um ministério aspira excelente tarefa. Este é um assunto diferente, e muito em vista, quando Paulo diz que é uma declaração fiel, confiável porque é verdade, uma declaração de que ele é um apóstolo e faz uma declaração sobre um ofício santo e isso é altamente desejável, as qualificações para tal ele aqui lista. Se importantes qualificações eram necessárias, o ofício do mesmo modo era valioso.

___________= o ofício de um _________, de alguém que cruza o mar, do qual nós temos episcopal, e assim bispo e bispado. Mas no Novo Testamento, _____________ e_____________ cruzador dos mares e ancião são termos para o mesmo ofício e o mesmo oficiário, Cruzador dos mares em razão do trabalho a ser feito, e Ancião em razão da dignidade. A palavra posterior foi emprestada da sinagoga, que também tem seus anciãos. Os judeus também os chamam __________, juizes, um termo não adotado pelos cristãos, Pois esses juizes tinham autoridade judicial e poderiam criar problemas, tal como condenar quem era estrangeiro numa congregação cristã. Os líderes da sinagoga eram normalmente homens idosos, dignificados por sua idade. No NT não há isso, embora os homens escolhidos para serem líderes da igreja cristã normalmente sejam homens idosos. Uma vez que Timóteo era um homem jovem, e não era um ancião em uma congregação, mas o representante de Paulo no território Asiático, ele era respeitado por ser jovem(4.12). Bispos, como oficiantes distintos no pastorado, no sentido de superintendentes de uma diocese, não apareceram até o segundo século. A sugestão de que Paulo nessa carta traça uma distinção entre _________ e __________ é aparente, é muito difícil de provar.

Na base de 5,17 Onde os anciãos são divididos em dois grupos: Aqueles que ensinam e aqueles que só presidem ou gerenciam, Kretzmann conclui que os posteriores eram _______, enquanto os anteriores eram __________, ambos juntos sob o termo __________. Ele também pensa que em pequenas congregações um só bispo pode satisfazer, e é provavelmente por isso que Paulo usa essa palavra no singular no vers. 2. A idéia é interessante,, mas é difícil substanciá-la. Paulo usa o plural em 8, 11 e 12, e requer aptidão para o ensino somente dos __________(v.2), mas é suficiente? Se é nós teremos que mudar muito do nosso arranjo sobe o pastor-pregador e concílio da igreja. Uma grande discussão tem sido montada sobre o assunto, que o estudante pode investigar. A igreja apostólica não tem nada que se assemelhe a uma hierarquia em seu ministério. De fato, o termo _______ indica somente o labor, enquanto __________ não significava dignidade e honra. Diáconos nunca forma chamados presbíteros.

“SE alguém aspira ... ele deseja” diversifica o verbo e torna a expressão maios exata. Paulo recomenda a aspiração e assim a encoraja. è assim que ele continua apontando para as qualificações essenciais que os aspirantes precisam ter. não é dito que eles as teriam uma vez que estivessem no ofício. Como é o caso agora, que depende da necessidade das congregações. A pessoa, todavia, atinge a impressão que tem abundância de oportunidades. Cada aspirante deseja _______ ________, Um excelente trabalho ou tarefa. Nós temos dois genitivos depois de verbos de emoção, R. 508. “Excelente = esplêndido em si mesmo, e também esplêndido aos olhos dos outros que sabem como apreciar essa qualidade. _________ significaria benefício aos servidos, como em Ef. 4. 12. A ênfase está sobre “Excelente”. O fato é que o ofício é um negotium, no otium(Bengel), uma tarefa que requer a energia de todos os homens, e não uma mera honra para se divertir, é concedida, assim como já indicado no título: Episcopus est nomem operis, non honoris (Agostinho), de quem todos os teólogos e estudantes de teologia têm um bom conceito.

2) É NECESSÁRIO QUE O BISPO SEJA IRREPREENSÍVEL, ESPOSO DE UMA SÓ MULHER, COMEDIDO, ORDEIRO, APTO PARA ENSINAR, ETC. em Tito 1.6, tais requisitos são dirigidos aos anciãos. Isto certamente exclui a idéia de que somente alguns ensinavam e eram chamados de cruzadores de mares, enquanto os líderes que não ensinavam eram chamados diáconos. ___ é usado para indicar todos os tipos de necessidade aqui a necessidade inerente no ofício nomeado. A palavra está mais freqüentemente usado no grego que _____.

O primeiro grupo de requisitos consiste de sete, que podem ser divididos em 1 + 4 + 2 ou em 1 + 1 + 3 + 2; o número sete é intencional. Irrepreensível é geral: “não ficar prisioneiro de,” isto é, ter um caráter que ninguém possa repreender, dizer que se é prisioneiro de uma carga de incapacidade, e isso já inclui muito dos outros itens listados a seguir para serrem considerados. Foi observado que todos eles, salvo a habilidade para ensinar e não ser um iniciante no cristianismo, são requisitos concernentes a todos os cristãos; é verdade e mostra que nisso, o que se refere à moral é concernente ao novo Testamento e deve haver um único estandarte, quer para clérigos ou para leigos, e não dois. Mas nós podemos notar que, no caso de membros de congregação, falhas podem haver, mas que não são toleradas em ministros, porque eles devem ser um exemplo para o rebanho(Fp 3, 17; 2 Ts 3, 9; 1 Pe 5, 3). Um homem que aspira ao ministério deve ter um caráter qualificado.

Quatro qualidades são mencionadas agora: Esposo de uma só mulher, brando, submisso, e disciplinado. A ênfase está sobre o ser marido de uma só mulher, e o sentido é que ele não tem nada a ver com qualquer outra mulher - ele deve ser um homem que não está aprisionado por promiscuidade sexual ou luxúria. Paulo não menciona aqui, mas é bem franco ao dizer que nenhum homem que não fosse casado deveria no ministério, que todo pastor deveria ser casado. Desde os dias de Orígenes a questão que se levantou foi: se um pastor viúvo estaria proibido de casar-se novamente. O fato de que Orígenes afirma resolutamente isto não é estranho, visto que ele castrou-se a si mesmo. A sua exegese é dominada por seu peculiar asceticismo. Outros concluem que as segundas núpcias estão proibidas aqui porque eles pensam que em 5.9 “esposo de uma só mulher” refere-se à viúva que não pode ter mais do que um marido. Mas as duas passagens são idênticas em palavras, seu sentido é inteiramente o mesmo, de modo que nós não podemos acrescentar nada em um que não já esteja presente no outro. Nós não precisamos aqui retomar essa discussão desse item, com argumentos não-exegéticos a legislação eclesiástica.

Paulo tinha uma razão para começar com “esposo de Uma só mulher”. Naqueles dias, os homens maduros que eram escolhidos para serem anciãos, em geral eram casados e tinham famílias. Não havia graduados em seminários esperando chamado. A maior parte dos congregados dos quais os anciãos eram escolhidos, vinham do paganismo. E isso está escrito no novo Testamento, os vícios sexuais e o registro de moralidade daqueles dias. Assim como uma das primeiras conferências apostólicas em Jerusalém advertiu contra a fornicação, usando o sentido amplo dessa palavra para mencionar todos os excessos sexuais dos pagãos(At 15:29). As epístolas gritam isso aos ouvidos dos seus leitores. Havia uma instituição regular chamada Hierudouloi, templo pagão das prostitutas; o costume comum de ter-se hetaereae,( “companheiras”, veja Liddell e Scott ______), garotas de famílias de fora da sociedade, usadas pior homens solteiros e casados. E assim, além dessa prática padrão todo o resto das práticas vis encontraram solo fértil onde cresceram. Convertidos ao evangelho não se tornavam perfeitamente puritanos sexualmente de uma só vez. Assim, esse aviso serviu como um início para que os homens fossem estritamente fiéis às suas esposas.

Seria de fato estranho se o primeiro item significasse que as segundas núpcias fossem recusados aos viúvos. As reuniões estavam tão cheias de homens com segunda esposa, e isso significava que estavam definitivamente excluídos das fileiras do ministério? As segundas núpcias são um pecado, de tal forma que todos os requisitos sexuais estão aqui excluídos? Onde, em toda a Escritura, as segundas núpcias são analisadas como um problema de moralidade pessoal? No concernente a 5,9, Paulo advertiria os jovens viúvos que se casassem novamente(5,,14) se abrissem mão dos direitos concedidos aos viúvos em 5,9? É o que Paulo escreve em 1 Co 7, 9 e 39 sobre esse assunto(também Rm 7, 2-3). Apontar para 1 Co é interpretar mal as muitas razões pelas quais ele escreve essa advertência, segundo ele mesmo declara-se em 1 Co 7,26: “ A presente angústia” e 28 “Eu estou suprindo você”(Veja A interpretação de primeiro coríntios). Hb. 13,4 declara: O casamento é honra em tudo. Paulo não está condenando de forma alguma aqueles que casaram-se pela segunda vez, “proibição de casar-se”(4.3). É perguntado porque então se ele estava pensando em pureza sexual, porque ele não usou uma palavra proibindo _______ e_______. Porque nesse grupo de quatro ele tem quatro qualificações positivas, e porque “esposo de uma só mulher” declara as qualificações positivas com grande exatidão. Os comentaristas da igreja primitiva não compreenderam Paulo corretamente, porque eram partidários de um asceticismo não-Paulino, não porque suas palavras não fossem claras.

“Brando”, ou sóbrio(compare o verbo com 1 Ts 5, 6 e 8), é como 2 Tm 4,5: “brando em todas as coisas”, não somente naquilo que implica em prejuízo, mas também de mente: “espiritualmente brando”, que não levasse consigo ensinamentos tais como os ensinados em 1,4, etc. “Sóbrio” é acrescentado(o substantivo é usado em 2, 9 e 15), saudável e equilibrado em juízo, não dispersivo, instável, e outras coisas. Um líder na Igreja que carece dessas qualidades seria perigoso, tal como um membro irresponsável. Nós vemos de 1, 3, etc., e de outras cartas de Paulo como toda sorte de erros e más interpretações deveriam ser tratados para que a igreja tivesse uma base sólida. em 4,1, Paulo adverte para o futuro (Atos 20, 28 etc.) Líderes sóbrios e brandos eram necessários. Eles são necessários hoje também. Kretzmann aponta para os modernos resultados da ciência e crítica bíblica. Além disso nós temos toda sorte de modismos, fantasias e ficções de mentes instáveis. Nós precisamos de pastores que conduzam a sua própria pessoa e então suas congregações com sanidade, segurança e sobriedade de mente em todos os assuntos de vida e de fé.

O Quarto requisito é ________, (adjetivo e verbo encontrados em 2,9), disciplinado, mas aqui, deve ser entendido em um sentido mais amplo, Denotando uma qualidade de caráter. Isso tem sido registrado mais superficialmente quando é entendido como “refinado, cortês, pessoa polida,... de boa instrução”. É a palavra que sempre é usada? O grego chama o homem gentil ______, não _______. Assim como as duas anteriores, isso denota uma qualidade de mente e caráter, que então naturalmente aparecerá em sua vida. Bengel vê a relação ao precedente: “ Quod_____ est intus, id ______ est extra; mas ele tem ima relação errada - ambos referem-se a intus como caráter. A totalidade dos pastores poderia ser disciplinada, espiritualmente, mentalmente e em hábitos. Ser polido e cortês é apenas um sinal externo, mas não é tudo o que Paulo aqui pede. Nós falamos sobre os requisitos aqui agrupados: “polido, sóbrio, disciplinado”. Seria apenas uma lista se o significado posterior fosse “não sujo em aparência, ou rude e desleixado em suas maneiras”.

Enquanto esses três são marcas de caráter, “hospitaleiro, apto para ensinar”. Novamente cai sobre aquilo que é concedido apenas a alguns. A Hospitalidade Cristã é mencionada em Rm 12,13; Hb 13,2; 1 Pe 2,9. Não significa entreter ou festejar com amigos, ou mesmo com os pobres, mas receber cristãos de outro lugar quando estes estão em viagem, ou quando eles estão fugindo de perseguições freqüentemente sem qualquer sentido. As muitas palavras conjuram as condições daquele tempo. Havia muitas viagens por todos os lugares do império, que ajudavam a espalhar o evangelho imensamente. Cristãos viajantes queriam alojar-se com cristãos e receber deles sua confiança qualquer que fosse o seu trabalho. A Hospitalidade cristã é uma grande bênção para eles. Perseguições faziam fugitivos, que freqüentemente estavam em grande necessidade. Então alguma viúva e algum órfão poderiam oferecer-lhe oportunidade de hospedar-se. Os anciãos na Igreja, para quem todos esses casos geralmente apareciam primeiro, faziam o que podiam e então apelavam para outros. Um homem que estivesse sempre pronto a hospedar tinha uma qualidade para ser escolhido presbítero. ______ não pode significar “disposto a ensinar”, porque em 2Tm 2.24, como em Filipenses, que é o único que tem a palavra, significa “apto ou hábil para ensinar”. “Todos são Professores?”, 1 Co 12,29. Não, nem todos. Àqueles que ainda precisam muito de ensino e são incompetentes para passar sabedoria, não deve ser repassado um ofício em que alguma prática em ensino é necessária. Quando, em 5,17, a habilidade deve estar de acordo “especialmente àqueles trabalhos na Palavra e ensino”, nós vemos que os anciãos dividiam o trabalho entre eles mesmos, aqueles mais hábeis para ensinar atendiam a maior parte da pregação e ensino. Isso não implica que os outros não tivessem nada para ensinar. Os últimos eram diáconos e os professores eram os cruzadores de mares. , mas que ambos eram chamados anciãos, será difícil provar - até porque ________ não significa ensinador, como ________. Nós temos divisões em nossa igreja hoje, ainda que os diáconos não sejam nossos confidentes, eles poderiam, e vice-versa. Habilidade para ensinar não significa meramente uma atitude natural, mas uma qualificação de passar adiante o que lhe foi ensinado. Kretzmann: o _________ poderia ser um _________, 2 Tm 3, 14; 2, 2. Um professor fiel ensina, e cada vez mais ele sentirá a necessidade de adquirir mais e mais sabedoria a respeito da verdade que ele ensina.

3) Os primeiros sete são seguidos por outros sete, nominalmente dois com __, três que são opostos, então dois(um positivo e um negativo) com elaborações. Os seis adjetivos continuam adjetivos do v. 2, porque eles então podem ser usados então com ______. Mas os cinco termos do versículo 3 contém o substantivo _______, tal que nós podemos julgar os adjetivos como sendo substantivados: não dado a vinho, não rebelde, contrário a desonestidade, não briguento, não amante do dinheiro. Um _______ é alguém que não resiste ao vinho, um bêbado, um beberrão. Um “Striker” é alguém que tem pavio curto e está pronto a cerrar os punhos. Pelo lado contrário, nós temos o ______, pessoa que é gelinde, (Lutero), gentil, humilde, uma palavra bonita, sem um equivalente exato em inglês ou em Latim. Veja o autor em Fp 4,5, onde a palavra é dita como um cumprimento. Um ________ é alguém que nunca briga, que não é do tipo brigão. Por último, nós temos alguém que não ama o dinheiro, que não é mercenário, que não é avarento. Veja que um termo positivo nomeia um virtude declarada, de um lado dois negativos com __, do outro dois com alfa privativo, que também não é acidental, não no caso de Paulo como o conhecemos. Veja também que ______ contrasta somente com ________, não com os dois termos seguintes.

4) A construção com o predicado acusativo depois de ______ continua com os particípios: Comandante sobre sua própria casa, criando os filhos em submissão com dignidade; se não sabe comandar sua própria casa, como conduzirá a igreja de Deus? O particípio significa conduzir, ser o primeiro, a cabeça de seu lar; “Reger” não é bem exato. em 5, 7 o particípio deste verbo é usado diretamente com referência ao trabalho dosa anciãos na igreja. Qualquer homem cristão estaria habilitado para essa função se for um bom cabeça em sua casa, alguém que falha neste simples requisito não deve ser elevado a ministro. Infelizmente, esse teste não pode ser aplicado aos graduados que são solteiros ou recém-casados do seminário que estão entrando no ministério. Veja que os objetos de ambos os particípios têm uma ênfase porque eles estão adiantados; Isso é também verdade, considerando “A Igreja de Deus” no versículo 5. Verbos de normas regem o genitivo.

Essa excelente superintendência está mais evidente no caso da criança, que não é dominada com superintendência, mas subordinado a ele. O requisito não é que o ministro precisa ter filhos, que um homem jovem não pode ser escolhido, mas que, quando ele tiver uma família, como a maioria dos homens têm, qualquer criança, independente de sua idade, esteja em submissão com toda a dignidade. Submissão como em 2, 11. Não é necessário separar as duas frases, como alguns propõe, por medo que de outra forma terá que ser interpretada a dignidade da criança, que não pode fazer atos dignos. O sentido é: “em submissão ao pai, com dignidade de sua parte.” “Submissão” tem o sentido passivo, tendo o pai como sujeito. Nós podemos traduzir: “mantendo cada criança que tem em submissão(a ele) com toda a dignidade”. Ele age dignamente quando mantém a obediência.

5) Mal-educada, criança arteira reflete o pastor, não meramente porque eles são maus exemplos às crianças dos membros da igreja, mas principalmente porque mostram que o pai é incompetente para seu ofício. Nós não precisamos de parênteses, __ somente especifica esse ponto em questão retórica, __ com o indicativo de se assumir tal caso como real, __ é assim o negativo regular. Acredite na mente de Paulo fazendo uma comparação entre dois pontos, onde a maioria dos escritores para com apenas um: 1) os objetos: “sua própria casa - Igreja de Deus”; 2) as atividades: “supervisiona - conduz”. isso expressa um terceiro pensamento que Paulo quer indicar: a igreja de Deus não pode ser concebida como a família do ministro. Nessa igreja Deus, não o ministro é o Pai. O ministro é somente o episcopus. Para dar essa evidência Paulo pode já no versículo 2 ter escolhido esse título de ancião - no oriente o patriarca tem ao seu redor e sob si seu filhos e as famílias dos filhos. Quando Paulo fala de sua paternidade em 1 Co 4, 14 ele refere-se a si como o fundador apostólico da igreja de Corinto; em Gl 4, 19 Paulo fala de sua maternidade, em nossa passagem o Cruzador dos mares assume um posição na congregação que já está estabelecida.

Essa é a lógica elementar, concluindo do menor para o maior: alguém que não sabe como supervisionar (o aoristo efetivo) sua própria casa, como poderá assumir a grande responsabilidade de conduzir a igreja de Deus? Se alguém não pode liderar sua pequena família, como poderá atender a muito superior tarefa de conduzir todos aqueles na assembléia de Deus(_______, aqui usado referindo-se a uma pequena congregação)? ___ diz que esse é o ponto de requisito apresentado no v. 4.

6) o último item como o anterior continua na mesma construção(predicativo acusativo de _____, v.2). Não um inexperiente, a fim de que não caia nos juízos do diabo. O adjetivo, aqui substantivado = novamente plantado = “noviço” um recém-convertido. Elevar tal homem ao episcopado é colocá-lo numa posição em que haveria duplo perigo para ele; Timóteo, bem como as congregações, não têm culpa de ter um iniciante esperançoso, que tem outras qualidades mas não a maturidade da fé no ofício. Noviço aqui não se refere ao sentido, físico, um homem jovem, mas novo no sentido espiritual. Em Tito 1, 6 etc. esse ponto não é incluído. A razão é que quando o evangelho estava sendo inicialmente introduzido em um território-Creta era um novo território-, apenas noviços poderiam ser encontrados, visto que os rebanhos eram novos. E porque para tais noviços não haveria perigo em caírem em conceito, sendo “ os líderes de uma esperança abandonada”. Onde, no entanto, a igreja já estava firmemente estabelecida, onde anciãos já estavam em posição honrosa, elevar um noviço poderia fazê-lo facilmente cair de conceito e trazer sobre ele a desgraça.

________, de ________, “smoke” = dado ao fumo; o aoristo particípio passivo significa “fumante”. Mas está usada aqui em um sentido metafórico “fazer-se conhecido” no sentido de ser fumante, o mais conhecido de sua personalidade é o ser fumante. O resultado final é conhecido, “ele cai no juízo do demônio”. Na exegese nós podemos seguir a analogia da escritura como um guia. Agora em todo o Novo Testamento e também no Antigo Testamento da LXX, __________, com o artigo, = o demônio. É o hebreu _______, a não ser em Ester 7, 4, 8, onde a palavra Hebraica é diferente e se refere a Hamã. Esta analogia da escritura tem sido separada e Paulo supostamente fala do difamar humano, que tem seu deleite na calúnia. Mas nós temos novamente a palavra no versículo 7,onde indubitavelmente significa o Demônio duplicada em 2 Tm 2, 26. É também um radical: “a armadilha do diabo”, e 1 Tm 3,7 “a armadilha do difamador”. _______ é sempre voz média, e poderia ser deixada assim na tradução; quando um juízo adverso é o significado o contexto indica isso suficientemente.

Mas é este o objetivo do genitivo: o juízo que Deus retribui ao demônio. ou genitivo subjetivo: o juízo que o Diabo retribui? C-K 188 e alguns outros os modificam: o juízo que ao diabo é permitido executar. Isso é feito largamente à luz do genitivo no versículo 7. (2 Tm 2, 26): “a armadilha do diabo”(subjetivo), isto é que o diabo executa. a reivindicação que ____ sempre tem o genitivo subjetivo, como em Rm 2, 2-3; 11, 33, é respondida por exemplos onde há o genitivo objetivo, como em Rm 3, 8; Ap 17, 1. Seria peculiar, de fato, que uma palavra como essa, que denota o resultado de uma ação, admite de uma forma de verbo tanto o objetivo como o subjetivo, deveria ser construída só com o genitivo subjetivo. Juízo, todavia, nunca é atribuído ao demônio: Deus julga. As muitas palavras que significam anúncio judicial de um veredito, ou o veredito como tal. Onde Satã ocupa o trono do juízo e anuncia o veredito? Juízo e o demônio podem ser combinados somente de um Jeito: O juízo de Deus pronunciado conttra o Demônio(objetivo). A reivindicação de que este pensamento requereria ______ é injustificada, pois todos os genitivos já limitam e definem e limitam seu substantivo, como no Inglês(português) “o julgamento do diabo”. Com “armadilha”, astutamente deixada para pegar uma vítima, as muitas palavras sugerem “do diabo” e é um genitivo subjetivo. A confusão causada por alguns comentaristas desaparece quando a real força de _____ e de ___ é vista.

O julgamento do diabo é específico: O juízo de Deus. Dentro de que muitos julgamentos, há muito tempo pronunciado sobre o diabo, o novo conceito pode cair em seu conceito primitivo. Esse aoristo refere-se a uma queda fatal(como é feita no v. 7) e não somente como alguns consideram-no como um suposto genitivo subjetivo, uma queda temporal e punições, ao diabo sendo permitido infligi-las. A objeção de que uma queda fatal seria muito severa punição para um noviço na fé, negligencia o fato de que por esse conceito, esse noviço poderia sufocar sua fé e assim mergulharia no que o demônio mergulhou. e assim carregou suas vítimas.

7) V. 2-6 é uma sentença, ______, ainda está dependente de _____. Isso significa que agora ___ traz o que pode ser chamado a conclusão de tudo. E assim reverte os primeiros significados, que o bispo em uma congregação deve ser “irrepreensível” - ele deve ser, como nós agora dizemos, assim como estranhos são considerados. Entretanto, é necessário também que ele tenha excelente testemunho daqueles sem, a fim de que não caia nas armadilhas do diabo. ____ leva-nos de volta ao versículo 2, onde ______ é negativo: Nada seja deixado contra ele. Agora nós temos o positivo; Excelente testemunho dos de fora, dos não-cristãos. Isso, então, fecha toda a apresentação sobre que tipo de homem pode ser feito ministro da igreja.

Somente aqui e em Tito 1, 13 Paulo usa _______; ele usa o neutro em 2,6. cada forma está certa em seu lugar. Aqui a palavra significa “excelente testemunho no geral.” Isso refere-se ao testemunho sobre a sua vida desde o momento de sua conversão. O tipo de pagão ou o tipo de judeu convertido que agora aspiravam um ofício na igreja tinham sido não era considerado. Nessa base Paulo mesmo teria de ser excluído. O testemunho a que Paulo se refere é aquele que Timóteo e sua congregação estavam dando. Os não cristãos seriam melhor vistos se não tiverem raiva uns dos outros, como acontecia entre alguns cristãos. Paulo usa de propósito o plural: “daqueles sem” para alguns dentre os inimigos não considerados.

O objetivo da frase negativa causa algumas discussões entre comentaristas: “ a fim de que não caia nas armadilhas do diabo”. O verbo é o mesmo usado no v. 6 e é uma posição sem ênfase. Os dois ____ colocados aqui assemelham-se um ao outro; ainda que não haja paralelo, nos dois requisitos por si, como nós já mostramos, - “não um noviço” não se emparelha, como em forma, com:”Todavia, é necessário”etc. O grego é tão flexível que o uso de ______ em ambas ____ colocações(v.6 e v.7) pode não ter significado em considerando as palavras que são construídas com cada um desses verbos, contudo pode ser possível que o verbo no versículo 6 que nós temos que construir: “juízo(verbo) sobre o demônio”, e v.7: “No repreender(verbo) e nas armadilhas do diabo”. Seja isso considerado um maneira, entretanto, há somente um ____ com os dois substantivos, na última cláusula e o genitivo não pode ser construído com ambos, isto é, o “reprovar” e a “armadilha” não pode ser predicado do diabo. O uso de apenas uma preposição não decide o caso, como alguns dizem; ó decidido pelos próprios substantivos. O primeiro é literal e indica uma atividade. O outro não é figurativo e não designa uma atividade, mas um objeto. o que também significa que “armadilha” não é uma explicação do “reprovar” tanto que a forma reprovar torna-se uma armadilha para o homem em questão. O que a reprovação do demônio poderia significar ainda deve ser descoberta. ele certamente é o último que reprovaria um cristão por suas faltas. Todas as coisas da consciência vêm de Deus. e tendem ao arrependimento, e nunca a uma armadilha do diabo na qual o cristão cai para um resultado fatal(aoristo efetivo). Assim como nós traduzimos “ultraje”(Mt 5, 11; o verbo, mas já Mateus 11, 20: Jesus censura, reprova), atribuir isso ao demônio é incongruente.

Esse reprovar é usualmente levado para o lado do que os estranhos mencionam. Mas por que restringir a eles? Os cristãos não se empenhariam em reprovar e prontamente, quando um homem é uma desgraça para eles em seu sagrado e alto ofício?

_____________ é nesse caso justificada reprovação. Em Rm 15.3 é injustificada. A primeira preposição indica que caiu em reprovação e não é um item separado, e caiu na armadilha do diabo, em outro item. O que significaria que as duas preposições teriam sido empregadas. mas aqui a reprovação do homem e a armadilha do diabo estão juntas. A reprovação, especialmente dos cristãos, remove-os deles e assim o diabo deixa sua armadilha para eles, para pegá-lo mais uma vez como sua vítima. Sobre “armadilha”, em Rm 11,9(Sl 69, 22) veja a passagem. Aqui, em 6,9, e em 2Tm 2, 26, nenhuma interpretação especial de armadilha é dada, entretanto algo supre isso e descreve detalhes. A figura interpreta a si mesma: cair na armadilha do diabo = dentro de seu poder mortal, como um animal pego e então morto. Um noviço pode perder sua alma, se ele é feito um ministro; assim em uma maneira diferente maneira de um homem que conduz uma reputação não muito boa, especialmente entre os membros de sua congregação.

O contorno retórico dos Gálatas --_ uma reconsideração

Antigos retóricos, seguidores de Aristóteles, dividiam a conversa em três espécies: judicial, epidético e deliberativo. Essas espécies diferem em tempo de referência, objetivo, modo de argumento e forma, qualquer análise de um documento pelas categorias dos retóricos antigos poderiam começar por determinar as espécies de retórica a serem aplicadas Hans Dieter Betz classificou Os Gálatas como judiciais e por isso buscou os Gálatas tem uma carta Apologética. Em seu artigo recente James D. Hester segue Betz em analisar os Gálatas de acordo com o modo judicial. Assim como as modificações que Hester propôs para o contorno que Gálatas é judicial. Eu espero que possa mostrar que Gálatas se adapta ás espécies deliberativas de melhor retórica que a judicial. Desde que uma categoria deliberativa costumeiramente segue um contorno diferente de uma judicial. Eu também apresentarei um contorno alternativo de retórica para Gálatas. Porque a oratória deliberativa tem um objetivo diferente da judicial, no decorrer de curso de meu argumento uma compreensão alternativa do objetivo de Paulo e do caminho de vários argumentos suportam que o objetivo aparece. Se é judicial, o argumento em Gálatas poderia estar voltado a defender Paulo contra as acusações de seus oponentes. Se deliberativo, busca predominantemente apressar os Gálatas a voltar a Paulo e seu Evangelho e repudiar seu oponentes e seu falso evangelho.

Talvez a retórica moderna avançou além da antiga, mas eu empreguei somente a categoria clássica. Por toda a parte do Império romano o estudo da retórica formava a maior parte da educação. Meninos eram treinados na teoria e eram esperados para entrar nessas categorias quando compunham uma categoria. Como um resultado, a teoria da retórica clássica largamente influenciada o jeito antigo de escrever, compor e ler. Lendo Gálatas de acordo com os princípios de retórica antiga não somente dá a poderosa maneira moderna de ler para compreender o texto, mas também providencia uma entrada parcial num importante componente do mundo de pensamento nos dias de Paulo. A penetrante influência da retórica clássica no primeiro século, emparelhou-se com o poder da conceptualidade, justifica uma atenção para entender Gálatas de acordo com essa categoria.

1-As espécies de retórica

Designar uma categoria ou documento para uma das três espécies de retórica pode ser uma tarefa difícil. A espécie de epidética e menos clara que as outras e tende a ser encoberta pela deliberativa. A partir das características especiais de cada espécie(defesa ou acusação de judicial, exortação da deliberativa, elogio ou censura da epidética) podem também servir como tópicos para persuasão, não incomum para uma categoria de uma das espécies para empregar um tópico associado com outro como quando um orador judicial exorta o juiz a pensar somente em justiça e louvor ao bom caráter do acusado. a coincidência entre as características das espécies de oratória pode causar alguma confusão inicial na classificação. Ocasionalmente, se o trabalho necessita unidade, é impossível assegurar a qual das três espécies ela pertence. Todavia, a classificação trabalha razoavelmente bem por muitas categorias e poderiam ser abandonadas somente quando as categorias claramente não se adaptam. A partir de três espécies de retórica, pode significar claridade do propósito do escritor ou orador, eles continuam usando as ferramentas na análise retórica do texto.

De acordo com Aristóteles, categoria judicial acusa ou defende alguém(ou algo), considerando se a ação passada é justa ou injusta. Epidética busca mudar a atitude dos ouvintes presentes em relação a alguém buscando ver se é sua atitude honrosa ou desgraçada.

ESCRITO À MÃO

Paulo ataca vigorosamente os oponentes e seus oponentes desejando os Gálatas para ingressar no novo cristianismo. desde que o debate requer que os Gálatas decidam entre dois modos de vida antitéticos e comportamento e os participantes estão cientes das ações passadas de Paulo e também sobre a ação futura que os Gálatas terão, que será naturalmente classificada como um trabalho deliberativo.

Quintílio propõe sua própria taxonomia de oratória judicial, epidética e deliberativa Cada categoria concerne à lei ou não. Se isso faz com que seja judicial, ou então, epidética ou deliberativa. Todas as categorias não-judiciais são relativas ao passado ou ao futuro. Se o passado, quando é epidético, desde que nós consideremos a deliberativa como futuro. Nós louvamos ou condenamos o que temos certeza; onde existe dúvida nós deliberamos sobre o que fazer. Todavia, as definições que Quintiliano usa define oratória deliberativa como não satisfatória, e sua definição sobre Gálatas é um trabalho deliberativo. Gálatas não é concernente a isso. Sua questão não se refere ao passado. Não considera isso como certeza. Talvez seja deliberativo. Outros aspectos da carta confirmam esse juízo.

Qunitiliano, em uma passagem o excesso de declamação descreve um estilo popular deliberativo. Declamadores sobre temas afetados abruptamente, estilo impetuoso, embelezamento generoso. Ele abre com uma maneira violenta e exclamatória. Ele assume um estilo torrencial de eloquência em um alto nível de violência. Declamadores caem em um abuso quando em temas deliberativos mostram uma tendência a assumir a defesa dos opositores dos oradores. Consequentemente seu alvo aparece para ser preferível à persuasão. Paulo certamente abre com uma maneira exclamatória e violenta, como os comentaristas têm noticiado por séculos. Ele emprega um estilo torrencial e um alto nível de violência, e mostra uma grande impetuosidade, De fato, ele expõe seu argumento sob uma enorme carga emocional. Paulo parece preferir o convencimento à persuasão-tal como no seu abuso de aqueles que têm opiniões contrárias. A conformidade de Paulo com o estilo deliberativo prova que Gálatas é uma carta deliberativa.

O uso particular de Paulo da narrativa implica em carta deliberativa. Uma narrativa judicial reconsidera as circunstâncias ao redor do crime e defende o acusado de cometê-lo. Não é parte da prova mas procura fazer o juiz considerar os fatos do caso. Um estilo deliberativo, todavia, não debate a ação passada, mas o expediente da ação futura. Assim, Aristóteles supõe que a narrativa raramente aparece em estilo deliberativo, porque ninguém narra coisas por vir. Quintiliano, em total concordância com Aristóteles, permite que haja uma narração, somente se houver a característica seguinte. Enquanto uma narrativa judicial considera apenas fatos centrais do caso, uma narrativa deliberativa considera os fatos em derredor. Isto é, uma narrativa deliberativa funciona como parte da prova, adicionando razões que servem para o futuro. Em Gálatas, as narrativas oferecem três provas de que deveria-se aceitar Paulo e seu evangelho e rejeitar seus oponentes.

1)Adquire parra Paulo autoridade divina, pois ele foi convocado por Deus para a missão entre os gentios. Claro, os Gálatas preferiam ele a seus adversários.

2)Mostra que o evangelho de Paulo é de Deus e é confirmado pela igreja.

3)A parte final introduz uma linha de argumentos que condena a doutrina dos adversários.

A partir disso, que Gálatas é uma parte da prova, Gálatas é deliberativo.

Os retóricos enfatizam que a deliberativa consiste em escolher entre opiniões. “Deliberativa é uma tipo em que deve-se escolher entre dois modos de ação contraditórios ou entre vários modos.(Herennium) A carta aos Gálatas pressupõe tal escolha: Os Gálatas podem escolher a rota definida por Paulo e seu Evangelho ou seus oponentes e os deles.

Paulo parece mover primeiramente os Gálatas para um simpatia para a sua vantagem. É vantagem para os Gálatas aceitar Paulo e seu evangelho e rejeitar seus oponentes. (Gl 5:2). Para passar a viver na nova era de Paulo livre de stoicheia, identificada com a Jerusalém celeste. Voltar para a lei é aprisionar-se pela Jerusalém terrena. Ser circuncidado é cair da graça. Claramente é vantagem para eles aceitarem Paulo e seu evangelho. Aparece aqui uma razão para se distinguir a diferença entre a deliberativa, judicial e epidética. Quintiliano caracteriza a epidética como aquela que visa o louvor puro e simples, não a aquisição de alguma vantagem(Quintiliano) A judicial, não prega vantagem, mas fazer-se justiça. Como Paulo mostra uma vantagem para os Gálatas, é uma carta deliberativa.

Betz teve dificuldades para resolver questões como a exortação parte por parte na carta. Seu problema é o de agir sem autoridade retórica, como ao analisar o exortatio. Betz não pode analisar essa seção da carta como judicial. Exortação não é característica da retórica judicial, mas da deliberativa. Aristóteles define deliberativo como oratória ou dissuasiva. E Herennium faz uma distinção similar. Qunitiliano refere-se com desaprovação a Ataneus, que atentou a definir temas deliberativos chamando-os de Proteptikê stasis ou Hortative stasis. Também aqui, quando discute os vários tipos de provas, seus argumentos pertencem á oratória oratória, que é uma espécie deliberativa de retórica. A parte importante de Gálatas é exortativa, retoricamente inexplicável se Gálatas é judicial, mas preciso se é deliberativo. Gálatas é deliberativo.

Provavelmente Betz classificou Gálatas como judicial porque há um tom defensivo nas primeiras porções da carta. É consistente então considerar Gálatas como deliberativa? Aristóteles define 3 tipos de prova retórica: ethos, pathos e logos. Um tipo utiliza ethos quando tenta persuadir o falante, pathos quando persuade a audiência a ser movida por suas emoções e logos quando procura persuadir usando motivos racionais. Provas éticas(i.e., provas de Ethos) move a audiência a dar crédito ao orador. Os oponentes de Paulo tinham aparentemente procurado deteriorar sua credibilidade com os Gálatas(uma tática que agora Paulo emprega contra eles) Que requerem que Paulo agora restabeleça sua credibilidade respondendo perguntas e insinuações trazidas contra ele. Em resposta isso, Paulo procura resgatar sua credibilidade com os Gálatas, sua confiança nele, tanto que eles estariam prontos para aceitá-lo e repudiar seus adversários. Mas esses elementos defensivos não implicam que a carta seja judicial ou parcialmente judicial e parcialmente deliberativa. Em vez de mudarem, eles confirmam o modo deliberativo da carta. Gálatas é um desses trabalhos em que a retórica serve como um tópico de persuasão a outros. Aqueles elementos defensivos de Gálatas poderiam sugerir considerar Gálatas como judicial, mas contribuem para considerá-la como deliberativa.

CONTORNO RETÓRICO

Desde as oportunidades no mundo antigo para o falar judicial houveram também oportunidades para a deliberativa, retóricos cuidadosamente definiam a oratória judicial, mas curtas seções para a deliberativa. As várias partes de qualquer categoria são amplamente discutidas em sua ordem judicial e função, e resumidas notas são mostradas em como esses elementos podem ser usados em epidética ou deliberativa. Como resultado, a ordem desses elementos é relativamente fixa: Exórdio, narração, proposição, prova, epílogo(Quintiliano e Herennium) O contorno feito por Betz para os Gálatas não possui exórdio. Apesar de que uma certa flexibilidade é concedida aos oradores judiciais, um orador deliberativo dispõe de muito maior liberdade usa várias partes dos outros tipos. Reconhecimento de que Gálatas é deliberativamente livre e usa o contorno do judicial.

SAUDAÇÃO/EXÓRDIO

Em uma carta influenciada pela retórica, o tipo em que o autor geralmente pensa em usar depois da saudação. A Saudação, como uma forma epistólica preferida a uma linha retórica, é meramente colocada antes do corpo retórico da carta Ordinariamente, então, o contorno retórico da carta é obrigado a começar depois da sudação.

Em seu discurso de saudação, Betz noticia que Paulo modificou seu prescrito usual com duas adições(Gl 1.1 e 1.4) A inserção depois de apóstolo antecipa a linha de raciocínio desenvolvida na narração a seguir. Paulo afirma um poderoso ethos poderoso como uma pessoa escolhida por Deus. A inserção após Jesus Cristo antecipa a segunda maior linha de argumento na carta. O que está expresso como deliberação dessa presente era má presente em Gl 1.4 é expresso como liberdade da escravidão da stoicheia em 4: 1-11 e como sendo crianças livres da Jerusalém celeste na alegoria de Hagar-Sara. Por antecipar as duas maiores linhas de argumentos que desenvolverá na carta Paulo adiciona sua saudação ao exórdio. Aristóteles, Quintiliano, e o autor de ad Hernnium sugere a antecipação do exórdio se o caso permite. Quintiliano mostra-se favorável a isso para obter-se um juízo favorável. Em Gl 1:4 Paulo expressa somente parte de seu argumento por simpatia ao senso dos Gálatas de louvor e ação de graças. Depois ele expõe as razões de porque a circuncisão é desnecessária e agora quem crê não está mais sob a lei-ambos os pontos que os Gálatas e seus professores ensinavam(Veja o argumento todo em 6:12-15). Em Gl 1:4 Paulo está feliz segundo seu princípio retórico, trazendo a promessa característica de seu argumento. Assim, ainda que Betz corretamente identifica 1:1-5 como forma de saudação, Paulo coloca isso como parte do exórdio. Todavia, a forma epistólica está mais em vista. 1:6 parece-se muito mais com uma abertura de estilo do que 1:1. 1:1-5 é realmente uma saudação mais do que um exórdio. Ainda no contorno eu chamo a atenção para as características retóricas nesta saudação. Talvez Paulo foi movido para esse uso novo da saudação por sua sensibilidade em usar uma abertura abrupta e empregar isso na próxima seção, onde o estilo usado pelo autor realmente começa.

PROPOSIÇÃO

O objetivo de uma proposição é tornar claro o que a carta ou o estilo como um todo quer provar. Gálatas deseja que seus leitores aceitem Paulo e seu evangelho e repudiem seus oponentes e seu falso evangelho. Que o evangelho de Paulo vem de Deus, que Abraão recebeu um “contrato” por promessa, que Cristo nos libertou da stoicheia para a liberdade e o resto dos argumentos de Paulo são razões porque os Gálatas deveriam aceitá-lo e renunciar a seus oponentes.(ESCRITA À MÃO)A presença de características de um exórdio em uma proposição pode ser entendida como que confirmando essa conclusão. Paulo Simplesmente concorda com Quintiliano que o início de um tipo deliberativo como que carece de um exórdio, apenas tendo uma vaga idéia de exórdio. Por isso, o corpo retórico dos Gálatas Carecem de exórdio de um modo geral e começa diretamente com a proposição. Paulo reconhece que o começo é abrupto e acalma as características esperadas em sua saudação e na proposição.

PROVA

Os retóricos dão o título prova(chamado por Betz por seu título latino, probatio) Para a porção do tipo que mostra as razões pelas quais a audiência deveria aceitar a proposta. Nós já vimos como a narração (Gl 1:10-2:21) suporta a proposta como parte da prova. Continua mostrando como o material do Betz Exhortatio também suporta a proposta da carta.

Gálatas como um todo é uma exortação, como todo tipo deliberativo. Paulo exorta os Gálatas a aceitar seu evangelho depressa e rejeitar seus oponentes e seus falso evangelho. Ele leva este intento oratório da carta por duas básicas linhas de argumentos, primeiro por uma ética poderosa como um portador do evangelho escolhido por Deus(1:1, 1:10-2:21) e então seus argumentos mostram que em Cristo os Gálatas têm liberdade dos tempos antigos e são postos no novo(Gl 1:4). A segunda linha de argumento é inicialmente desenvolvida sem exortação. Paulo argumenta que seu evangelho é liberdade e seus oponentes estão sob a lei(3:21-4:11; 4:21-31). Para ficar com ele é necessário caminhar pelo Espírito. Para com eles é preciso andar segundo a carne(Gl 3:1-14; 5:4-5). Tal argumento suporta a preposição por dispor de razão e emoção(logos e Pathos) para intimar a aceitar Paulo e seu evangelho e repudiar seus oponentes. As intimidações não demoram a vir:”Permaneçam na liberdade que Cristo dá e não estejam novamente submetidos ao jugo da escravidão(Gl 5:1). Não caminhe na carne, o princípio da velha era, mas caminhe no Espírito, o princípio da nova(Gl 5:16-26; 6:7-10). Tais propostas são diretamente originárias da proposta oratória da carta: aceitem-me e o meu evangelho(Gl 1:6-9). Neles, a proposta oratória é reforçada pela imagem de Paulo com seu próprio evangelho em contraste com o de seus oponentes. Dessa forma as exortações se ajuntam em um poder patético e lógico de seus argumentos anteriores circundado pela proposta. No processo, como o contentamento do Evangelho de Paulo é deturpado por uma imagem nova, a proposição oratória básica ganha muita força moral fazendo ser mais atrativo aceitar Paulo e seu evangelho. Tal exortação não é encontrada somente no final da carta(Gl 4:12), mas sua concentração deve estar sendo esperada já no começo da exortação, primariamente. A partir de que as exortações buscam persuadir os Gálatas a adotar a proposta da carta, considere retoricamente correto eles serem parte da prova. A prova inclui a narração e a exortação de Betz e estende-se a Gl 1:10-6:10.

Alguma confusão ainda reina na discussão da narração. Hester certamente diz que Gl 1:11-12(Eu preferiria adicionar o versículo 10) traz a tese da narração. Quintiliano, que considera que as propostas podem ser espalhadas fora das provas precedentes dos argumentos que suportam-nas(4:4-7) provavelmente as chamariam de propostas de narração. Mas chamá-las de stasis mostra alguma confusão no uso dos termos. Stasis, usado por antigos retóricos, não era parte de um tipo, mas uma forma de defender quem era acusado. Hester também incorretamente também rotula Gl 2:11-14 como digressão. Paulo, na proposta da narração, adianta duas teses que quer provar na narração. Ele quer mostrar que seu evangelho não veio de seres humanos, mas de Deus(1:11-12). e ele não busca a aprovação humana, mas a divina(GL 1:10). Ambas as teses mostram desenvolvimento da ética de Paulo, durante todo o desenrolar da narrativa de Gálatas. Gl 1:13-2:10 prova a proposição da segunda parte da narrativa: O evangelho de Paulo é de Deus. A seção que começa com Gl 2:11 prova a primeira parte da proposta da narração: Paulo(em contraste com Pedro!) não procura agradar a humanos, mas a Deus. se Gl 2:11-14 busca provar a proposta de parte da narrativa, não considerando-a como uma digressão da ordem lógica de nosso tipo, como Quintiliano define como egressão ou digressão(4.3.12-14) Betz identifica Gl 2:15 como proposição para a carta como um todo. Também assume com Betz que a carta pretende provar que Paulo fundou a Igreja Gálata corretamente, e é difícil ver essa seção como proposição da carta. A proposição tem a obrigação de declarar o que a carta como um todo busca provar, e Gl 2:15-21 não declara que Paulo fundou a igreja Gálata corretamente. Somente a forma esperada de um tipo judicial - exórdio, narração, proposição, prova, epílogo - suporta identificar Gl 2:15-21 como uma proposição, mas se Gálatas é deliberativo, também essa frágil sustentação falha. O endereçar de Paulo a Pedro (Gl 2:14b-21) introduz algo, todavia; Talvez por isso Betz a queira ver como proposta. Isso inaugura aquela linha de argumentos que Paulo desenvolve nos capítulos seguintes, a linha de argumentos traçada em 1:4. É formalmente parte da admoestação que Paulo faz a Cefas em conseqüência mas, em acordo com o prática do som retórico contém também um argumento endereçado á presente audiência de Paulo, os Gálatas, tal é a sutileza da transição da narração para a próxima parte da prova.

EPÍLOGO

Betz também identifica o epílogo (conclusio) como Gl 6:11-18. O epílogo retoma, como deveria ser, O contraste entre Paulo e seus oponentes expressos primeiramente na proposta(Gl 6:13-14). “Eles desejam gabar-se em sua carne, eu quero somente gabar-me em Cristo”(Gl 6:13-14). Sumariza os vários argumentos endereçados na carta. Ele a seguir sumariza a linha de argumentos de 1:4 e expressa subseqüentemente muitas imagens diferentes(GL 6:14-16). O que quer que Gl 6:17 signifique, seguramente expressa um tempo final em que há poderosa ética que é primeiramente apresentada em 1:1.

UM CONTORNO

Assim, gálatas tem uma saudação que leva caracteríticas de um exódio(GL 1:1-5), Uma proposição(GL 1:6-9, também com alguns elementos de um exórdio), a prova(Gl 1:10-6:10),e um epílogo. a prova no co0nceito deliberrativo ordinariamente é caracctrizada por uma série de cabeçalhos que sustentam a proposição de várias maneiras. Gálatas não é exceção. A Maioria dos anciãos (Gl 1:10-2:21) uma narrativa, bem como contribui para o argumento que define o caso. Gálattas pode ser contornado como segue:

I.Saudação/Exórdio

II.Proposição (1:6-9)

III. Prova(1:10-6:10)

A. Narrativa(1:10-2:21)

B.Cabeçalhos(3:1-6:10)

IV- Epilogo(6:11-18)

A MULHER NA IGREJA

A Mulher na Igreja

Princípios Bíblicos e Prática eclesial[1]

1. A MULHER NA ESCRITURA

A. NO ANTIGO TESTAMENTO

A palavra hebraica para um profeta é nabi e sua forma feminina é nebiah. este termo é aplicado a três mulheres especificamente.

1. Miriam, a irmã de Moisés - Ex 15.20,21 (cf. Nm 12.1,2; Mq 6.3,4)

2. Débora - Jz 4.4 (com um papel especial de liderança na vitória contra o povo inimigo (Jz 5).

3. Hulda - 2 Rs 22.14.

No culto do povo de Deus, no AT, as mulheres participavam não somente pelo ouvir e obedecer da palavra. elas eram livres para chegarem perante Deus em oração, assim como os homens (Ana - 1 Sm 1.10; Rebeca - Gn 25.22; Raquel - Gn 30.6,22). Deus respondia suas orações (Gn 25.33; 30.6,22) e aparecia a elas (Gn 16.7-14; Jz 13.3). Também se esperava que elas tivessem um papel independente em trazerem sacrifícios e ofertas perante Deus (Lv 12.6; 15.29).

Parece que as mulheres também tinham certas participações no culto público também (1 Sm 1; Ex 38.8; Sl 68.25; 1 Cr 25.5-7; Ne 7.67). Apesar de não lhes ser permitido servirem como sacerdotisas, isto nunca é interpretado como significando que seriam de um status diferente como membros da congregação.

B. NO MINISTÉRIO DE JESUS

A atitude de Jesus em aceitar e incluir mulheres em Sua obra está em flagrante contraste com as atitudes de desprezo para com as mulheres da parte de muitos dos seus contemporâneos. Isto pode ser notado na maneira como Jesus tratou as mulheres a quem encontrou em Seu ministério.

O encontro de Jesus com a mulher samaritana (Jo 4.7-30) mostra sua prontidão em quebrar convenções humanas que estivessem em contraste com Seus propósitos de salvação. Foi um judeu homem tratando com uma mulher samaritana! É interessante notar que, no relato de João, esta mulher é a primeira pessoa a quem Jesus claramente revela seu o Messias. ela é também a primeira mensageira daquela revelação fora do círculo dos discípulos (v. 29). O papel de testemunho da mulher é enfatizado por João (Jo 4.39).

O encontro com a mulher cananita dá um outro exemplo da consideração do Senhor pelas mulheres (Mt 15.21-28). É exemplar a fé que esta mulher apresenta e seu exemplo recebe um lugar na história sagrada como a primeira gentia convertida.

Outras situações demonstram que Jesus - diferentemente da literatura rabínica - considerava as mulheres como podendo ser tomadas como exemplos de fé em Deus e capacidade teológica. Aí podem ser lembrados; a mulher penitente na casa de Simão (Lc 7.36-50); a mulher hemorrágica (Mc 5.25-34); ao chamar uma mulher enferma de “filha de Abraão”, expressão normalmente restrita aos varões (Lc 13.10-17).

Também nas parábolas e ensinos de Jesus, as mulheres são freqüentemente mencionadas, numa maneira positiva, ao contrário de Seus contemporâneos, que evitavam mencionar mulheres (Mt 13.33; Lc 15.8-10; Mt 25.1-13; Lc 18.1-8).

Mulheres não apenas eram servidas pelo ministério do Senhor. Lucas revela que Jesus, em diversas ocasiões, recebeu com disposição a ajuda e serviço de mulheres (Lc 8.1-3). Marcos atesta que algumas mulheres seguiram a Jesus e o serviam, quando Ele estava pregando na Galiléia (Mc 15.40,41). Esta presença das mulheres no grupo dos que seguiam a Jesus - em clara distinção com a atitude dos rabis da época - mostra a atitude positiva do Senhor para com elas.

Note-se que as mulheres foram testemunhas da morte de Jesus e foram as primeiras a encontrarem-se com Ele ressurreto. Nenhum delas, porém, é incluída no grupo dos doze.[2]

C. NA IGREJA APOSTÓLICA

Mulheres estavam presentes no cenáculo antes do Pentecostes, quando o Espírito Santo veio sobre os discípulos (At 1.14; cf. 2.17,18).

1. Havia mulheres atuando como profetizas na igreja (At 21.9; 1 Co 11.5). Isto não é o mesmo que o ofício da pregação na igreja (Ef 4.11). A profecia tem como aspecto próprio o fato de que Deus mesmo colocou Suas palavras na boca de alguém para serem faladas (2 Pe 1.21,22). Assim, o profeta precisa de uma inspiração especial para falar uma mensagem que é mais do que o produto de pensamento humano.[3]

2. Serviço de caridade - o cuidado pelos necessitados e pelos doentes era uma atividade importante entre os primeiros cristãos e o Novo Testamento mostra mulheres servindo fiel e ativamente deste modo. Tabita é descrita como sendo rica em boas obras e caridade (At 9.36). As viúvas, reconhecidas como um grupo na igreja (1 Tm 5.3-16), dedicavam-se à oração e intercessão. Este serviço da mulher na igreja é particularmente enfatizado pela referência de Paulo a Febe como dia,konoj (Rm 16.1,2). Era um trabalho de assistência aos irmãos necessitados, que foi assumido por muitos homens e mulheres na igreja primitiva.

3. A igreja primitiva era muito ativa nos empreendimentos missionários. O Novo Testamento enfatiza bastante a atividade de Paulo que, entre seus colaboradores, contava com diversas mulheres, como se vê em Rm 16. Priscila recebe particular atenção (Rm 16.3; At 18; 1 Co 16.18; 2 Tm 4.19). Mesmo sendo impossível determinar, pelas palavras de Paulo, que trabalhos missionários específicos foram assumidos pelas mulheres, não há dúvida que ele freqüentemente se beneficiou da cooperação de mulheres em seus labores como apóstolo e que as mulheres não eram menos ativas do que os homens na propagação da mensagem do evangelho.

II. PRINCÍPIOS ESCRITURÍSTICOS

A. MACHO E FÊMEA

Em Gn 1.27 (“Criou Deus o homem a sua imagem ...”), a palavra “homem” (adam) refere-se a homem no sentido genérico, de humanidade.

Macho e fêmea foram feitos à imagem de Deus. Esta significa as qualidades espirituais, com as quais o homem foi feito semelhante a Deus - a justiça original, que tanto homem como mulher desfrutavam.

O Gênesis não permite distinções como se o homem tivesse sido feito à imagem de Deus, e a mulher, à imagem do homem. O Novo Testamento também sustenta o ensino da igualdade da imagem de Deus em ambos os sexos (1 Co 11.7; Gl 3.28; Cl 3.10; Ef 4.24). Esta igualdade é uma igualdade espiritual do homem e mulher diante de Deus (coram Deo). O apóstolo Pedro indica que a mulher deve ser honrada como sendo com o homem herdeira da mesma graça da vida (1 Pe 3.7).

Também fica claro de Gn 1 que macho e fêmea são igualmente distintos de todas as demais criaturas criadas por Deus. Deus deu a ambos a ordem de serem frutíferos e se multiplicarem e terem domínio sobre a terra (Gn 1.28). A ambos é dado o mesmo domínio. Tanto a bênção como a comissão dadas no v. 28 mostram que homem e mulher são iguais perante Deus no seu relacionamento com o restante da criação.

O princípio claro que se depreende do relato da criação é: Homem e mulher são iguais em ter o mesmo relacionamento com Deus e com a natureza.

B. CRIAÇÃO E REDENÇÃO

1. A Ordem da Criação. Isto se refere à posição particular que, pela vontade de Deus, todo objeto criado ocupa em relação aos outros. Deus determinou uma ordem definida às coisas criadas e esta ordem, visto ter sido feita por Ele, é a expressão de Sua vontade imutável. Estes relacionamentos pertencem à própria estrutura da existência criada.

2. A Ordem da Redenção. Esta se refere ao relacionamento dos redimidos para com Deus e de uns para com os outros, na nova criação estabelecida por Ele em Jesus Cristo (Gl 6.15; 2 Co 5.17). Esta nova criação constitui participação em uma nova existência, no novo mundo que veio em Cristo. É um relacionamento determinado pela graça.

Estes dois termos, “ordem da criação” e “ordem da redenção” foram popularizados por Emil Brunner em sua obra O Imperativo Divino.[4] Entretanto, os conceitos que estes termos denotam são de longo tempo importantes na tradição teológica luterana. Lutero, por exemplo, falou dos relacionamentos sociais (assim como casamento e família, povo, estado e economia) nos quais cada pessoa se encontra, inclusive o cristão, e no qual ele está sujeito aos mandamentos que Deus deu para todas as pessoas como o Criador. Esposo e esposa, pais e filhos, têm cada um sua posição específica em relação aos outros. O caráter obrigatório destas ordens das coisas deriva do próprio Criador. Lutero empregou os termos stand (“estado”) e beruf (“chamado/vocação”) para se referir aos relacionamentos na ordem da criação.[5] Francis Pieper emprega o termo schoepferordnung (“ordem da criação”) no seu Christian Dogmatics.[6] O teólogo moderno, Werner Elert, usa este mesmo termo, juntamente com a expressão Seins-Gefuege (“estrutura do ser”).[7] Como estas duas ordens se relacionam quando aplicadas à identidades macho-fêmea. De acordo com a ordem da criação, Deus deu identidades individuais a cada sexo. Ele “desde o princípios os fez macho e fêmea” (Mt 19.4). A identidade e funções de cada um não são intercambiáveis; elas precisam conservar-se distintas. Esta é a ênfase do uso paulino dos capítulos iniciais de Gênesis naquelas passagens que trama da mulher na igreja.

1. 1 Coríntios 11.7-9. O apóstolo argumenta sobre a autoridade do homem com base em Gn 2.18-25, que ensina que o homem não veio da mulher, mas a mulher do homem e que a mulher foi feita por causa do homem.

2. 1 Coríntios 14.34. Paulo cita a lei (muito provavelmente Gn 2 neste particular contexto) como a base para a subordinação da mulher.

3. 1 Timóteo 2.13-14. Paulo apela para a prioridade temporal da criação de Adão (“Adão foi formado primeiro”; cf. Gn 2.20-22), assim como ao fato de Eva ter sido enganada na queda (Gn 3.6), para mostrar que as mulheres não devem ensinar ou exercer autoridade sobre os homens na igreja.

Excurso sobre Gênesis 2-3

A base para as instruções dadas por Paulo é o relacionamento entre homem e mulher apresentados em Gênesis 2 e 3. Gênesis 2, assim como Gênesis 1, ensina que a mulher é, em todos os sentidos, igual ao homem, perante Deus. Mas estas passagens também revelam uma ordem em seu relacionamento de um para com o outro. Igualdade perante Deus - igualdade espiritual - não significa identidade. A palavra que Paulo emprega para descrever esta ordem - subordinação - (a palavra grega para subordinação é hypotage, que é formada da palavra tasso - ordenar, arranjar; e hypo - sob) - não traz consigo qualquer idéia de valor inferior ou opressão. Este termo é empregado por Paulo simplesmente para se referir a uma ordem que há no relacionamento entre homem e mulher.

Há diversos fatores no relato da criação em Gênesis 2 que fornecem a base para o ensino de Paulo sobre o relacionamento entre homem e mulher. Primeiro, o versículo 7 estabelece que o homem foi criado primeiro, antes da mulher. Ele é o “primogênito” e assim teria uma precedência natural, por nascimento. Segundo, o homem é designado como Adam (v. 20), que é também o termo usado para descrever a raça. O fato de que o homem recebe este nome sugere que ele ocupe a posição de cabeça no relacionamento. Terceiro, Adão começa imediatamente a exercer sua autoridade, ao dar nomes aos animais (v. 10). Ele também nomeia sua esposa como “mulher” (v. 23). Quarto, a mulher é criada para ser uma ajudadora do homem. Ela é criada dele e trazida para ele. Apesar de que a palavra “subordinação” não é utilizada em Gênesis 2, este relato da criação apresenta o fundamento para 1 Coríntios 11.

Quando o Novo Testamento fala sobre a origem da subordinação da mulher ao homem, ele o faz com base em Gênesis 2 e não com base em Gênesis 3. O fundamento para este ensino não é a “maldição” da queda, mas o propósito original de Deus na criação.

Gênesis 3 descreve a ruptura e a distorção da ordem da criação trazidas pela queda em pecado. A “maldição” pronunciada em Gn 3.16 não institui a subordinação como tal, mas torna este relacionamento complicado para ambas as partes. O homem era o cabeça da mulher desde o primeiro momento da criação dela, mas depois da queda a busca por auto-afirmação distorce este relacionamento, caindo em dominação ou independência. A ruptura causada pelo pecado é remediada pela redenção em Cristo (Rm 5.12-21; 2 Co 5.17; Cl 3.10), e o homem e a mulher que estão em Cristo devem realizar suas respectivas funções sem opressão, nem rebeldia (Ef 5.21-23). Mas sua redenção ainda não está completamente manifesta neles nesta vida (Ef 4.22-24; Rm 8.18-25).

Mas quais são as implicações da ordem da redenção para o relacionamento entre homem e mulher? Não terá esta nova ordem vinda em Cristo abrogado a antiga ordem? Não diz Paulo em Gl 3.28 que em Cristo não há “nem homem nem mulher”? Muito do debate moderno sobre a questão da mulher na igreja revolve-se em torno destas questões, questões que brotam, em larga medida, de confusão entre ordem da criação e ordem da redenção.

1. Diversas interpretações são propostas por teólogos contemporâneos para resolver uma alegada contradição entre a passagem de Gálatas e os outras referências de Paulo à ordem da criação. Uma visão considera que Paulo baseia suas admoestações em 1 Co 14 e 1 Tm 2 na ordem da criação, mas vê na passagem em Gálatas uma ruptura que transcende este entendimento. Esta interpretação é oferecida por Krister Stendahl, em seu estudo The Bible and the Role of Women. Sua posição é que em Cristo a dicotomia entre homem e mulher já não mais existe.

Ainda mais radical é a posição do teólogo católico romano David Tracy. Ele vê a questão do relacionamento entre homem e mulher em termos de igualdade social. Visto que, conforme sua posição, o cristianismo sempre precisa estar ao lado do igualitarismo radical, o autor não aceita que a ordem da criação determine a visão do crente sobre a posição da mulher na igreja. De acordo com sua análise, a fé cristã de que Deus é amor significa primeira “negar”, e é isto que a fé cristã faz mesmo na questão do relacionamento entre homem e mulher. A nova criação abole completamente a antiga.[8]

2. A visão bíblica afirma que a discussão neotestamentária sobre o relacionamento entre homem e mulher está enraizada em uma ordem divinamente instituída, e que esta ordem não é eliminada pela nova criação. Para ser exato, a nova criação começa a transformar aquilo que é pecaminoso, mas visto que a transformação escatológica da ressurreição ainda não ocorreu, o relacionamento entre homem e mulher precisam carregar os elementos da estrutura dada na criação (Rm 8.18-25; 1 Co 7.17-31). Esta interpretação é cuidadosamente articulada pelo teólogo luterano Peter Brunner, em seu The Ministry and the Ministry of Women.[9]

Especialmente Gl 3.28 fala da nova vida em Cristo. Quando o apóstolo diz em 3.27 que aqueles que foram batizados em Cristo revestiram-se de Cristo, ele utiliza o verbo enduomai - vestir-se em. O indivíduo batizado tornou-se completamente unido com Cristo e um com Ele. Mas naquele ato os que foram batizados também se tornaram unidos uns com os outros. No batismo não deve haver qualquer questão sobre as diferenças que são importantes na era presente, tais como entre judeu e grego, entre escravo e livre. Nem há no batismo qualquer distinção entre homem e mulher. Esta divisão em homem e mulher estabelecida pela ordem da criação não é relevante em referência ao batismo em Cristo. Ninguém é batizado para ser homem ou mulher. Antes, o batismo é batismo em Cristo. O objetivo é a união com Ele, que pode ser experimentada nesta vida através da fé, como Lutero enfatizou, mas que em seu fim pertence à era vindoura. Através da fé tanto homem como mulher se tornam filhos de Deus. Assim, uma unidade ‘criada entre judeu e gentio, escravo e livre, homem e mulher.

Nesta passagem, pois, temos a visão daquele um corpo no qual os cristãos foram incorporados como membros vivos juntamente com todos os crentes batizados - o Corpo de Cristo, no qual Ele é a cabeça e onde distinções raciais, sociais e sexuais não tem validade. Todos usufruem das bênçãos da redenção de Cristo. Como Lutero observou, “Nós todos somos sacerdotes perante Deus, se somos cristãos. ... Pois sacerdotes, os batizados e cristãos são todos a mesma coisa.”[10]

Entretanto, a unidade de homem e mulher em Cristo não elimina a distinção dada na criação. Gl 3.28 não significa que as identidades de homem e mulher podem ser trocadas, assim como gregos não podem se tornar judeus e vice-versa. As características individuais dos crentes não são abolidas pela ordem da redenção.[11] As coisas ordenadas por Deus na criação e as divisões neste mundo que refletem em certa medida a criação de Deus, não são anuladas. Este texto mostra como os crentes são perante Deus, ele não fala sobre as questões pertencentes à ordem na igreja ou às funções específicas das mulheres na congregação. Para sermos exatos, todos os redimidos são iguais perante nosso gracioso Deus, mas igualdade não sugere que as identidades de homem e mulher sejam intercambiáveis.

Esta análise das ordens da criação e da redenção leva-nos a formular um segundo princípio, derivado da Escritura, para clarificar a função das mulheres na igreja hoje: Identidades específicas de homem e mulher na relação de um para com o outro foram determinadas por Deus na criação. Estas identidades não são anuladas pela redenção em Cristo, e devem refletir-se na igreja.

C. AUTORIDADE[12] E SUBORDINAÇÃO

A afirmação de que Deus quer que o homem seja o cabeça da mulher e a mulher seja subordinada ao homem está enraizada profundamente no Antigo e Novo Testamentos. Apesar de que a verdade bíblica pode ofender as sensibilidades de alguns, pelo fato de ser tão facilmente sujeita a um mau entendimento e abuso (mesmo dentro da própria igreja), é a intenção do Criador que nós reconheçamos e recebamos de boa vontade o relacionamento de autoridade/subordinação como algo pelo qual busca-se o bem estar dos outros. Não teremos entendido corretamente os conceitos interrelacionados de autoridade (1 Co 11.3) e subordinação (1 Co 14.34) se os tomamos como sendo equivalentes a superioridade ou dominação.

1. Autoridade. Em Ef 5.23 Paulo escreve: “porque o marido é o cabeça da mulher ...”. Tendo primeiro tratado da submissão mútua entre esposo e esposa (5.21), o apóstolo então fala da submissão da esposa ao seu esposo, e da igreja a Cristo, como uma conseqüência da autoridade. Entretanto, autoridade não implica superioridade. O homem não é o “cabeça” da mulher por ser intrinsecamente melhor que a mulher, em qualquer aspecto. Isto fica claro em 1 Co 11.3, onde o apóstolo assevera que “Deus é o cabeça de Cristo.” De fato, as Escrituras deixam abundantemente claro que a segunda pessoa da Santíssima Trindade é co-igual ao Pai, em atributos como majestade, deidade, onipresença e onisciência.

O conceito escriturístico de subordinação, antes de implicar uma estrutura de superioridade e inferioridade, apresenta esta estrutura de autoridade como a colocação de ordem. Peter Brunner afirma-o muito bem, ao dizer:

O homem é o cabeça da esposa; Cristo é o cabeça do homem; Deus é o cabeça de Cristo. O “cabeça” é aquele que tem prioridade, aquele que determina, aquele que lidera. O cabeça é o poder que inicia, é o principium, o arche.[13]

Da mesma forma, Zerbst observa que Paulo cria que “para o homem, para a mulher e para Cristo há algo que foi disposto sobre eles; algo que ou foi estabelecido na criação, ou que tem seu fundamento na obra da redenção, mas que em qualquer caso expressa a vontade de Deus.”[14] Todo indivíduo tem seu “cabeça”; e assim tem a obrigação de render obediência naquela posição em que Deus o(a) colocou.

A autoridade de Efésios 5 é também a base[15] para 1 Coríntios 11. Paulo afirma que a autoridade do homem aplica-se no culto, tanto quanto no lar. O problema em Corinto era que as mulheres deixaram para trás o relacionamento determinado a elas pelo Criador. Elas estavam afirmando sua “liberdade” orando e profetizando com as cabeças descobertas, assim como os homens (11.4). Entretanto, diz Paulo, a “novidade do reino” não elimina o padrão da criação. Há uma ordem de autoridade que perdura.

Excurso sobre o Cobrir a Cabeça: Princípio e Costume

A discussão de Paulo em 1 Coríntios 11 focaliza-se na questão do cobrir a cabeça. Nos cultos, os homens deveriam deixar suas cabeças descobertas, diz o apóstolo, enquanto as mulheres deveriam ter algo que cobrisse suas cabeças. Por vezes se coloca a questão do porquê os cristãos que hoje aceitam o princípio bíblico da autoridade, de 1 Coríntios 11, não insistem também na prática de cobrir a cabeça das mulheres nos cultos.

Esta questão é clarificada ao se notar a distinção entre um princípio e sua aplicação na prática. Embora não seja possível determinar com precisão quais costumes Paulo tinha em mente (muito provavelmente os costumes judaicos de cobrir a cabeça com um véu durante o culto eram a fonte, apesar de que parece ter havido muitas variações nas práticas da sinagoga nos dias de Paulo), fica claro que o uso de algo para cobrir a cabeça nos cultos era uma expressão cultural que tinha um sentido especial dentro de seu contexto original.

1 Coríntios aborda uma situação onde as mulheres haviam desconsiderado sua posição de subordinação, ao orarem e profetizarem com as cabeça descobertas, assim como os homens. Paulo opõe-se a este comportamento, declarando que um homem que ora e profetiza tendo sua cabeça coberta desonra seu cabeça e que uma mulher que ora e profetiza com a cabeça descoberta desonra o seu cabeça. Em outras palavras, o deixar de lado o véu é considerado pelo apóstolo como um repudiar do relacionamento entre homem e mulher, como foi estabelecido na criação. A importância última do cobrir a cabeça consistia em seu potencial de expressar uma diferenciação entre homens e mulheres. A preocupaçào de Paulo, pois, não é simplesmente com a manutenção de uma conduta exterior. Para a ordem e unidade da família, é preciso que haja liderança, e a responsabilidade primeira por tal liderança é aquela do esposo e pai. O cobrir a cabeça era um costume (v. 15), que servia a um princípio (“o cabeça da mulher é o homem”- v. 3). O costume de cobrir a cabeça funcionava como o reconhecimento, por parte da mulher, do princípio da autoridade.

Mesmo nos tempos mais antigos, esta prática não foi seguida universalmente pelas congregações cristãs, e na sociedade ocidental moderna o uso do véu está privado da importância a ele atribuída nos tempos de Paulo. De fato, tem-se entendido desde o princípio que estas passagens da Escritura que tratam de um costume não se constituem em lei e que o princípio envolvido pode ser manifestado de diversas maneiras. Temos, por exemplo, a afirmação do Senhor de que devemos lavar os pés uns dos outros (Jo 13.14), uma prática altamente significativa em seu contexto original. Mas os cristãos não têm considerado esta exortação como sendo a instituição de uma ordenança perpétua. Os princípios cristãos exemplificados por aquela prática - humildade e amor pelos outros - podem e devem ser manifestados através de outras práticas. O princípio do amor humilde permanece, mas o costume terminou. Leon Morris comenta:

A aplicação deste princípio (as palavras de Paulo sobre a autoridade) para a situação de Corinto permite a diretiva que as mulheres precisem ter suas cabeças cobertas quando estão no culto. O princípio é de validade permanente, mas bem podemos sentir que a sua aplicação ao ambiente contemporâneo não precisa trazer o mesmo resultado. Em outras palavras, à luz de costumes sociais totalmente diferentes, bem podemos sustentar que a aceitação plena do princípio que subjaz o assunto deste capítulo não requer que no Ocidente, no século XX, as mulheres precisem sempre usar chapéus quando oram.[16]

O conceito de autoridade é não apenas mal compreendido, mas é freqüentemente abusado. É um erro, por exemplo, identificar o modelo bíblico de autoridade com uma cadeia de comando. As Escrituras ensinam que a autoridade existe por causa do serviço aos outros, para a edificação dos outros. Cristo ensinou que seus seguidores devem ser servos. Uma busca de vantagem própria, às custas de outrem, viola e perverte o princípio de autoridade do qual o apóstolo está falando.

2. Subordinação. As mesmas conotações de superioridade e opressão que se vinculam ao conceito bíblico de autoridade, também aderem ao conceito de subordinação. É verdade que as Escrituras usam a palavra para subordinação (hypotasso) em um sentido de dominação, em alguns contextos (por exemplo, 1 Co 15.27 - “[Deus] sujeitou todas as coisas debaixo de seus pés”; 1 Pe 3.22 - “ficando-lhe subordinados anjos, potestades e poderes.”) Existe, de fato, um tipo de subordinação coercitiva, que resulta de força ou dominação. Um escravo ou prisioneiro experimenta subordinação neste sentido.

Mas há uma subordinação que é reconhecida e aceita livremente pelo subordinado. O Novo Testamento refere-se a este tipo de subordinação sempre que fala da mulher nos contextos do lar e da igreja. É uma atitude de olhar para o outro, de colocar em primeiro lugar os desejos do outro, de buscar o benefício do outro. Esta não é uma subordinação imposta pelo homem sobre a mulher, a partir de uma posição de autoridade[17] ou poder superiores. Antes, ela está enraizada na ordem (taxis) instituída por Deus à qual ambos estão sujeitos.

Há também diferenças na forma como subordinação e governo são conduzidos. O governar em um relacionamento de subordinação pode ser opressivo - um relacionamento que trabalha para o benefício do governante e em detrimento do subordinado. Este relacionamento é caracterizado como obediência ao comando, em uma atitude de dominar o outro. Mas uma pessoa pode ser subordinada sem ter de obedecer um só comando. Em nenhum lugar da Escritura é dito que é dado ao homem poder ou autoridade (exousia) ou governo (arche) sobre a mulher. Todas as passagens que falam da subordinação da mulher ao homem, ou das esposas aos seus esposos, são dirigidas às mulheres. Os verbos que se referem à subordinação nestes textos estão na voz média no Grego (reflexivo). A mulher é lembrada, sempre no contexto de um apelo à graça de Deus revelada em Cristo, de que ela foi subordinada ao homem pelo Criador e que é por esta razão que ela deve, de boa vontade aceitar este plano divino. As Escrituras nunca dizem ao homem que ele deve “manter sua esposa em sujeição” (diferente da exortação com respeito aos filhos, em 1 Tm 3.4) por meio de ordens. Pessoas podem ser subordinadas servindo outras, cooperando nos propósitos de outras ou seguindo o ensino de outras. Quanto mais amor e comprometimento para com os interesses do outro (Fp 2.4) estiverem presentes no relacionamento do homem para com a mulher, mais este relacionamento de subordinação conformar-se-á ao ideal escriturístico.

É interessante que a subordinação não é aplicada pelos escritores apostólicos à sociedade secular. Nesta esfera - na ausência de uma orientação da Escritura - deve-se resistir à tentativa de identificar certas atitudes como sendo as cristãs e bíblicas. O fato de que uma mulher pode estar “sobre” um homem (tal como uma mulher como chefe de uma seção em uma empresa ou uma mulher na posição de juíza em um procedimento legal) não deve ser considerado como sendo uma violação do conceito escriturístico de subordinação.

O material bíblico focaliza sua atenção nas áreas do casamento e da igreja. Entretanto, sempre que a subordinação da mulher ao homem no casamento ou na igreja se torna uma questão de dominação e quando qualquer um, homem ou mulher, comportam-se de uma maneira autocrática, dominadora, tal conduta não brota da criação, mas da queda. Os homens honram o governo de Deus quando se submetem a Sua vontade no que diz respeito a sua atitude e conduta com respeito às mulheres. Atitudes e ações que sugiram que as mulheres sejam insignificantes ou inferiores, ou que elas não tenham existência válida à parte dos homens, originam-se na queda. Além do mais, uma postura como esta para com as mulheres é inconsistente para com o exemplo do governo de Jesus sobre aqueles que vivem em um relacionamento de subordinação a Ele (Ef 5.25). Ao mesmo tempo, o fato que a Escritura fala da mulher sendo subordinada ao homem não tira das mulheres seu propósito de vida, nem as torna apenas um suplemento dos homens. Tanto homem como mulher são membros do Corpo de Cristo. Ambos compartilham do governo sobre a criação divina e da proclamação do evangelho. Um terceiro princípio emerge, pois, para guiar-nos na determinação do serviço da mulher na igreja hoje: A subordinação, quando aplicada ao relacionamento entre as mulheres e os homens na igreja, expressa um relacionamento divinamente estabelecido, no qual um olha para o outro, mas não de uma forma dominadora. Subordinação existe por causa de ordem e da unidade .

D. O EXERCÍCIO DA AUTORIDADE

Os três princípios bíblicos com respeito às mulheres na igreja convergem nas diretivas específicas de Paulo considerando seus falar e ensinar na congregação em culto (1 Co 14.33b-35; 1 Tm 2.11-15).

1. Silêncio. À primeira vista, a colocação de Paulo, de que a mulher ora e profetiza (1 Co 11.5) parece estar em contradição com o comando ao silêncio em 1 Co 14. Os comentaristas têm oferecido diversas soluções para as dificuldades que surgem quando 1 Co 11 é comparado com 1 Co 14. Uma solução proposta é que deve-se fazer uma distinção entre dois tipos de encontros da Igreja nestes capítulos. Um deles seria em família, um encontro em que a igreja não está toda presente (Capítulo 11); o outro seria o encontro de toda a congregação (capítulo 14). Outra solução enfatiza a distinção entre dois tipos de fala. De acordo com esta explicação, ‘falar’ no capítulo 14 significa ‘fazer perguntas,’ enquanto que no capítulo 11 refere-se à fala em êxtase. Possivelmente não se pode ter clareza completa a respeito. Entretanto, as seguintes conclusões podem ser tiradas.

Primeiro, que Paulo não está ordenando um silêncio absoluto é evidente do fato que ele permite o orar e o profetizar em 1 Co 11. O silêncio ordenado para as mulheres em 1 Co 14 não impede o orar e profetizar. Assim, o apóstolo não está dizendo que as mulheres não podem participar no cantar e orar da congregação. Deve-se notar o uso de Paulo do verbo laleo para ‘falar’ em 1 Co 14.34, que significa freqüentemente ‘pregar’ no NT (por exemplo, Mc 2.2; Lc 9.11; At 4.1; 8.25; 1 Co 2.7; 2 Co 12.19; Fp 1.4). Paulo não usa lego, que é um termo mais geral. (O argumento de que Paulo tem um significado diferente em mente e que ele usa o verbo aqui para proibir cochichos que perturbavam a ordem, é extremamente improvável.) Quando laleo tem um significado outro do que discurso religioso ou pregação no Novo testamento, isto é normalmente feito pelo uso de um objeto ou advérbio (por exemplo, falar como uma criança - 1 Co 13.11; falar como um tolo - 2 Co 11.23). Segundo, deve-se enfatizar que a proibição de Paulo, que as mulheres fiquem em silêncio e não falem, é feita em referência ao culto público da congregação (1 Co 14.26-33). Qualquer outra interpretação é artificial e improvável. Assim, Paulo não está dizendo aqui que a mulher deva ficar em silêncio em todo o tempo ou que não possa manifestar seus sentimentos e opiniões em uma assembléia da igreja. A ordem para que a mulher guarde silêncio é uma ordem para que ela não assuma o culto público, especificamente o aspecto de ensino-aprendizado do culto.

2. Ensino e Autoridade. Apesar de que o impacto dos comentários de Paulo em 1 Tm 2.11-15 é similar ao de 1 Coríntios 14, ele torna o assunto mais explícito nesta passagem. Uma mulher não deve ensinar, nem ter autoridade sobre o homem.

Aqui também os limites do que é proibido às mulheres pelo apóstolo tem sido questão amplamente disputada. Alguns têm entendido que Paulo aqui esteja excluindo as mulheres de todas as formas de ensino e de exercício de autoridade, incluindo o ensino em um escola pública ou servindo em uma vocação na qual uma mulher tenha homens sob sua direta supervisão. Isto se constitui em uma leitura equivocada das palavras de Paulo. Suas instruções se dirigem para o ambiente do culto da igreja. Sem dúvida a oração pública que é mencionada no v. 8 ocorre durante um culto. A expressão “da mesma sorte”, no versículo 9, indica que a atividade das mulheres ocorre no mesmo contexto. Em 1 Tm 3.14,15 o apóstolo explica o propósito de sua carta a Timóteo: “Escrevo-te estas coisas ... para que ... fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus ...”. O contexto desta passagem é aquele da igreja em culto.

Ainda assim restam duas alternativas: 1) mulheres estão proibidas completamente de qualquer forma de ensino ou discurso público; ou 2) as mulheres estão proibidas de certos tipos de ensino e discurso público, especialmente daquele executado pelo “ofício do ensino”, isto é, o ofício pastoral.

O ensino que Paulo proíbe às mulheres realizarem é o segundo mencionado acima, isto é, a proclamação pública, formal da fé cristã. A palavra empregada para ensinar (didaskein) é usada de forma uniforme desta maneira em 1 Timóteo. Este termo é utilizado na epístola para se referir aos falsos mestres (1.3,7); aos “bispos” (=pastores), que sejam aptos para ensinar (3.2); ao pastor Timóteo, que deve “ensinar” (4.11); que deve aplicar-se “à leitura, à exortação, ao ensino” (4.13); a cuidar “da doutrina” (4.16); e a “ensinar e recomendar estas coisas” (6.2); aos “presbíteros ... que se afadigam na palavra e no ensino” (5.17); e especialmente o próprio apóstolo Paulo, que é “mestre dos gentios” (2.7).

Assim, Paulo não está afirmando que mulheres cristãs devem evitar qualquer forma de ensino. Em outras partes o Novo Testamento indica que as mulheres ensinavam em um contexto diferente daquele do culto público da congregação (por exemplo, Priscila, At 18.26). A restrição apostólica de 1 Timóteo 2 pertence àquele ensino da Palavra de Deus que envolve uma função essencial do ofício pastoral. A palavra didaskein é empregada de forma inapropriada quando aplicada ao(à) professor(a) da Escola Dominical ou ao(à) professor(a) de Religião na Escola, ou à pessoa que conduz um estudo bíblico em casa. Como o bispo Bo Giertz, da Suécia, sugere: “Quando em 1 Tm 2.12 a palavra didaskein é empregada, ela é antes uma expressão de rico conteúdo (a palavra significa: ser um mestre na igreja e ser incumbido por Deus com a proclamação da Palavra).” Um ensino que não “coincide com aquela comissão à qual o Novo Testamento se refere quando emprega as palavras didaskalos ou didaskein” não está em vista aqui.[18]

3. Autoridade.


[1] Este material é tirado do parecer da Comissão de Teologia e Relações Eclesiais da LC-MS, Women in the Church - Scriptural Principles and Ecclesial Practice, Setembro de 1985.

[2] No texto de Lc 8, onde mulheres são apresentadas como servindo a Cristo, o texto distingue “Jesus”, “os doze com ele” e “algumas mulheres.”

[3] Vale lembrar que na igreja primitiva, havia um controle da profecia, para que não houvesse excessos e o ensino fosse examinado quanto ao seu conteúdo (1 Co 14.26ss).

[4] Emil Brunner, The Divine Imperative, traduzido por Olive Wyan (Philadelkphia: Westminster Press, 1947), pp. 208-33.

[5] Ver, por exemplo, Luther’s Works, American edition, vol. 13, p. 358 e vol. 41, p. 177.

[6] Edição em inglês: vol. 1, p. 526.

[7] Morphologie des Luthertums, 2: 37-49; Das Christliche Ethos. P. 37.

[8] David Tracy, “Christian Faith and Radical Equality,” Theology Today (janeiro 1978), pp. 370-377.

[9] (St. Louis: Concordia, 1971). Posição similar é advogada por George M. Knight, em The New Testament Teaching on the Role Relationship of Male and Female (Grand Rapids: Baker Book House, 1977).

[10] Luther’s Works, 30, p. 63.

[11] A Fórmula de Concórdia, Artigo II, observa que o relacionamento entre homem e mulher foi criado antes da queda. Os pecados associados a este relacionamento precisam ser redimidos, mas o relacionamento em si, visto ter sido criado por Deus, não precisa de redenção.

[12] Emprego a palavra “autoridade” na tentativa de encontrar um equivalente semântico para “Headship”.

[13] Brunner, p. 25.

[14] Fritz Zerbst, The Office of Women in the Church (St. Louis: Concordia, 1955): p. 32.

[15] “Backdrop.”

[16] Leon Morris, The First Epistle of Paul to the Corinthians (grand Rapids: Eerdmans, 1958), p. 156. Ver CA XXVIII, 53-56.

[17] Note-se que aqui o documento emprega a palavra “authority”, diferenciando-a de “headship.”

[18] Bo Giertz, “Twenty-Three Theses on The Holy Scriptures, The Woman, and the Office os the Ministry,” The Springfielder (Março 1970), p. 14. Priscila, juntamente com Áquila, tomou Apolo e lhe expôs (exethento) o caminho de Deus de forma mais acurada. Nem didaskein, nem qualquer outra palavra relacionada a esta é empregada (At 18.26).

CONTEXTUALIZAÇÃO UMA TEOLOGIA DO EVANGELHO E CULTURA

CONTEXTUALIZAÇÃO UMA TEOLOGIA DO EVANGELHO E CULTURA.

1. FATORES CULTURAIS E SUPRACULTURAIS NA COMUNICAÇÃO DO EVANGELHO.

Para os cristãos que se comprometem a comunicar um evangelho revelado e universal a pessoas em situações culturais em rápida transformação, a tarefa é intensa. As dificuldades são acentuadas pela conseqüência de que os próprios mensageiros são frementemente o produto de mais de uma cultura. Os missionários do Terceiro Mundo, por exemplo, precisam entender pelo menos quatro culturas diferentes: a das Bíblia, a do missionário acidental que originalmente trouxe o evangelho, sua própria cultura e a do povo para o qual leva o evangelho.

1.1 SINAIS DE INSENSIBILIDADE CULTURAL

Alguns comunicadores evangélicos se preocupam tanto com a preservação da pureza do evangelho e das suas formulações doutrinárias, que tem sido insensíveis aos padrões de pensamento e comportamento cultural da pessoas às quais proclamam o evangelho. Alguns não tem tido consciência de que termos tais como Deus, pecado, encarnação, salvação e céu provocam, impressão na mente do ouvinte diferentes daqueles que produzem na mente do mensageiro.

Outro fato é o caso comum do pregador que proclama o evangelho virtualmente da mesma maneira a todos os auditórios, quer se trata de católicos hindus, muçulmanos, marxistas. Por demais freqüentemente, o ouvinte é tratado como se fosse uma tabula rasa e é feita a suposição de que, porque o evangelho é a palavra de Deus, “não voltará a mim vazio”.

O fato de que 4 culturas são usualmente envolvidas na comunicação do evangelho é complicada ainda mais visto que muitas pessoas hoje são o produto de várias culturas – tradicionalmente e moderna, religiosa e secular. É somente netas 2 últimas décadas que os evangélicos tem levado esta situação a sério.

Porque que algumas pessoas resistem ao evangelho mais de que outras pessoas?

O relatório de Willoubank, em Bermuda, 1078 responde: não porque pensam que é falso, mas porque percebem que é uma ameaça à sua cultura, especialmente a base da sua comunidade, e à sua solidariedade nacional e tribal. Quanto mais sofisticada a cultura, tanto mais provável é que semelhante ameaça será sentida hoje.

A 2º barreira a comunicação do evangelho é que o evangelho é freqüentemente apresentado às pessoas em formas culturais estrangeiras.

A imagem do cristianismo como sendo uma religião estrangeira, uma religião ocidental, uma religião dos homens brancos, é uma das desvantagens eficaz na África e na Ásia hoje.

1.2 A CULTURA: UM ENREDO PARA A VIDA.

A cultura abrange a totalidade da vida. “a cultura é um enredo para a vida”. É um plano segundo o qual a sociedade se adapta ao seu ambiente social e ideal.

O comportamento cultural não é biológicamente transmitido de uma geração para a outra. Deve ser apreendido por toda geração que sucede a anterior. É a soma total dos padrões comportamentais e atitudes aprendidos por uma determinada comunidade. O temo enculturação é empregado para o processo mediante o qual as pessoas aprendem o modo de vida da sua sociedade.

A cultura é adquirida, está em mudança constante. Quando a mudança é mais rápida do que a capacidade da comunidade adaptar-se a ela, podemos falar de um “choque de culturas”.

G. Linwood Barney = sugere que cada cultura é uma série de camadas, das quais a mais profunda consiste em ideologia, cosmologia e cosmovisão. A segundo é a dos valores e a terceira é a das instituições, casamento, a lei, a educação.

A religião como um fator humano na cultura, influencia cada uma destas camadas ou destes segmentos, e é influenciada por eles.

Se o evangelho apenas modifica ou muda o comportamento observável de uma pessoa ou de uma comunidade sem produzir uma mudança equivalente na cosmovisão fundamental, o nível da comunicação é superficial.

1.3 A IMPORTÂNCIA DO SUPRACULTURAL.

Com supra cultural queremos dizer os fenômenos da crença e do comportamento cultural que tem sua origem fora da cultura humana.

Comentário de MBITI: “Deus nos deu o evangelho. O homem nos dá a cultura”. Não é rigorosamente verídico. A cultura dos hebreus não era apenas o produto do seu meio ambiente, mas era a interação entre a supra cultura e os hebreus nos seu ambiente e na sua história.

A outra origem supra-cultural dos fenômenos da cultura é a demoníaca. Satanás é uma realidade metafísica espiritual a quem João chama “o príncipe deste mundo”. (Jo 12.31;14.30;16.11).

O novo testamento dá testemunho da convicção de que o mundo não é um sistema fechado, mas, sim, a arena de uma batalha entre o reino de Deus e o reino de Satanás. É tanto uma batalha nos lugares celestiais supra culturais quanto a o próprio mundo, batalha esta que foi supremamente manifesta na cruz e na ressurreição do filho de Deus encarnado.

A religião nunca é meramente uma questão humana, mas, sim, um encontro dentro do âmbito supra cultural do reino de Deus e do reino de Satanás.

1.4 FUNDAMENTOS BÍBLICOS PARA NOSSA RESPOSTA AO EVANGELHO.

O evangelho não pressupõe a superioridade de qualquer cultura sobre outra, mas, sim, avalia todas as culturas de acordo com seus próprios critérios de verdade e justiça insiste nos absolutos morais em cada cultura.

O conceito bíblico da cultura é fundamentado numa compreensão do evento da criação como sendo um fato que deve ser aceito e entendido pela fé. (Hb 11.3).

Cada pessoa é capaz de uma profundidade de relacionamentos interpessoais, tanto com seu criador, quanto com seu cônjuge, um aspecto condicional da natureza da imagem divina. (Gn 1.26;5.1;9.6; 1Co 11.7).

Na criação, Deus abençoou o homem e a mulher e lhes disse: “sede fecundados, e multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a”.

Deus deu nome a cada dia da criação e autorizou Adão a dar um nome a cada criatura viva (Gn 2.19-20). O emprego da linguagem poética pelo homem ao dar o nome à mulher, é a primeira evidência da expressão estética da cultura.

O efeito da Queda e do conhecimento do evangelho sobre comportamento humano. As implicações pessoais e sociais da Queda afetam radicalmente todas as pessoas e todas as culturas. Na Queda, o homem rebelou-se contra o Senhorio do Criador, procurou asseverar a sua autonomia, e descreve na lei de Deus.

É com este passado, que o evangelho é a boa nova da redenção para cada pessoa, na sua individualidade no seu comportamento social e no seu estilo de vida. O evangelho da redenção começa na própria Queda (Gn 3.15).

Todas as pessoas sabem que devem amar o criador da leis divinas, mas na sua rebelião ficam sendo uma lei para si mesmas. Somente na graça soberana de Deus, trazendo os pecadores a Si mesmo em arrependimento, e no Dom da fé, é que aqueles que nunca ouviram falar de Cristo podem ser reconciliados com seu Criador.

A compreensão que Deus, o Espírito Santo é o verdadeiro mensageiro do evangelho que está sempre adiante de nós, preparando pessoas para ouvirem e receberem o evangelho, mas nos faz clamar com Paulo, “pois sobre mim pesa esta obrigação, porque ai de mim se não pregar o evangelho” (1Co 9.16).

2. PADRÕES NO MOVIMENTO DA CONTEXTUALIZAÇÃO PARA O SINCRETISMO.

Nos escritos de Henry Venn, Rowland Allen, Melvin Hodges e outros, o alvo indigenização é uma igreja que é auto-governada, auto-sustentada e auto-propagadora.

2.1 DEBATE INDIGENIZAÇÃO – CONTEXTUALIZAÇÃO.

A contextualização, alega-se, é a capacidade de responder de modo relevante ao evangelho dentro do arcabouço da situação da própria pessoa. A contextualização não é simplesmente uma moda ou divisa, mas uma necessidade teológica exigida pela natureza encarnacional da palavra.

James o Buswell sugere que a palavra indigenização, que significa dar fruto ou produzir por dentro, não é um conceito estático. A final das contas, não é tanto a palavra empregado quanto o significado que cresce em derredor dela.

· A contextualização leva a sério os fatores contemporâneos na mudança cultural.

· A indigenização diz respeito a cultura tradicional.

A contextualização faz parte de um debate teológico mais amplo. A mudança das questões da indigenização para as da contextualização faz parte de uma preocupação teológica muito mais ampla no sentido de compreender a função da igreja no mundo.

Logo, qualquer discussão sobre a contextualização do evangelho em termos da obra de Deus no mundo das estruturas econômicas e políticas não pode ser separada da obra da evangelização e da indigenização da Igreja.

2.2 UMA AVALIAÇÃO DE MODELOS DA TEOLOGIA CONTEXTUALIZANTE

Podemos falar em duas abordagens à contextualização: a existencial e a dogmática.

Na Segunda abordagem começa com uma teologia bíblica autorizada cujo compreensão dogmática é contextualizada numa determinada situação cultural.

A contextualização existencial envolve a interação de dois princípios básicos: a relatividade essencial do texto e do contexto, e o método dialético da busca da verdade. Fazer teologia é entendida como processo humano falível, de moda que nenhuma teologia é perfeita ou absoluta.

Von Allmen declara que “ao invés de ensinar uma teologia existente, até mesmo uma assim chamada teologia do Novo Testamento, sugere que o educador teológico dê alta prioridade ao estudo da história das tradições da igreja primitiva para nos capacitar a descobrir as forças que governam a formação daquela teologia, a fim de que nós, por nossa vez, possamos ser guiados pelo mesmo dinamismo enquanto nos damos à tarefa de criar uma teologia contemporânea, seja na África, seja na Europa.

2.3 A DINÂMICA DO SINCRETISMO CULTURAL E TEOLÓGICO.

O sincretismo é a tentativa de reconciliar crenças ou conflitantes ou prática religiosas num sistema unificado.

A preocupação contemporânea no sentido de contextualizar o evangelho em culturas específicas levantou o problema do sincretismo de uma maneira nova. É que abrange o tema do evangelho e da cultura. O relatório de Willoucank declarou: ”Assim como a igreja procura expressar sua vida em formas culturais que ou são malignos, ou têm associações malignas. Elementos que são intrinsecamente falsos ou malignos claramente não podem ser assimilados no cristianismo sem uma caída no sincretismo. Este é um perigo para todas as igrejas em todos as culturas.

O sincretismo como um princípio dinâmico pode ser intencional, ou pode ser movimento inconsciente de assimilação.

No debate contemporâneo sobre o evangelho e a cultura há dois tipos de perigos sincretistas sendo um cultural e outro teológico.

- O sincretismo cultural pode resultar de uma tentativa entusiasta de traduzir a fé Cristã por meio de usar acriticamente os símbolos e as práticas religiosas da cultura receptora, tendo como resultado uma fusão de crenças e praticas cristãs e pagãs.

A Segunda forma é a mais agressiva. É o espirito dos fariseus e dos judaizantes que procuravam forças suas formas culturais de convicções religiosas sobre seus convertidos.

- O sincretismo teológico é mais destrutivo, mais refletivo do que o cultural.

Supõe, que visto que toda a teologia é culturalmente condicionada, não é possível saber com certezas qual é a palavra que Deus revelou. Confunde o supra-cultural com o cultural. Reduz toda a teologia para contar a história da sua experiência e fé. A Escritura não é uma parede divisória que limita a reflexão teológica e que divide uma comunidade de outra, mas sim, consiste em “postes de iluminação” que derramam luz e brilho sobre a experiência religiosa da comunidade.

3. COMPREENDENDO A TEOLOGIA BÍBLICA

Como usamos a Bíblia, dependerá do nosso entendimento da tarefa hermenêutica em nossa abordagem à contextualização.

3.1 AUTORIDADE DA BÍBLIA NOS MOVIMENTOS ECUMÊNICOS

Os evangélicos sempre sustentaram que a Bíblia é normativa e a autoridade definitiva em questões da fé e da conduta.

Supõe-se de modo generalizado entre os estudiosos que toda teologia é condicionada pela cultura.

Rudolph Bultmann nenhum evangelho puro e nenhuma exegese neutra ou sem pressuposições, de modo que a tarefa hermenêutica é circular, com interação constante entre o objeto e o sujeito, o texto e o intérprete. E um processo dialético em que nada pode haver de definitivo, somente uma aproximação à verdade da Palavra de Deus numa cultura específica, ou numa situação especial. O pré-entendimento é essencialmente um compromisso prévio à maneira em que o evangelho deve ser interpretado para uma determinada cultura.

3.2 A PROVIDÊNCIA SOBERANA NO CONDICIONAMENTO CULTURAL DA BÍBLIA.

Deus na sua Salcrania escolheu uma cultura hebraica através da qual revelou sua palavra. Se tivesse escolhido uma forma cultural diferente, o conteúdo da palavra teria sido diferente, porque mudaria radicalmente a forma, que leva a sua própria cosmovisão e grupo de valores, é mudar o conteúdo.

Na sua soberania Divina, Deus escolheu Abraão de uma cultura mesopotâmica, e através dos seus descendentes formou uma cultura transmissora que refletia a interação entre o conteúdo supra-cultural e a forma cultural. Há portanto uma qualidade sem igual na cultura hebraico Bíblico, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento. Não se trata simplesmente de uma cultura sem igual que levava as marcas da interação divino-hunana. Na providência de Deus esta cultura conseguiu transmitir fielmente a qualidade sem igual da mensagem divina da criação, do pecado, da redenção e da Encarnação e ressurreição do filho divino.

Jesus Cristo nasceu judeu, e é uma afronta a soberania divina falar de um Cristo negro, ou de um Cristo indiano.

O Antigo Testamento reflete a interação profunda entre a Palavra supra-cultural revelado e a vida cultural dos hebreus e a das nações em derredor.

3.3 PRINCÍPIOS HERMENÊUTICOS PAR ENTENDER A TEOLOGIA BÍBLICA.

A primeira tarefa da intérprete é ouvir a Palavra de Deus conforme é dada através da pluralidade dos escritores bíblicos é compreendê-la de tal maneira que possa interpretá-la fielmente a outras pessoas.

A- O princípio de um estilo de vida marcado pela fé como compromisso: Sem viver a vida da fé, ninguém pode compreender a verdade da Palavra de Deus.

B- Uma hermenêutica biblicamente determinada envolve um processo bidirecional de encontro entre o intérprete e a Palavra de deus de um lado, e entre o intérprete e a cultura do receptor, do outro lado.

A tarefa da exegese é a recuperação do sensus literalis, o significado literal e natural do texto.

C- A tarefa da hermenêutica não é particular ou individual; é a responsabilidade do corpo inteiro de Cristo e deve ser empreendida dentro do arcabouço da comunidade crente. No seu conjunto, o povo de Deus é um sacerdócio real, uma família da fé edificada sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Jesus Cristo a pedra angular. O Espírito Santo ilumina a intérprete dentro do contexto da igreja.

A contextualização verdadeira do evangelho ocorre na igreja e não no mundo. Não é a obra do homem e sim de Deus.

D- Missão no mundo: A missão da igreja no mundo e, de modo geral, a adoração e a comunhão, o serviço social e a justiça, a evangelização. A teologia contextualizado que não serve para esta missão é uma teologia truncada (interrompe, omite).

4. A DINÂMICA DA COMUNICAÇÃO TRANS-CULTURAL.

Ainda que o comunicador venha herdar o mesmo arcabouço cultural do receptor, sempre é um centro focal distinto, porque não somente forma seu própria cultura e doutras, como também tem a sua própria experiência supra-cultural sem igual com o Deus vivo.

4.1 DA TEOLOGIA BÍBLICA PAR A CONTEXTUALIZADA.

A teologia contextualizada, de modo distinto da teologia Bíblica dogmática, é sempre relativo. O comunicador tem um conhecimento falível do evangelho. Qualquer formulação contextual específica da teologia pode ser válido e leal ao evangelho, mas não pode alegar que compreende a totalidade da Palavra de Deus revelada.

A cultura humana é sempre um processo dinâmico para o enredo da vida. Reúne as tradições do passado, corresponde e se acomoda á modernidade de uma sociedade tecnológica e cada vez mais urbana, e está em interação constante com os principados e potestades supra-culturais. Há portanto um grau de flexibilidade no centro focal da cultura humana.

A contextualização da teologia bíblica num mundo em mudanças exige uma reconsideração do processo inteiro de fazer a teologia. Mas a própria Bíblia insiste que o ponto de partida deve ser de dentro do círculo da fé e da dedicação á auto-revelação de Deus em Cristo. Com o enfraquecimento da certeza do conhecimento do conteúdo da fé Cristã, muitos teólogos estão fazendo, na prática, com que o contexto cultural seja o ponto de partida. Este é o caminho da ‘teologia natural” e leva a um beco sem saída. O ministério da fé começa com o conhecimento de Cristo e não com a filosofia e a tradição humana. (CL2:1-8 At17:19-34).

4.2 O EVANGELHO É A REVELAÇÃO DE DEUS COMO CRIADOR-SALVADOR.

Muita confusão teológica tem sido criado por meio de isolar Deus o Salvador de Deus o Criador, e também por meio de obscurecer a distinção entre Sua obra de criação e a da redenção. Qualquer contextualização legítima do evangelho deve refletir a norma bíblica da obra inseparável, porém, distinta do Criador-Salvador.

No Novo Testamento, a obra de Paulo,Ef.1 Fp2.5-11 Cl1.15-20 mantém Deus como Criador e Salvador.

Uma doutrina completa do Criador-Salvador é fundamental para qualquer contextualização fiel da teologia, e é a base para avaliar todas as demais maneiras religiosas de entender a criação e a redenção. A falsa contextualização começa com um entendimento inadequado de Deus trino e uma como Criador-Salvador.

4.3 DA ALIENAÇÃO E DA IDOLATRIA PAR A MORTE E A NOVA CRIAÇÃO.

O problema humano é a alienação. A dificuldade primária na comunicação é que a humanidade, como indivíduo da sociedade, não reconhece a natureza verdadeira desta alienação.

A doutrina bíblica da alienação começa em Gn 3, onde o homem e a mulher suprimem o conhecimento de Deus, rebelan-se contra o seu senhorio e procuram fazer-se iguais a Deus. Paulo dá uma interpretação teológica desta alienação (Rm 1;18-32)

O profeta é o agente de Deus para pronunciar julgamento contra todas as formas de alienação. Os profetas repreendiam tanto a idolatria religiosa quanto a injustiça social. Amós repreendeu o culto sincretista de Israel (2:4;4;4-5;5:21) e os ricos inclusive suas esposas pelas suas riquezas (3:15;4:1;6:40 e pela opressão dos pobres (2:6;6:1-7). A contextualização verdadeira do evangelho exige tanto a renovação espiritual quanto a justiça social.

O evangélico, no entanto, começa o processo da contextualização com a revelação sem igual e definitivo de Deus em Cristo e no evangelho, que interpreta no contexto da sua cultura e da cultura do receptor.

O evangelho julga a totalidade da cultura e não apenas uma parte dela, destruindo o que é contrário à palavra de Deus e criando de novo aquilo que é fiel a revelação universal que Deus deu á humanidade

A adoração é a expressão mais profunda de uma cosmovisão religiosa, e tanto a beleza quanto feiura estão invariavelmente associados com ela, assim como na arte , na música, na poesia religiosa. É na adoração que a verdadeira contextualização deve ser mais claramente vista, expressando adoração a Deus.

No nível de valores morais, a contextualização do evangelho levará ao julgamento e à renovação da consciência como sendo a resposta sensível do homem à Palavra do Deus vivo e aos ditames da Sua lei moral.

4.4 OS UNIVERSAIS E OS VARIÁVEIS NA IGREJA INDÍGENA.

A crise em muitas igrejas é a da auto-identificação. É o caso das igrejas que são comunidades missionárias pequenas e socialmente fracas, lutando pela sua existência em situações hostis.

Pacto de Lausanne: “A igreja destas no mundo; o mundo não deve estar na igreja.

A igreja universal tem uma esperança em comum da consumação do reino no dia do Senhor final, quando, então, a totalidade da criação, agora sujeita à escravidão, será libertada (Rm 8:19-23).

É uma igreja peregrina que, desde Abraão, tem antegozado a cidade que tem alicerces, da qual Deus é o arquiteto e edificador (Hb 11:10).

As estruturas e o governo da igreja, as formas da sua adoração, sacramentos e comunhão fraternal, dos métodos de comunicar o evangelho e os padrões para o serviço no mundo, devem refletir as variáveis culturais e satisfazer as necessidades específicas de cada comunidade.

No curso da história da igreja, a acomodação a acréscimos culturais e o provincialismo têm destruído a vida de muitas igrejas. A igreja local ou nacional nunca deve ficar cativa à sua própria cultura.

4.5 A COMUNICAÇÃO TRANS-CULTURAL DO EVANGELHO.

A tensão dinâmica entre a universalidade e a convertibilidade na indigenização da igreja também se aplica à comunicação do evangelho. A contextualização só pode ocorrer no contexto da missão. Andrew Kirk diz: “Nossa crença é que o único contexto apropriado para o pensamento teológico sério é o crescimento da igreja na sua missão tríplice, da adoração, do engajamento profético do mundo, e da evangelização.

O único modelo supremo missiológico é a Encarnação. Nossa missão é modelada na dele: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20:21)

A comunicação trans-cultural é uma chamada para ser um mensageiro humilde do evangelho. Porque o evangelho não é negociável, o mensageiro deve adotar o papel do servo que o Mestre adotou, a fim de evitar a arrogância da superioridade teológica e cultural.

O Espírito Santo sempre é o missionário trans-cultural. Vai adiante para preparar o caminho para o evangelho. Convence do pecado e do julgamento até mesmo aqueles que nunca ouviram falar do nome de Cristo.

A contextualização verdadeira na missão diz respeito às necessidades das pessoas na sociedade bem como no seu relacionamento com Deus .

A evangelização, portanto, como um meio de reconciliação entre as pessoas e Deus não deve ser isolado do serviço social mediante as quais as pessoas são reconciliados umas com as outras.

A comunicação verdadeira e fiel do evangelho começa com a contextualização do evangelho na vida do comunicador. Isto ocorre com a adoração e a comunhão, através do serviço diacônico e a justiça profética e através de testemunho e discipulado evangelístico.

A igreja no mundo é chamada para ser um modelo do reino vindouro, e o sal preservador e a luz penetrante num mundo que está corrupto e perdeu seu caminho.

Uma teologia dinâmica da evangelho e da cultura é o fundamento necessário para o cumprimento da grande Comissão e para a obra do Espírito Santo que cria de novo o homem na sociedade conforme a imagem de cristo, o Criador-Salvador.

AMÓS 8.4-14

Exegese de Amós 8. 4 - 14.

Apresenta-se nesta seção uma serie de denuncias semelhantes às que já acontecido nos capítulos 3 a 6, onde novamente o profeta Amós condena severamente a opressão dos pobres pelos ricos.

4à “Ouvi isto, vós que tendes gana contra o necessitado e destruís os miseráveis da terra”. Com estas palavras o profeta quer mostrar que estes que estão explorando os pobres de diversas maneiras, estão cavando para si próprias a sua sepultura, estão trazendo para si a própria destruição, e trazendo lhes sobre si o juízo divino[1].

Este versículo dá ênfase à condição miserável dos pobres e necessitados, causada pelos gananciosos no poder.

5à “A festa da lua nova”. Horne a respeito desta festa nos citas os textos de II Rs 4. 23; I Sm 20. 5, 24 e 27; Nm 28. 11; Os 2. 11; Is 1. 13, que nos mostram que esses dias não eram devotados apenas apara fins religiosos, mas também nestes dias deveria se deixar de lado toda ocupação ordinária da vida[2]. Porém isto era algo que não agradava aos comerciantes pois prejudicavam o aumento das suas riquezas.

Efa”. É uma medida de alimentos sólidos em grãos, que equivale a 22 litros[3]. Com a diminuição do Efa os comerciantes estavam dando menos alimento e recebendo mais dinheiro.

Aumentando o siclo”. De acordo com Horne um ciclo valia cerca de 45 mil cruzeiros se fosse de ouro[4]. Siclo também pode significar medida de peso, mas neste caso está se referindo ao valor monetário. Os ricos comerciantes estavam diminuindo a medida dos alimentos, porém não estavam diminuindo o valor pelo contrario estavam cobrando mais caro pelas coisas vendidas.

Balanças enganadoras”. Nesta época possuíam balanças para comprar e para vender, e o roubo acontecia de ambos os lados, por isso dar menos e receber mais e receber mais e pagar menos é desonestidade.

6à “Para comprar os pobres com dinheiro”. Devido à necessidade muitas pessoas que eram pobres se vendiam como escravos para poderem viver, muitos eram comprados pelo preço de um par de sandálias, e o autor Crabtree ainda nos acrescenta que com o dinheiro em mãos se podia comprar o pobre por um pequeno preço, e depois vendê-lo caro, como vendiam o refugo do trigo[5].

Horne ainda nos diz que muitos não satisfeitos com tamanha monstruosidade vendiam o alimento que era destinado aos animais como se fosse um alimento bom para o pobre[6], e assim aumentando ainda mais o tamanho de seus pecados e sua exploração frente ao mais pobre.

7à “Pela glória de Jacó”. De acordo com alguns autores esta é uma comparação irônica de Israel pervertido com o Israel convertido ao senhor.

Crabtree nos diz que a glória de Jacó se refere à eleição de Israel (Am 3.2), e se o Senhor jurou pelo orgulho constante e inalterável de Jacó, ou por si, mesmo com referencia à eleição de Israel[7]. Podemos dizer então que existe neste caso um tom de ironia na declaração, pois o povo de Israel havia repudiado as responsabilidades da eleição, e ao mesmo tempo se vangloriavam da suas próprias glórias.

8à Devido à injustiça praticada em Samaria, a terra estremecerá, causando pranto em todos os lugares, sendo o terremoto o castigo da avareza e da injustiça dos negociantes que pisavam os pobres e necessitados. Horne ainda nos diz que hiperbolicamente o profeta compara a terra com as cheias anuais do rio Nilo que chegam até 20 pés de altura, causando tremenda inundação, e com sua secas, que deixam somente desolação, onde toda a prosperidade se tornara em completa miséria[8].

9à “Que o sol se ponha ao meio dia”. Relacionado a isto lemos em Crabtree que o sol se põe ao meio dia para o homem quando morre de repente no meio da vida, desta forma a noite vira, com o sol poente, para Israel ao meio-dia, no meio de sua prosperidade material e do seu orgulho[9].

O arcebispo Usher menciona que após a profecia de Amós ocorreram três eclipses do sol (na festa do Pentecostes, 791 AC, na festa dos Tabernáculos, 771 AC e na festa de Páscoa, 771 AC) [10]. Existem ainda outros que sugerem que foi a escuridão que precede um terremoto, e alguns pensam em ser uma profecia de alcance maior no futuro referindo-se aos acontecimentos que ocorrerão antes da segunda vinda de Cristo no juízo final (Am 5. 20; Is 13. 10; Jl 3. 15; Mt 24. 6 – 7).

10à As festas que são realizadas para a alegria, diversão terão de acordo com o profeta mudado suas características, elas serão tornadas como solenidades fúnebres, os cânticos de diversão se tornarão lamentação, tão forte como se fosse para um filho único (Jr 6. 26; Zc 12. 10). Vestir-se de saco e raspar a cabeça era um sinal de lamentação (Jó 1. 20; Is 3. 24; 15. 2; I Rs 20. 31; Is 16. 3; Jl 1. 8, 13).

11à “Eis que vêm dias”. As predições do AT são morais e não simplesmente um passatempo para a curiosidade carnal sobre o futuro. O autor Motyer nos diz que com estas palavras Amós está querendo alertar as pessoas, para que o tempo que resta possa ser preenchido para total proveito e para que os perigos alertados não atinjam um povo desabrigado, despreparado[11].

Enviarei fome sobre a terra”. Com esta frase o profeta está querendo mostrar que devido à desobediência continua do povo, será muito tarde para se arrependerem e voltarem para a palavra de Deus e assim tentarem evitar o juízo de Deus sobre suas cabeças.

Quando o castigo a tristeza bate no coração do homem isto o leva a estudar muitas vezes a escritura sagradas, porem muitas vezes isto é algo que chega muito tarde para produzir um resultado benéfico, e isto acontece devido o coração duro do ser humano e suas iniqüidades.

Para Horne a pior fome não será a escassez de alimentos, mais a pior fome é a fome da palavra de Deus, e isto quando não houver mais profetas, nem conselho espiritual, ninguém que aponte para o caminho da salvação[12].

E esta será uma justa retribuição para aqueles que estão rejeitando a pregação da palavra de Deus, pois nutrir a alma é mais importante do que alimentar apenas o corpo de pão e água.

12à “Andarão”. O verbo traduzido por Andarão é usado em relação ao andar dos bêbados (Is 28. 7), do balanço das arvores ao vento (Is 7. 2), dos lábios que tremem agitados (1 Sm 1. 13). Assim as pessoas que não sabem o que estão fazendo, vagueiam pela terra tentando descobrir o que antes consideravam tão leviamente.

Crêem alguns comentadores bíblicos que o sul não é mencionado, porque ficava ao sul do reino de Israel a cidade de Jerusalém, onde ainda se realizava e praticava o verdadeiro culto ao Senhor, o qual foi rejeitado (I Rs 12. 26 – 33). Andarão de uma parte a outra porem não encontrarão que anuncie a palavra de Deus, que os possa alimentar espiritualmente, e isto porque rejeitarão pão da vida, sendo o silencio de Deus o maior desespero e castigo de Israel.

O escritor Bonora nos diz ainda que sem a palavra do Senhor, o homem morre de fome e de sede. É o pior castigo, e Amós anuncia justamente este castigo terrível: o silêncio de Deus[13].

Ainda podemos citar as palavras bíblicas de Deuteronômio 8. 3 que nos dizem que “o homem não vive apenas de pão, mas vive de tudo que procede da boca de Deus”, confirmando ainda mais que sem a palavra de Deus, é difícil viver.

Podemos dizer que o propósito principal de Amós foi de mostrar o desamparo e a falta de rumo do homem sem a verdade revelada de Deus para mantê-lo firme e sossegado, e conforme Motyer há um toque muito típico do estilo de Amós no que ficou sem ser dito:

“Ah, sim, vocês andarão por toda parte, menos no lugar onde a verdade se encontra; por toda parte, menos onde o seu orgulho for humilhado. Vocês preferirão permanecer no erro com o orgulho de serem tidos como os que buscam a verdade, em vez de encontrar a verdade às custas de perder o seu orgulho”[14]

Mostrando assim que ele procurarão mas estarão procurando nos lugares errados, que apesar do sofrimento que estarão enfrentando eles não querem abandonar os erros, se arrependerem de seus pecados, e deixarem de lado o seu orgulho e se humilharem perante Deus.

13à “Virgens e jovens”. Os jovens são a geração e a esperança do futuro, porém ela também é herdeira da presente geração e, com toda a sua energia e confiança, não conseguem enfrentar as tensões da vida.

A força da juventude e a formosura das moças virgens não subsistirão, e nada representam diante de tamanha calamidade, onde o sofrimento físico é acompanhado pela fome espiritual. Bonora ainda nos acrescenta que diante desta situação se os jovens estão desviados e morrem assim o futuro de Israel também estará comprometido[15].

14à este versículo é um tanto que obscuro no original. Provavelmente ele possa estar se referindo ao culto idólatra ao bezerro de ouro em Betel e em Dã, estabelecidos no extremo norte do reino de Israel (I Rs 12. 26 – 33).

De acordo com Horne Amós ainda inclui os centros de idolatria que sofrerão os castigos de Deus, a Berseba[16], local onde também se praticava a idolatria à semelhança e forma de Israel.


[1] SILVA Horne P. Estudo Sobre os Profetas Menores, Comentário 1. São Paulo, Gráfica Instituto Adventista de Ensino, 2ª edição 1983. Pág. 105.

[2] SILVA Horne P. Estudo Sobre os Profetas Menores, Comentário 1. São Paulo, Gráfica Instituto Adventista de Ensino, 2ª edição 1983. Pág. 105.

[3] SILVA Horne P. Estudo Sobre os Profetas Menores, Comentário 1. São Paulo, Gráfica Instituto Adventista de Ensino, 2ª edição 1983. Pág. 106.

[4] SILVA Horne P. Estudo Sobre os Profetas Menores, Comentário 1. São Paulo, Gráfica Instituto Adventista de Ensino, 2ª edição 1983. Pág. 106.

[5] CRABTREE A. R. O Livro de Amós. Rio de Janeiro, Casa Publicadora Batista, 1960. Pág. 160.

[6] SILVA Horne P. Estudo Sobre os Profetas Menores, Comentário 1. São Paulo, Gráfica Instituto Adventista de Ensino, 2ª edição 1983. Pág. 106.

[7] CRABTREE A. R. O Livro de Amós. Rio de Janeiro, Casa Publicadora Batista, 1960. Pág. 161.

[8] SILVA Horne P. Estudo Sobre os Profetas Menores, Comentário 1. São Paulo, Gráfica Instituto Adventista de Ensino, 2ª edição 1983. Pág. 107.

[9] CRABTREE A. R. O Livro de Amós. Rio de Janeiro, Casa Publicadora Batista, 1960. Pág. 162.

[10] SILVA Horne P. Estudo Sobre os Profetas Menores, Comentário 1. São Paulo, Gráfica Instituto Adventista de Ensino, 2ª edição 1983. Pág. 107.

[11] MOTYER J. A. O Dia do Leão, a Mensagem de Amós. São Paulo. Editora ABU 1ª Edição 1984. Pág. 180.

[12] SILVA Horne P. Estudo Sobre os Profetas Menores, Comentário 1. São Paulo, Gráfica Instituto Adventista de Ensino, 2ª edição 1983. Pág. 108.

[13] BONORA Antonio. Amós o profeta da Justiça. Sao Paulo, Edições Paulinas, 1983. Pág. 94.

[14] MOTYER J. A. O Dia do Leão, a Mensagem de Amós. São Paulo. Editora ABU 1ª Edição 1984. Pág. 182.

[15] BONORA Antonio. Amós o profeta da Justiça. Sao Paulo, Edições Paulinas, 1983. Pág. 52.

[16] SILVA Horne P. Estudo Sobre os Profetas Menores, Comentário 1. São Paulo, Gráfica Instituto Adventista de Ensino, 2ª edição 1983. Pág. 109.

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1 CO 1.18-25 1 CO 12.2 1 CO 15.20-28 1 CO 15.50-58 1 CO 2.1-5 1 CO 6.12-20 1 CO2.6-13 1 CORÍNTIOS 1 CR 28.20 1 JO 1 JO 1.1-10 1 JO 4.7-10 1 PE 1.13-21 1 PE 1.17-25 1 PE 1.3-9 1 PE 2.1-10 1 PE 2.18-25 1 PE 2.19-25 1 PE 2.4-10 1 PE 3.13-22 1 PE 3.15-22 1 PE 3.18-20 1 PE 4.12-17 1 PE 5.6-11 1 PEDRO 1 RS 19.4-8 1 RS 8.22-23 1 SM 1 1 SM 2 1 SM 28.1-25 1 SM 3 1 SM 3.1-10 1 TIMÓTEO 1 TM 1.12-17 1 Tm 2.1-15 1 TM 3.1-7 1 TS 1.5B-10 10 PENTECOSTES 13-25 13° APÓS PENTECOSTES 14° DOMINGO APÓS PENTECOSTES 15 ANOS 16-18 17 17º 17º PENTECOSTES 1CO 11.23 1CO 16 1º ARTIGO 1º MANDAMENTO 1PE 1PE 3 1RS 17.17-24 1RS 19.9B-21 2 CO 12.7-10 2 CO 5.1-10 2 CO 5.14-20 2 CORINTIOS 2 PE 1.16-21 2 PE 3.8-14 2 PENTECOSTES 2 TM 1.1-14 2 TM 1.3-14 2 TM 2.8-13 2 TM 3.1-5 2 TM 3.14-4.5 2 TM 4.6-8 2 TS 3.6-13 2° EPIFANIA 2° QUARESMA 20º PENTECOSTES 24º DOMINGO APÓS PENTECOSTES 25º DOMINGO PENTECOSTES 27-30 2CO 8 2º ADVENTO 2º ARTIGO 2º DOMINGO DE PÁSCOA 2TM 1 2TM 3 3 3 PENTECOSTES 3º ARTIGO 3º DOMINGO APÓS PENTECOSTES 3º DOMINGO DE PÁSCOA 3º DOMINGO NO ADVENTO 4 PENTECOSTES 41-43 4º DOMINGO APÓS PENTECOSTES 4º DOMINGO DE PENTECOSTES 4º FEIRA DE CINZAS 5 MINUTOS COM JESUS 5° APÓS EPIFANIA 500 ANOS 5MINUTOS 5º DOMINGO DE PENTECOSTES 5º EPIFANIA 5º PENTECOSTES 6º MANDAMENTO 7 ESTRELAS Abiel ABORTO ABSOLVIÇÃO ACAMPAMENTO AÇÃO DE GRAÇA ACIDENTE ACIR RAYMANN ACONSELHAMENTO ACONSELHAMENTO PASTORAL ACRÓSTICO ADALMIR WACHHOLz ADELAR BORTH ADELAR MUNIEWEG ADEMAR VORPAGEL ADMINISTRAÇÃO ADORAÇÃO ADULTÉRIO ADULTOS ADVENTISTA ADVENTO ADVERSIDADES AGENDA AIDS AILTON J. MULLER AIRTON SCHUNKE AJUDAR ALBERTO DE MATTOS ALCEU PENNING ALCOOLISMO ALEGRIA ALEMÃO ÁLISTER PIEPER ALTAR ALTO ALEGRE AM 8.4-14 AMASIADO AMBIÇÃO AMIGO AMIZADE AMOR André ANDRÉ DOS S. DREHER ANDRÉ L. KLEIN ANIVERSARIANTES ANIVERSÁRIO ANJOS ANO NOVO ANSELMO E. GRAFF ANTHONY HOEKEMA ANTIGO TESTAMENTO ANTINOMISTAS AP 1 AP 2 AP 22 AP 22.12-17 AP 3 APOCALIPSE APOLOGIA APONTAMENTOS APOSTILA ARNILDO MÜNCHOW ARNILDO SCHNEIDER ARNO ELICKER ARNO SCHNEUMANN ARREBATAMENTO ARREPENDIMENTO ARTHUR D. BENEVENUTI ARTIGO ASAS ASCENSÃO ASCLÉPIO ASSEMBLEIA ASTOMIRO ROMAIS AT AT 1 AT 1-10 AT 1.12-26 AT 10.34-43 AT 17.16-34 AT 2.1-21 AT 2.14a 36-47 AT 2.22-32 AT 2.36-41 AT 2.42-47 AT 4.32-37 AT 6.1-9 AT 7.51-60 ATANASIANO ATOS AUDIO AUGSBURGO AUGUSTO KIRCHHEIN AULA AUTO ESTIMA AUTO EXCLUSÃO AUTORIDADE SECULAR AVANÇANDO COM GRATIDÃO AVISOS AZUL E BRANCO BATISMO BATISMO INFANTIL BELÉM BEM AVENTURADOS BENÇÃO BENJAMIM JANDT BIBLIA ILUSTRADA BÍBLIA SAGRADA BÍBLICO BINGOS BOAS NOVAS BOAS OBRAS BODAS BONIFÁCIO BOSCO BRASIL BRINCADEIRAS BRUNO A. K. SERVES BRUNO R. VOSS C.A. C.A. AUGSBURGO C.F.W. WALTHER CADASTRO CAIPIRA CALENDÁRIO CAMINHADA CAMPONESES CANÇÃO INFANTIL CANCIONEIRO CANTARES CANTICOS CÂNTICOS CANTICOS DOS CANTICOS CAPELÃO CARGAS CÁRIN FESTER CARLOS CHAPIEWSKI CARLOS W. WINTERLE CARRO CASA PASTORAL CASAL CASAMENTO CASTELO FORTE CATECISMO CATECISMO MENOR CATÓLICO CEIA PASCAL CÉLIO R. DE SOUZA CELSO WOTRICH CÉLULAS TRONCO CENSO CERIMONIAIS CÉU CHÁ CHAMADO CHARADAS CHARLES S. MULLER CHAVE BÍBLICA CHRISTIAN HOFFMANN CHURRASCO CHUVA CIDADANIA CIDADE CIFRA CIFRAS CINZAS CIRCUNCISÃO CL 1.13-20 CL 3.1-11 CLAIRTON DOS SANTOS CLARA CRISTINA J. MAFRA CLARIVIDÊNCIA CLAÚDIO BÜNDCHEN CLAUDIO R. SCHREIBER CLÉCIO L. SCHADECH CLEUDIMAR R. WULFF CLICK CLÍNICA DA ALMA CLOMÉRIO C. JUNIOR CLÓVIS J. PRUNZEL CODIGO DA VINCI COLÉGIO COLETA COLHEITA COLOSSENSES COMEMORAÇÃO COMENTÁRIO COMUNHÃO COMUNICAÇÃO CONCÓRDIA CONFIANÇA CONFIRMACAO CONFIRMAÇÃO CONFIRMANDO CONFISSÃO CONFISSÃO DE FÉ CONFISSÕES CONFLITOS CONGREGAÇÃO CONGRESSO CONHECIMENTO BÍBLICO CONSELHO CONSTRUÇÃO CONTATO CONTRATO DE CASAMENTO CONVENÇÃO NACIONAL CONVERSÃO CONVITE CONVIVÊNCIA CORAL COREOGRAFIA CORÍNTIOS COROA CORPUS CHRISTI CPT CPTN CREDO CRESCENDO EM CRISTO CRIAÇÃO CRIANÇA CRIANÇAS CRIOULO CRISTÃ CRISTÃOS CRISTIANISMO CRISTIANO J. STEYER CRISTOLOGIA CRONICA CRONOLOGIA CRUCIFIXO CRUZ CRUZADAS CTRE CUIDADO CUJUBIM CULPA CULTO CULTO CRIOULO CULTO CRISTÃO CULTO DOMESTICO CULTO E MÚSICA CULTURA CURSO CURT ALBRECHT CURTAS DALTRO B. KOUTZMANN DALTRO G. TOMM DANIEL DANILO NEUENFELD DARI KNEVITZ DAVI E JÔNATAS DAVI KARNOPP DEBATE DEFICIÊNCIA FÍSICA DELMAR A. KOPSELL DEPARTAMENTO DEPRESSÃO DESENHO DESINSTALAÇÃO DEUS DEUS PAI DEVERES Devoção DEVOCIONÁRIO DIACONIA DIÁLOGO INTERLUTERANO DIARIO DE BORDO DICOTOMIA DIETER J. JAGNOW DILÚVIO DINÂMICAS DIRCEU STRELOW DIRETORIA DISCIPLINA DÍSCIPULOS DISTRITO DIVAGO DIVAGUA DIVÓRCIO DOGMÁTICA DOMINGO DE RAMOS DONS DOUTRINA DR Dr. RODOLFO H. BLANK DROGAS DT 26 DT 6.4-9 EBI EC 9 ECLESIASTES ECLESIÁSTICA ECUMENISMO EDER C. WEHRHOLDT Ederson EDGAR ZÜGE EDISON SELING EDMUND SCHLINK EDSON ELMAR MÜLLER EDSON R. TRESMANN EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO CRISTÃ EF 1.16-23 EF 2.4-10 EF 4.1-6 EF 4.16-23 EF 4.29-32 EF 4.30-5.2 EF 5.22-33 EF 5.8-14 EF 6.10-20 ÉFESO ELBERTO MANSKE Eleandro ELEMAR ELIAS R. EIDAM ELIEU RADINS ELIEZE GUDE ELIMINATÓRIAS ELISEU TEICHMANN ELMER FLOR ELMER T. JAGNOW EMÉRITO EMERSON C. IENKE EMOÇÃO EN ENCARNAÇÃO ENCENAÇÃO ENCONTRO ENCONTRO DE CRIANÇA 2014 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2015 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2016 ENCONTRO PAROQUIAL DE FAMILIA ENCONTROCORAL ENFERMO ENGANO ENSAIO ENSINO ENTRADA TRIUNFAL ENVELHECER EPIFANIA ERA INCONCLUSA ERNI KREBS ERNÍ W. SEIBERT ERVINO M. SPITZER ESBOÇO ESCATOLOGIA ESCO ESCOLAS CRISTÃS ESCOLÁSTICA ESCOLINHA ESCOLINHA DOMINICAL ESDRAS ESMIRNA ESPADA DE DOIS GUMES ESPIRITISMO ESPÍRITO SANTO ESPIRITUALIDADE ESPÍSTOLA ESPORTE ESTAÇÃODAFÉ ESTAGIÁRIO ESTAGIÁRIOS ESTATUTOS ESTER ESTER 6-10 ESTRADA estudo ESTUDO BÍBLICO ESTUDO DIRIGIDO ESTUDO HOMILÉTICO ÉTICA EVANDRO BÜNCHEN EVANGELHO EVANGÉLICO EVANGELISMO EVERSON G. HAAS EVERSON GASS EVERVAL LUCAS EVOLUÇÃO ÊX EX 14 EX 17.1-17 EX 20.1-17 EX 24.3-11 EX 24.8-18 EXALTAREI EXAME EXCLUSÃO EXEGÉTICO EXORTAÇÃO EZ 37.1-14 EZEQUIEL BLUM Fabiano FÁBIO A. NEUMANN FÁBIO REINKE FALECIMENTO FALSIDADE FAMÍLIA FARISEU FELIPE AQUINO FELIPENSES FESTA FESTA DA COLHEITA FICHA FILADÉLFIA FILHO DO HOMEM FILHO PRÓDIGO FILHOS FILIPE FILOSOFIA FINADOS FLÁVIO L. HORLLE FLÁVIO SONNTAG FLOR DA SERRA FLORES Formatura FÓRMULA DE CONCÓRDIA Fotos FOTOS ALTO ALEGRE FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2010 FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇA 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇAS 2013 FOTOS ENCONTRO ESPORTIVO 2012 FOTOS FLOR DA SERRA FOTOS P172 FOTOS P34 FOTOS PARECIS FOTOS PROGRAMA DE NATAL P34 FP 2.5-11 FP 3 FP 4.4-7 FP 4.4-9 FRANCIS HOFIMANN FRASES FREDERICK KEMPER FREUD FRUTOS DO ES GÁLATAS GALILEU GALILEI GATO PRETO GAÚCHA GELSON NERI BOURCKHARDT GENESIS GÊNESIS 32.22-30 GENTIO GEOMAR MARTINS GEORGE KRAUS GERHARD GRASEL GERSON D. BLOCH GERSON L. LINDEN GERSON ZSCHORNACK GILBERTO C. WEBER GILBERTO V. DA SILVA GINCANAS GL 1.1-10 GL 1.11-24 GL 2.15-21 GL 3.10-14 GL 3.23-4.1-7 GL 5.1 GL 5.22-23 GL 6.6-10 GLAYDSON SOUZA FREIRE GLEISSON R. SCHMIDT GN 01 GN 1-50 GN 1.1-2.3 GN 12.1-9 GN 15.1-6 GN 2.18-25 GN 21.1-20 GN 3.14-16 GN 32 GN 45-50 GN 50.15-21 GRAÇA DIVINA GRATIDÃO GREGÓRIO MAGNO GRUPO GUSTAF WINGREN GUSTAVO D. SCHROCK HB 11.1-3; 8-16 HB 12 HB 12.1-8 HB 2.1-13 HB 4.14-16 5.7-9 HC 1.1-3 HC 2.1-4 HÉLIO ALABARSE HERIVELTON REGIANI HERMENÊUTICA HINÁRIO HINO HISTÓRIA HISTÓRIA DA IGREJA ANTIGA E MEDIEVAL HISTÓRIA DO NATAL HISTORINHAS BÍBLICAS HL 10 HL 164 HOMILÉTICA HOMOSSEXUALISMO HORA LUTERANA HORST KUCHENBECKER HORST S MUSSKOPF HUMOR IDOSO IECLB IELB IGREJA IGREJA CRISTÃ IGREJAS ILUSTRAÇÃO IMAGEM IN MEMORIAN INAUGURAÇÃO ÍNDIO INFANTIL INFERNO INFORMATIVO INSTALAÇÃO INSTRUÇÃO INTRODUÇÃO A BÍBLIA INVESTIMENTO INVOCAÇÕES IRINEU DE LYON IRMÃO FALTOSO IROMAR SCHREIBER IS 12.2-6 IS 40.1-11 IS 42.14-21 IS 44.6-8 IS 5.1-7 IS 50.4-9 IS 52.13-53-12 IS 53.10-12 IS 58.5-9a IS 61.1-9 IS 61.10-11 IS 63.16 IS 64.1-8 ISACK KISTER BINOW ISAGOGE ISAÍAS ISAQUE IURD IVONELDE S. TEIXEIRA JACK CASCIONE JACSON J. OLLMANN JARBAS HOFFIMANN JEAN P. DE OLIVEIRA JECA JELB JELB DIVAGUA JEOVÁ JESUS JN JO JO 1 JO 10.1-21 JO 11.1-53 JO 14 JO 14.1-14 JO 14.15-21 JO 14.19 JO 15.5 JO 18.1-42 JO 2 JO 20.19-31 JO 20.8 JO 3.1-17 JO 4 JO 4.5-30 JO 5.19-47 JO 6 JO 6.1-15 JO 6.51-58 JO 7.37-39 JO 9.1-41 JOÃO JOÃO 20.19-31 JOÃO C. SCHMIDT JOÃO C. TOMM JOÃO N. FAZIONI JOEL RENATO SCHACHT JOÊNIO JOSÉ HUWER JOGOS DE AZAR JOGRAL JOHN WILCH JONAS JONAS N. GLIENKE JONAS VERGARA JOSE A. DALCERO JOSÉ ACÁCIO SANTANA JOSE CARLOS P. DOS SANTOS JOSÉ ERALDO SCHULZ JOSÉ H. DE A. MIRANDA JOSÉ I.F. DA SILVA JOSUÉ ROHLOFF JOVENS JR JR 28.5-9 JR 3 JR 31.1-6 JUAREZ BORCARTE JUDAS JUDAS ISCARIOTES JUDAS TADEU JUMENTINHO JUSTIFICAÇÃO JUVENTUDE KARL BARTH KEN SCHURB KRETZMANN LAERTE KOHLS LAODICÉIA LAR LC 12.32-40 LC 15.1-10 LC 15.11-32 LC 16.1-15 LC 17.1-10 LC 17.11-19 LC 19 LC 19.28-40 LC 2.1-14 LC 23.26-43 LC 24 LC 24.13-35 LC 3.1-14 LC 5 LC 6.32-36 LC 7 LC 7.1-10 LC 7.11-16 LC 7.11-17 LC 9.51-62 LEANDRO D. HÜBNER LEANDRO HUBNER LEI LEIGO LEIGOS LEITORES LEITURA LEITURAS LEMA LENSKI LEOCIR D. DALMANN LEONARDO RAASCH LEOPOLDO HEIMANN LEPROSOS LETRA LEUPOLD LIBERDADE CRISTÃ LIDER LIDERANÇA LILIAN LINDOLFO PIEPER LINK LITANIA LITURGIA LITURGIA DE ADVENTO LITURGIA DE ASCENSÃO LITURGIA DE CONFIRMAÇÃO LITURGIA DE PÁSCOA LITURGIA DE TRANSFIGURAÇÃO LITURGIA EPIFANIA LITURGIA PPS LIVRO LLLB LÓIDE LOUVAI AO SENHOR LOUVOR LUCAS ALBRECHT LUCAS P. GRAFFUNDER LUCIFER LUCIMAR VELMER LUCINÉIA MANSKE LUGAR LUÍS CLAUDIO V. DA SILVA LUIS SCHELP LUISIVAN STRELOW LUIZ A. DOS SANTOS LUTERANISMO LUTERO LUTO MAÇONARIA MÃE MAMÃE MANDAMENTOS MANUAL MARCÃO MARCELO WITT MARCIO C. PATZER MARCIO LOOSE MARCIO SCHUMACKER MARCO A. CLEMENTE MARCOS J. FESTER MARCOS WEIDE MARIA J. RESENDE MÁRIO SONNTAG MÁRLON ANTUNES MARLUS SELING MARTIM BREHM MARTIN C. WARTH MARTIN H. FRANZMANN MARTINHO LUTERO MARTINHO SONTAG MÁRTIR MATERNIDADE MATEUS MATEUS KLEIN MATEUS L. LANGE MATRIMÔNIO MAURO S. HOFFMANN MC 1.1-8 MC 1.21-28 MC 1.4-11 MC 10.-16 MC 10.32-45 MC 11.1-11 MC 13.33-37 MC 4 MC 4.1-9 MC 6.14-29 MC 7.31-37 MC 9.2-9 MEDICAMENTOS MÉDICO MELODIA MEMBROS MEME MENSAGEIRO MENSAGEM MESSIAS MÍDIA MILAGRE MINISTÉRIO MINISTÉRIO FEMENINO MIQUÉIAS MIQUÉIAS ELLER MIRIAM SANTOS MIRIM MISSÃO MISTICISMO ML 3.14-18 ML 3.3 ML NEWS MODELO MÔNICA BÜRKE VAZ MORDOMIA MÓRMOM MORTE MOVIMENTOS MT 10.34-42 MT 11.25-30 MT 17.1-9 MT 18.21-45 MT 21.1-11 MT 28.1-10 MT 3 MT 4.1-11 MT 5 MT 5.1-12 MT 5.13-20 MT 5.20-37 MT 5.21-43 MT 5.27-32 MT 9.35-10.8 MULHER MULTIRÃO MUSESCORE MÚSICA MÚSICAS NAAÇÃO L. DA SILVA NAMORADO NAMORO NÃO ESQUECER NASCEU JESUS NATAL NATALINO PIEPER NATANAEL NAZARENO DEGEN NEEMIAS NEIDE F. HÜBNER NELSON LAUTERT NÉRISON VORPAGEL NILO FIGUR NIVALDO SCHNEIDER NM 21.4-9 NOITE FELIZ NOIVADO NORBERTO HEINE NOTÍCIAS NOVA ERA NOVO HORIZONTE NOVO TESTAMENTO O HOMEM OFERTA OFÍCIOS DAS CHAVES ONIPOTENCIA DIVINA ORAÇÃO ORAÇAODASEMANA ORATÓRIA ORDENAÇAO ORIENTAÇÕES ORLANDO N. OTT OSÉIAS EBERHARD OSMAR SCHNEIDER OTÁVIO SCHLENDER P172 P26 P30 P34 P36 P40 P42.1 P42.2 P70 P95 PADRINHOS PAI PAI NOSSO PAIS PAIXÃO DE CRISTO PALAVRA PALAVRA DE DEUS PALESTRA PAPADO PAPAI NOEL PARA PARA BOLETIM PARÁBOLAS PARAMENTOS PARAPSICOLOGIA PARECIS PAROQUIAL PAROUSIA PARTICIPAÇÃO PARTITURAS PÁSCOA PASTOR PASTORAL PATERNIDADE PATMOS PAUL TORNIER PAULO PAULO F. BRUM PAULO FLOR PAULO M. NERBAS PAULO PIETZSCH PAZ Pe. ANTONIO VIEIRA PEÇA DE NATAL PECADO PEDAL PEDRA FUNDAMENTAL PEDRO PEM PENA DE MORTE PENEIRAS PENTECOSTAIS PENTECOSTES PERDÃO PÉRGAMO PIADA PIB PINTURA POEMA POESIA PÓS MODERNIDADE Pr BRUNO SERVES Pr. BRUNO AK SERVES PRÁTICA DA IGREJA PREEXISTÊNCIA PREGAÇÃO PRESÉPIO PRIMITIVA PROCURA PROFECIAS PROFESSORES PROFETA PROFISSÃO DE FÉ PROGRAMAÇÃO PROJETO PROMESSA PROVA PROVAÇÃO PROVÉRBIOS PRÓXIMO PSICOLOGIA PV 22.6 PV 23.22 PV 25 PV 31.28-30 PV 9.1-6 QUARESMA QUESTIONAMENTOS QUESTIONÁRIO QUESTIONÁRIO PLANILHA QUESTIONÁRIO TEXTO QUINTA-FEIRA SANTA QUIZ RÁDIO RADIOCPT RAFAEL E. ZIMMERMANN RAUL BLUM RAYMOND F. SURBURG RECEITA RECENSÃO RECEPÇÃO REDENÇÃO REENCARNAÇÃO REFLEXÃO REFORMA REGIMENTO REGINALDO VELOSO JACOB REI REINALDO LÜDKE RELACIONAMENTO RELIGIÃO RENATO L. REGAUER RESSURREIÇÃO RESTAURAR RETIRO RETÓRICA REUNIÃO RICARDO RIETH RIOS RITO DE CONFIRMAÇÃO RITUAIS LITURGICOS RM 12.1-18 RM 12.1-2 RM 12.12 RM 14.1-12 RM 3.19-28 RM 4 RM 4.1-8 RM 4.13-17 RM 5 RM 5.1-8 RM 5.12-21 RM 5.8 RM 6.1-11 RM 7.1-13 RM 7.14-25a RM 8.1-11 RM 8.14-17 ROBERTO SCHULTZ RODRIGO BENDER ROGÉRIO T. BEHLING ROMANOS ROMEU MULLER ROMEU WRASSE ROMUALDO H. WRASSE Rômulo ROMULO SANTOS SOUZA RONDÔNIA ROSEMARIE K. LANGE ROY STEMMAN RT 1.1-19a RUDI ZIMMER SABATISMO SABEDORIA SACERDÓCIO UNIVERSAL SACERDOTE SACOLINHAS SACRAMENTOS SADUCEUS SALMO SALMO 72 SALMO 80 SALMO 85 SALOMÃO SALVAÇÃO SAMARIA Samuel F SAMUEL VERDIN SANTA CEIA SANTIFICAÇÃO SANTÍSSIMA TRINDADE SÃO LUIS SARDES SATANÁS SAUDADE SAYMON GONÇALVES SEITAS SEMANA SANTA SEMINÁRIO SENHOR SEPULTAMENTO SERMÃO SERPENTE SERVAS SEXTA FEIRA SANTA SIDNEY SAIBEL SILVAIR LITZKOW SILVIO F. S. FILHO SIMBOLISMO SÍMBOLOS SINGULARES SISTEMÁTICA SL 101 SL 103.1-12 SL 107.1-9 SL 116.12-19 SL 118 SL 118.19-29 SL 119.153-160 SL 121 SL 128 SL 142 SL 145.1-14 SL 146 SL 15 SL 16 SL 19 SL 2.6-12 SL 22.1-24 SL 23 SL 30 SL 30.1-12 SL 34.1-8 SL 50 SL 80 SL 85 SL 90.9-12 SL 91 SL 95.1-9 SL11.1-9 SONHOS Sorriso STAATAS STILLE NACHT SUMO SACERDOTE SUPERTIÇÕES T6 TEATRO TEMA TEMPLO TEMPLO TEATRO E MERCADO TEMPO TENTAÇÃO TEOLOGIA TERCEIRA IDADE TESES TESSALÔNICA TESTE BÍBLICO TESTE DE EFICIÊNCIA TESTEMUNHAS DE JEOVÁ Texto Bíblico TG 1.12 TG 2.1-17 TG 3.1-12 TG 3.16-4.6 TIAGO TIATIRA TIMÓTEO TODAS POSTAGENS TRABALHO TRABALHO RURAL TRANSFERENCIA TRANSFIGURAÇÃO TRICOTOMIA TRIENAL TRINDADE TRÍPLICE TRISTEZA TRIUNFAL Truco Turma ÚLTIMO DOMINGO DA IGREJA UNIÃO UNIÃO ESTÁVEL UNIDADE UNIDOS PELO AMOR DE DEUS VALDIR KLEMANN VALDIR L. JUNIOR VALFREDO REINHOLZ VANDER C. MENDOÇA VANDERLEI DISCHER VELA VELHICE VERSÍCULO VERSÍCULOS VIA DOLOROSA VICEDOM VÍCIO VIDA VIDA CRISTÃ VIDENTE VIDEO VIDEOS VÍDEOS VILS VILSON REGINA VILSON SCHOLZ VILSON WELMER VIRADA VISITA VOCAÇÃO VOLMIR FORSTER VOLNEI SCHWARTZHAUPT VOLTA DE CRISTO WALDEMAR REIMAN WALDUINO P.L. JUNIOR WALDYR HOFFMANN WALTER L. CALLISON WALTER O. STEYER WALTER T. R. JUNIOR WENDELL N. SERING WERNER ELERT WYLMAR KLIPPEL ZC ZC 11.10-14 ZC 9.9-12