A VOCAÇÃO SEGUNDO LUTERO

Gustaf Wingren. A Vocação segundo Lutero.

Canoas, Editora da ULBRA, 2006.

I – Terra e Céu [17-92]

1. O Reino Terreno

Vocatio tem sentido múltiplo. Pode significar: a) o próprio anúncio do evangelho mediante o qual os seres humanos são chamados para ser filhos de Deus; b. pode ser usada como significando o trabalho que toda pessoa faz: agricultor, artesão, etc; c. o chamado ao ofício da pregação. [9]

1 Co 7.20 [17-24] é sedes doctrinae para Lutero ao interpretar a palavra “klesis” como o status ou a ocupação exterior. [9]

Lutero usa Beruf na maioria das vezes como posição ou ocupação externa. Este uso é novo com Lutero. [9] Todos os seres humanos têm posição (Stand), mas só o cristão tem Beruf. Este “chamado” não é particular, mas sempre se estende ao próximo. “Se eu me vejo como ocupando algumas dessas categorias de vida que sirva para o bem-estar dos outros, não devo alimentar a mínima dúvida no que respeita ao agrado de Deus, mas crer no evangelho. O ponto significativo não é se entro em tal posição como alguém pecador e indigno. A questão é se o “estado” em si é pecaminoso, ou não. O pecado da pessoa é julgado e perdoado no céu, onde não há nenhum questionamento quanto à vo-cação, estado ou ofício mas tão somente ao coração. Na terra, por outro lado, é necessá-rio dar atenção ao ofício e estado, não ao pecado do coração”. [20]

Para Lutero, as vocações se estendem desde as ordens biológicas pessoais [ser pai, mãe, filho, filha] até as ordens impessoais [ser patrão, empregado, governante, professor, aluno]. “Em tudo o que envolve ação, em tudo o que diz respeito ao mundo ou ao meu relacionamento com o próximo, em tudo isso, portanto, Lutero sustenta, não há nada que caia numa esfera puramente privada ficando fora do estado, ofício ou vocação. É tão-só perante Deus, isso é, no céu, que o indivíduo está só. No reino terreno, o homem está sempre in relatione, sempre vinculado ao outro. Disso é claro que todo cristão ocu-pa uma grande variedade de ofícios ou estados ao mesmo tempo e não apenas um: um mesmo homem, por exemplo, é pai de seus filhos, marido de sua mulher, senhor de seus servos e conselheiro da câmara municipal”. [21]

As vocações não produzem qualquer alteração no coração do homem. O coração só é mudado diante de Deus, no céu, quando o ser humano está individualmente perante Deus; esta mudança ocorre através do evangelho de Cristo. “Ali o ser humano é uma pessoa sozinha”. “Na terra e em relação ao próximo, ele despenha um “ofício”; aí, o ponto principal é ser mantida a criação, ou seja, que os filhos recebam alimentação, ves-tes, cuidados. A obra do amor, Deus a efetua na terra através das “ordens” – a ordem do casamento, do professor e dos alunos, do governo, etc. Até as pessoas que não tomaram o evangelho em seus corações servem à missão de Deus mesmo sendo ignorantes quanto a isso, pela própria razão de estarem desempenhando as funções exteriores dos seus respectivos estados”. [23]

“A idéia de Lutero quanto ao ofício constitui um elemento importante no seu farto conceito de criação, que é peculiarmente concreto e vital. Os pássaros a cantar, embora não saibam o que irão comer, são para nós um exemplo. Deus espalha seus dons, sementes, ervas e criaturas comestíveis. Nosso cuidado único deveria ser, então, o que devemos fazer com todo esse bem que Deus produziu de modo que ele possa beneficiar nosso próximo. Em lugar disso, porém, nos preocupamos em como pegar o máximo possível para nós mesmos; e assim nos colocamos de modo contrário à generosa corrente da cri-ação.” [24]

Há uma direta conexão entre a obra de Deus na criação e a sua obra nesses ofícios... Deus cria os bebês no corpo da mãe – sendo o homem apenas um instrumento na mão de Deus – e então ele os sustenta com seus dons, entregues aos filhos mediante o labor de pai e mãe no seu ofício paternal. [25]

“Deus mesmo vai ordenhar as vacas através daquele cuja vocação é essa. Quem se engaja na humildade do seu trabalho realiza a obra de Deus, seja ele um jovem ou um rei. Dar a atenção devida ao ofício não é egoísmo. Devoção ao ofício é devoção ao amor porque é pelo próprio ordenamento de Deus que seja sempre a obra do ofício dedicada ao bem-estar do próximo. O cuidado pelo ofício de alguém é, no seu próprio quadro de referência na terra, participação no próprio cuidado de Deus pelos seres humanos.” [26]

Portanto, a vocação pertence à esfera terrena e não celestial. “Na sua vocação, o homem não está se elevando para Deus, mas, ao contrário, abaixando-se em direção ao mundo. Quando alguém faz isso, a obra criativa de Deus é levada adiante. A obra do amor de Deus toma forma sobre a terra, constituindo-se nos testemunhos externos do seu amor. Se notarmos com atenção quanto bem Deus nos outorga tanto pela sua criação direta quanto pelas suas ordens criadas, conheceremos a verdade de que ele nos perdoa os pe-cados.” [26]

2. O Reino do Céu

“A obra de Cristo é a vitória sobre a lei em todas as suas possibilidades: as boas obras não levam à salvação nem de um jeito nem de outro. Só a consciência, através da fé na obra de Cristo, está livre dessa falsa fé. Cristo não livra nem a mão do seu trabalho nem o corpo do seu ofício. A mão, o corpo e a sua vocação pertencem à terra. Nisso não há redenção, mas esse não é o propósito. O objetivo é que o próximo seja servido. A cons-ciência tem sua base na fé em Deus e não faz nada que possa contribuir para a salvação; as mãos, porém, servem na vocação, que é a obra de Deus inclinando-se para baixo, para o bem-estar dos homens.” [27]

No Reino do Céu, o homem está só diante de Deus. “Face a Deus não só o estado passa, mas também toda a obra é vista como pecaminosa e indigna. Por isso, todas essas quali-dades que fazem diferença entre os homens na terra são apagadas. O que faz a diferen-ça na terra é a estrutura dos vários ofícios com as suas respectivas obras. Mas no céu tudo é igual. Todos simplesmente recebem e recebem, de forma igual, a graça de Deus. Assim, a igualdade no reino celestial depende só do fato de ser ele o reino de Cristo, governado por um divino dom, o evangelho e não a lei.” [30]

“... a vocação permanece mais pura e é realmente servida quando, mediante o evange-lho, se torna claro que ela não tem nada a ver com a salvação. Deus recebe o que é dele, a fé. O próximo recebe o que é seu, as obras. Quebrar a lealdade estabelecida por Deus no coração do homem é um dos maiores desejos do diabo.” [30]

“Assim todas as coisas devem ser notadas: que tu coloque o evangelho no céu e a lei na terra; que tu chames a justiça do evangelho celestial e divina, e a justiça da lei, terrena e humana”. [31]

No reino celeste, só a fé tem permissão de entrar. “Todo o resto é colocado em nível terreno, no qual o seu próximo precisa dessas coisas. Num reino em que o homem não é o agente, mas aquele que apenas recebe, sua vontade não é livre; está sujeita. Se a liber-dade da vontade sobe ao céu, é isso uma infração da ordem divina, uma obra do diabo, na qual as obras são arremessadas para cima, face a Deus, não direcionadas para o pró-ximo de uma forma livre, direta e simples. O livre arbítrio existe em relação a Deus apenas como perversidade.” [32]

A dimensão da vocação é terrena e, portanto, transitória; já a fé assume uma dimensão escatológica na medida em que nos remete à nossa ressurreição. “A ressurreição de Cristo não se “completa” antes que venha a nossa ressurreição. Os crentes são o corpo de Cristo; o corpo de Cristo não se levanta enquanto aqueles que forem dele não ressus-citam.” [37]

3. Os Governos Espiritual e Terreno

O governo terreno Lutero divide em duas hierarquias: política e doméstica. Uma terceira hierarquia, a igreja, constitui sozinha o governo espiritual. [40]

O usus civilis da lei é compreendido pela autoridade do pai e do governo. A lei e a espada se pertencem mutuamente. A lei e a vocação pertencem uma à outra. A vocação dentro do reino da lei. [41]

Enquanto que a lei está realmente incorporada nas ordenanças externas, que exigem labor e realizações, o evangelho está incorporado na igreja, que profere o perdão dos pecados. [42]

Há alguma relação entre os dois reinos?

Em um plano vertical, Lutero responde que ambos são expressões do amor de Deus. “Na sua vocação, o homem faz obras que possibilitam o bem-estar dos outros; pois assim Deus realiza todos os ofícios. Através da sua obra nos ofícios do homem, prossegue a obra criadora de Deus e essa obra criadora é o amor, uma profusão de bens e dons.” As vocações terrenas ajudam a manter o homem na terra e as vocações espirituais trazem o perdão dos pecados. O homem recebe os dons do amor de Deus tanto mediante o príncipe quanto mediante o pregador. [43]

Outra dimensão é horizontal. Esta dimensão aparece quando o homem olha para a sua posição dentro de sua vocação, não perguntando pelo que recebe, mas pelo que tem para fazer, pelo que Deus reclama dele. A vocação é a lei e o mandamento, a síntese das ordenanças de Deus para a pessoa que ocupa o lugar específico na terra que seu ofício lhe determina. “A igreja aponta sempre, originalmente pelo menos, para a eternidade, para o céu. A vocação aponta para o dia presente, para este mundo. Descobrimos aqui uma firme e definida conexão do ponto de vista do indivíduo”. [43]

A partir da dádiva do Batismo, percebemos que em nossa vocação a cruz se faz presente. No Batismo, aprendemos diariamente que precisar sofrer e morrer a fim de “afogar o velho homem” e ressurgir um novo homem para o serviço ao próximo. “Cristo morreu na cruz, e aquele que é batizado para a morte com Cristo deve ser posto para morrer mediante a cruz. Para entendermos o que está implícito na cruz da vocação, devemos apenas nos lembrar de que a vocação é ordenada por Deus para beneficiar, não aquele que cumpre a vocação, mas ao próximo que, estando ao lado, carrega a sua própria cruz para o benefício dos outros. Sob essa cruz, incluem-se mesmo até as mais triviais dificuldades como: no casamento, o cuidado com os bebês, que interfere no sono e lazer; no governo, pessoas turbulentas e promotoras de revolta; no ministério, a plena resistência à reforma; no trabalho pesado, a miséria, a sujeira e o desprezo do orgulhoso. Tem isso tudo o consolo da nobre e santa cruz de Cristo; mas até ela mesma também se achava numa profunda humilhação quando foi erigida”. [44]

Por trás de toda essa visão de Lutero está a imagem da obra da vocação como a do amor divino descendo para a terra, o mesmo tipo de amor que estavam em Cristo. Nenhuma pessoa que deixe a obra de sua vocação prosseguir sem se lamentar escapará de problemas, ódios e perseguição. Diz Lutero: “Por isso, não te aborreças onde achas o sofrimento. Isso não é necessário. Vive simplesmente como um cristão sincero – pregador, pastor, cidadão, agricultor, nobre, senhor – e cumpre o teu ofício com sinceridade e lealdade. Que o diabo se preocupe onde possa achar um pedaço de pai com que possa fazer uma cruz para ti; e que o mundo, onde possa achar uma vara para fazer um açoite para o teu couro”. [45]

“A crucificação de Cristo foi seguida pela sua ressurreição ao terceiro dia. Uma pessoa é batizada não só para morrer com Cristo como ainda para ressuscitar com Cristo; não só para a crucificação da velha natureza na vocação como ainda para a ressurreição da nova – através da fé no evangelho, pelo qual é dado o Espírito que outorga a vida. [...] O cristão é crucificado mediante a lei na sua vocação, sob o governo secular; e ele ressuscita mediante o evangelho, na igreja, sob o governo espiritual. Ambos os processos tomar lugar na terra, e ambos são dirigidos para o céu.” [45]

Quando Lutero critica os monges, ele o faz porque os monges querem agradar a Deus assumindo as obras em lugar da fé. Por isso, nada melhor para os monges se ocuparem com sua vocação para o próximo. Como fé e obra não podem se divorciar e é nesta conexão que se aprende a “esvaziar-se” que sem fé não se pode seguir nas obras e aí surge a cruz. Por isso diz Lutero: procurar tal estado de vida é tentar escapar das tentações comuns da humanidade, é evitar olhar para o céu esperando de Deus pelo pão de cada dia e confiando que Deus proveja o sustento. Tão logo uma pessoa deixa o mosteiro e se casa, tais preocupações aparecem, a saber, as ocasiões para a fé, para a confiança, para a prática da fé. No claustro, a fé não tem nem espaço, nem lugar, nem tempo, nem preocupação, nem trabalho. Mas, o casamento é de tal caráter que ele nos ensina e obriga a olhar para a mão e a graça de Deus e simplesmente nos dirige para a fé. [47]

Com isso Lutero harmoniza tanto o amor com a terra quanto a fé que vem do céu. “Toda a obra de Deus é posta em movimento mediante a vocação: ele modifica o mundo e es-palha a sua misericórdia sobre a humanidade oprimida”. [48]

Na vocação, as obras são constrangidas a moverem-se em direção ao próximo, em direção à terra; e a fé somente, a confiança, a oração, todas sem obras, sobem em direitura ao céu. Em tudo isso, a pessoa é incorporada a Cristo; a cruz na vocação é a sua cruz; e a fé, que rompe dessa cruz na vocação, é a ressurreição. [48]

Mas como nas ordens, além de Deus, Satanás também está ativo, Lutero observa que pode acontecer que o homem se desvie do próximo, sentindo-se tão confortável nesta posição que nem mais perceba a necessidade da fé em Deus. Observações como essa levaram Lutero a fazer propostas concretas para reformas da vida em sociedade, na qual, por exemplo, certas formas de comércio são condenadas. [49]

Quando Lutero critica a usura, compara aquele que empresta a juros elevados ao monge: se sente seguro sem o menor trabalho [sem fé] e sem o cuidado para o próximo [sem amor]. “Aquele que recebe o empréstimo e consente com a exigência de pagar juros tem de trabalhar para tornar produto o principal; nessa labuta, porém, está sempre debaixo do poder de Deus, em meio a milhares de perigos, doença, morte, incêndio, inundação, trovão, tempestade, animais selvagens e homens ruins. O emprestador, com certeza, tomaria consciência da sua insegurança se ele mesmo, pelo seu próprio trabalho, tentas-se fazer o seu dinheiro produtivo ao invés de emprestá-lo. Mas ele evita a insegurança reclamando um juro fixo para um determinado prazo (com a ameaça de que, se não for assim, privará o que tomou o empréstimo da sua propriedade posta como caução). Em tal situação, o emprestador não ora a Deus com sinceridade para Deus lhe dar o pão cotidiano; essa necessidade, ele próprio já a resolveu antecipadamente. Qualquer pessoa que não saiba o que é insegurança, não sabe também o que é fé. A proposta feita por Lutero é que o emprestador receba juros, não em cima do principal do empréstimo, mas sobre o lucro obtido ao longo do ano pelo que tomou o empréstimo. Caso uma catástrofe sobreviver sobre o que tomou o empréstimo, o emprestados não receberá nada. Mas, se as coisas correrem bem para o que tomou o empréstimo, elas correrão bem igualmente para o emprestador. Ambos estão no mesmo barco. A vantagem dessa um tanto quanto utópica proposta é que a pessoa rica partilha da insegurança e, com isso, é direcionada para a fé entrando numa verdadeira comunhão com o pobre e, dessa forma, é dirigida para o amor. Assim, ela se aproxima de uma correta relação tanto com Deus quanto para com o próximo. É esse o mesmo ponto de vista que Lutero apresenta quando aconselha o casamento como algo superior à vida no claustro. No casamento, ambos, a fé e o amor, são promovidos ao passo que no mosteiro são abafados”. [51]

“Quando se reforma corretamente a ordem secular, sua reforma deve estar em harmonia com o impulso que Deus nela estabeleceu. Essa é manifestadamente, não uma característica estática das ordens seculares; ela sempre deve ser guiada através da lei. Entra uma qualidade enérgica e viva no reino das vocações que torna impossível o conservantismo. Alguém poderia perguntar por que tal reformulação das ordens se tornaria necessária. A resposta fica evidente à vista das medidas empregadas pelo avaro homem de negócios, cujas atitudes são contrárias à fé e o amor. Lutero percebe uma clara expressão do “poder das trevas” ou do diabo: o usurário está nas mãos do diabo. Nas ordens seculares, Deus e o diabo estão ambos ativamente em ação. Tais ordens, por isso, nunca ficam em paz. Estão elas sempre sendo corrompidas porque o homem se desvia do querer de Deus. Mas elas são novamente melhoradas e reformadas por Deus, entre outras coisas, na fé e no amor cristão”. [52]

4. Fé e o Amor

Ver “Sermão sobre a Cruz e o Sofrimento” in LW 51: 195-208.

“Sendo o homem crucificado pela lei, através da cruz da sua vocação, ele é vivificado e ressuscita mediante a fé no evangelho. Enquanto as obras se voltam para o próximo e para o mundo, a fé se eleva para Deus, para o céu. Enquanto as obras têm a sua vida na visibilidade, a fé se estende para a vida após a morte, para fora da era presente”. [52]

Mas como relacionar a fé com as obras? Por que a fé irá se sujeitar à lei na vocação? Para Lutero, não como prova-la. “Estar a fé unida com o amor é, na verdade, um milagre da mesma espécie daquele da humanação de Deus. Vive Deus em bênção no céu. Por que, então, ele desceu à terra em Cristo, que amou os homens e sofreu a morte na cruz? Deus é assim. A fé também vive em bênção no céu. Por que essa fé não fica lá, mas se torna amor que se preocupa com o próximo? Fé é Deus, e Deus é como ela”. [56]

O amor que irrompe da fé permanece para Lutero, numa certa medida, algo inexplicável e incompreensível porque não podermos dar nenhuma explicação ou motivo para o amor de Deus. [57]

Quando uma pessoa dedica alegremente os seus esforços para as suas tarefas preenchendo as necessidades do seu próximo e atendendo a sua vocação, então o amor de Deus e de Cristo se torna ativo, então o Espírito se faz presente. Descobrir o amor é, assim, a mesma coisa que descobrir serem o próximo e a vocação uma circunstância na qual alguém pode viver com alegria. Nosso interesse não está em nosso amor; é para o nosso próximo e vocação para os quais o nosso interesse está voltado. [58]

“Só como velho homem, ainda sob a lei, pergunta o cristão pela justiça das suas obras. A fé e o novo homem conhecem apenas uma única justiça: o perdão dos pecados. É no próximo que o novo homem encontra a sua alegria. O que se dá entre ele e seu próximo não são obras, cuja justiça seria do seu interesse; ele não pergunta pela dignidade daquilo que faz. Vê tão-somente o próximo, que prova alegria nele”. [60]

“É o próximo que se acha no centro da ética de Lutero, não o reino de Deus nem a lei de Deus nem o “caráter”. A vocação e a lei beneficiam o próximo como faz também o amor que nasce da fé. O mesmo Deus age através da vocação e da lei, sem o Espírito, e através do amor, que nasce da fé, com o seu Espírito”. [60]

“O amor que nasce da fé e do Espírito pratica uma verdadeira ruptura dos limites entre os dois reinos e derruba o muro de separação entre o céu e a terra, como fez Deus na encarnação de Cristo. [...] A lei, incorporada em muitos ofícios, tinha a função, nas mãos de Deus, de obrigar o homem a servir os outros quisesse, ou não faze-lo. Mas agora, em fé e no evangelho, o coração foi feito novo. Nosso próximo com sua necessidade não constrange a nós contra a nossa vontade; pelo contrário, ele nos enche de alegria, pois servi-lo é nosso prazer. Aquilo a que nos compele o governo terreno, fazemos agora livremente. Assim o amor opera sobre a terra no reino da lei, embora de nenhuma lei esteja cônscio. O céu está na terra. Os limites entre o céu e a terra foram desfeitos por uma ponte nessa descida. A fé transfere para o amor a liberdade da lei que ela tinha no céu de modo que o amor na terra traz consigo a liberdade em relação à lei, que é a liberdade própria da fé”. [61]

“Deus no amor, o mesmo Deus que estabeleceu as ordens sociais, é ativo com o seu Espírito. Ora ele muda essas ordens, ora altera o mundo, ora refaz a vocação. Deus desce do céu e transforma a terra, agora aqui, depois ali, conforme a fé e o amor se manifestam mediante a pregação do evangelho feita pela igreja, através do reino espiritual. A tarefa da igreja inclui uma contínua renovação das ordens seculares, um incessante alerta em todas as vocações, do trabalho principal ao menor”. [62]

Lutero é muito modesto em oferecer direções para a reforma do mundo. Ele não dá nenhum programa. Há para tanto uma razão fundamental, consistente com vários aspectos da sua fé; está convencido de que o diabo ainda se faz presente quando a mudança para melhor é feita; e a sua noção de pecados proclama que não há ordens pecaminosas à parte das pessoas pecadores”. [62]

“Particularmente, são necessários apenas a fé e o amor. Tudo o mais está na liberdade para fazer, ou deixares sem fazer. Deves, por isso, fazer tudo, e, num outro, nada fazer e, em assim agindo, tornas-te igual para com todos” [64]

“Onde há amor não há rigidez legal”. [64]

5. Cruz e Desespero

Além do amor que nasce da fé, o pecado ainda permanece porque o homem continua pecador. Ansiedade em relação à deficiente justiça de nossas próprias obras, obediência ao mandamento de Deus contra o desejo de nosso coração, amizade forçada em relação ao próximo que nos desagrada e fidelidade na obra que nos desgosta são mostras da lei e conseqüentemente do velho homem em nós. [65]

“A fé, ou consciência, está no céu; e, como não é a lei, mas o evangelho que impera no céu, aí não está o pecado. Há pecado onde há lei. Na terra, a lei e o governo secular co-mandam; e há também o corpo do homem, que deve ser crucificado com todas as suas concupiscências pecaminosas”. [65]

“A cura não está completa, diz Lutero repetidas vezes, antes da nossa morte e ressurreição. ‘Todas as coisas estão perdoadas mediante a graça, mas nem todas as coisas são corrigidas por esse dom’. A fé pertence a esse dom”. [66]

“Mesmo quando o homem na terra contende com um pecado externo específico, difícil de dominar, esse pecado é perdoado no céu, perante Deus. A batalha permanece fora da consciência e deixa a fé intocada porque ela descansa numa segura promessa de Deus. O pecado é resistido de tal forma que o homem não é lançado no desespero; o êxito é certo mediante a palavra de Deus sobre a eterna vida após a morte. Se o homem não pode acreditar seja perdoado o pecado contra o qual batalha, a lei subiu até a sua consciência, e a fé abra caminho para as obras diante de Deus. Nesse caso, a vida eterna não depende da promessa de Deus, mas do progresso do homem na luta contra o pecado. Isso é desespero”. [66]

A teologia da cruz de Lutero se caracteriza: primeiramente na luta do homem em querer ser igual a Deus na fé e no desafio de desempenhar a vocação em relação ao próximo. Se em ambos os casos o homem busca santidade, as obras imperam no amor. Para Lutero, então, a vida cristã é desempenhada em relação às pessoas, porque elas é que precisam das ações do ser humanos. [69]

A partir da sua teologia do Batismo, Lutero estabelece que a mortificação do velho homem se dá “mediante a cruz e o sofrimento, e ressuscita pela evangelho ou, através da igreja, renascido como nova criatura. A cruz de Cristo é agrupada à lei, ao velho homem, à vocação, à terra. [...] O velho homem deve ser crucificado e morto mediante a lei, que na vida sobre a terra assume a forma do governo secular. Somos disciplinados na vocação, no trabalho e nas exigências da vida social. A vocação é terrena, tão chocante terrena que a humanidade de Cristo, isenta na aparência de qualquer divindade. Na crucificação de Cristo, a natureza divina estava apenas oculta, não ausente; estava presente no humilde amor pelos soldados e ladrões”. [71]

“O velho homem não pode ser crucificado a não ser pelo temor que a lei provoca na consciência. [...] Se lançamos nossos pecados sobre aquele que ressuscitou, podemos, em simples fé livre de responsabilidade, “libertar a consciência”. A consciência é libertada através do evangelho”.

Dos dois usos da lei que Lutero destaca [o civil e o teológico], o uso teológico ou espiritual é mais importante porque sua função é de levar o homem a tomar ciência do seu pecado. [...] Deus precisa, por meio da lei, estabelecer a ordem correta; e isso acontece apenas por meio da ocorrência do terror na consciência. O terror de consciência, a obra “estranha de Deus” através da lei, nos leva à obra própria de Deus, sua obra pessoal em Cristo. Por isso a lei nos ajuda governando o corpo, nas suas ordenanças civis, e espiritualmente, quando somos colocados diante de Deus, em nossa consciência”. [75]

“Tentamos mostrar que as obras do novo homem, direcionadas para a terra e livres da lei, rasgam a fronteira entre céu e terra. A liberdade do evangelho na consciência também confere liberdade nas ações que o amor, pelo Espírito, realiza no reino que, de outra forma, está sob o domínio da lei, o reino terreno, o reino do próximo e da vocação. Tentamos mostrar que o segundo uso da lei implica uma invasão do céu, uma ruptura entre os limites que circunscrevem os dois reinos. No desespero da dúvida, não há nada senão a lei no céu e na terra; a consciência padece debaixo da lei, cuja função é propriamente governar o corpo. É assim que Deus o quer. O usus spiritualis da lei, como o diz o próprio termo, é obra do Espírito Santo. Essa é a mais nobre tarefa da lei e a mais sublime. Dessa maneira, em sua oposição ao diabo, Deus refaz aquilo que ele mesmo instituíra. Pois o próprio homem, sem fé e sem necessidade do perdão dos pecados (o homem está nas mãos do “diabo”), por puro orgulho de suas obras pessoais, removeu o evangelho do seu trono. Deus, por isso, concedeu à lei a permissão de passar além do seu limite e “com relâmpagos incendiar e destruir a besta selvagem”. O dualismo de Deus e Satã vem à tona na obra redentora de Cristo quanto na batalha do homem pela fé”. [77]

6. Relacionamento com Deus e Vocação

“A vocação tem seu lugar na profissão de três ‘santas ordens e instituições estabelecidas por Deus’: o ofício do ministério, o casamento e o governo terreno. [...] Mas, acima desses três fundamentos e ordens, há uma ordenação inclusiva à qual são incorporadas essas três. Essa tal ordenação é o amor cristão, com o qual o homem serve a todos quantos se acham em necessidade, perdoa aos seus inimigos, em favor de todos e espontaneamente sofre injustiça”. [77]

“O amor é uma disposição íntima de suportar e fazer tudo o que é requerido pela vocação e ele o faz alegremente e sem resistência”. [78]

“O homem não deve abandonar o seu estado quando lhe vem o chamado do evangelho. Ele deve permanecer no ofício, na vocação, como diz Lutero. Quando, porém, chega o chamado do Evangelho, ele é um chamado para ser membro de um reino acima de todos os estados e ofícios.” [78]

A fé e o amor estão na sua plenitude não só face a Deus como perante o homem. [79]

“Sendo o cristão simultaneamente velho e novo homem, assim também, simultaneamente, agem as obras de Deus, lei e evangelho. No dia-a-dia é impossível distinguir quais são, respectivamente, as ações do velho homem e quais são as do novo. Estão má vontade e alegria, antagonismo e amor tão geminados que só Deus vê qual é qual. Por esse motivo, seus julgamentos são para os homens sempre surpreendentes. Ser tanto velho homem quanto novo significa ser uma pessoa doente na qual a doença e a saúde contendem. É impossível identificar mecanicamente o que é o que nas ações de um convalescente. No momento em que Deus se aproxima do homem, tanto a lei quanto o evangelho estão agindo. A vida exterior do homem é cheia de exigências, e as muitas responsabilidades são apavorantes. A fé, contudo, ao mesmo tempo, o eleva em liberdade acima do próximo e da vocação; e nessa mesma liberdade em relação à lei encontra alegria no curvar-se para servir ao próximo. O cristão experimenta ao mesmo tempo o medo e a alegria”. [82]

“Como Deus age no governo terreno, através do quarto mandamento, ele ordena às pessoas que lhe são fiéis levar em consideração pais e governantes. A obediência que a fé presta a esse mandamento é, por natureza, uma coisa bem diversa da relutante sujeição do homem natural àqueles que exercem autoridade sobre ele. Agora, Deus age de fato mediante o governante, embora não haja nenhum homem, como cristão, que lhe dê obediência espontaneamente. Estas duas atividades existem lado a lado: a coerção de Deus pelas ordens externas, sem a renovação do coração humano, e a renovação de Deus do coração humano, do qual flui agora a livre e abundante observância da regra divina. Com isso, é a ordem, em si própria, mudada significativamente: perde a sua marca de força e o poder para acusar”. [82]

“Se uma pessoa vem a ser nosso inimigo e oponente, isso é um teste para nossa paciência e uma oportunidade para a obediência cristã ao mandamento do amor. Essas experiências amargas revelam quão fortemente o velho homem ainda vive em nós e nos instigam a sufocá-lo”. [85]

“Aquele que se pergunta efetivamente pelo bem-estar real do próximo já tem fé e é um filho de Deus. É precisamente isto que é ordenado: preocupar-se com o próximo. O evangelho e o mandamento estão na mesma linha. São ambos partes de uma única realidade. [...] A fé em Deus e a prontidão para servir ao próximo constituem uma unidade orgânica. Psicologicamente, a primeira pode ser uma simples disposição de receber sinceramente o mandamento para servir o próximo. A fé se esconde por debaixo da obediência ao mandamento; no entanto, ela é ativa e pratica a obediência. A unidade espiritual, a fé e o amor caracterizam o Cristo vivo ou o Espírito que toma posse do homem.”. [87]

II – Deus e o Diabo [93-174]

1. A Noção de Governo

Para Lutero, o ser humano ou está sujeito a Deus ou ao diabo. A autoridade criada e instituída por Deus serve para opor-se ao diabo. Por isso, “Deus lida com o mundo mediante um governo mundano inflexível, mediante a espada e a lei, e através de uma igreja concreta, na qual é pregada a Palavra e os sacramentos, administrados”. [94]

Os reinos da igreja e da ordem social são governos porque, de uma forma especial, estão envolvidos na resistência ao pecado. [99]

“A ordem [criada e instituída por Deus] é e continua boa e divina, assim como o sol é ainda uma criação pura de Deus embora algumas pessoas usem a luz do dia para come-ter assassinatos e outros crimes”. [100]

“O mal é a obra diabólica mediante o coração do homem. A batalha entre Deus e o demônio por todas as vocações e ordens sucede no interior de cada ser humano individual”. [101]

“Devemos diferenciar entre uma criação ou coisa e o abuso dela. A criação é boa, mesmo quando mal usada. O abuso não surge da coisa mas da mente corrompida. Da mesma forma, a justiça civil, as leis, o comércio e todas as iniciativas humanas são coisas que, por natureza, são boas; é o abuso, porém, que é mau porque o mundo abusa desse dons contra Deus... O abuso não inere à substância. É na coisa boa que o diabo ativa o uso”. [101]

“Os ataques do diabo consistem em tentações para fazer mau uso de um ofício bom e divino, para administrar incorretamente a vocação”. [102]

“O demônio, perverso, torna a vocação de cada um tão pesada e de tal forma confunde a compreensão que as pessoas ficam incapazes de reconhecer o ofício e a obra que Deus põe sobre elas”. [103]

“Na área do governo terreno, a corrupção toma lugar através do levantamento da tirania e da disseminação da anarquia na sociedade. A primeira significa: no seu orgulho e prazer de mandar, o governante propaga seu poder por onde ele não tinha o direito de assim o fazer. A última significa a indecisão do governante na sua responsabilidade de manter a ordem de sorte que as transgressões da lei não são punidas com rigor e o seu poder não é usado. A tirania é a presunção do governante; a anarquia, o seu desespero”. [103]

“Romper relações com pessoas, considerando-as inferiores em santidade, é uma coisa que Lutero rejeita como satânica perversão. Quando isso é ensinado como santidade e verdadeira vida cristã, o exercício do ofício do ministério cai em erro e o governo espiritual se corrompe da mesma forma que um governo secular pode ser distorcido por um tirânico príncipe”. [105]

“O uso e o abuso variam de acordo com a mudança em nosso relacionamento com Deus, com o pecado ou com a oposição ao pecado: a saber, o diabo e Deus se acham envolvidos na concreta imagem da execução do ofício. A vocação é o ponto focal da decisão na batalha entre Deus e o diabo. Nesse combate, a Palavra é a lança de Deus”. [106]

2. O Conceito de Liberdade

No céu (na consciência), o evangelho reina; por isso, a liberdade. Mas na terra governa a lei; por esse motivo, a servidão. [108]

“O homem tem liberdade em questões exteriores, pois aí deve realizar alguma coisa, aí se encontra o seu estado na vida com as múltiplas obras. Mas assim que esse estado o confronta, a sua “liberdade em coisas externas” é transformada em servidão da lei; e ele está “livre” para obedecer a lei. A liberdade da consciência em é liberdade em relação à lei, para dentro das mãos vazias da fé, para a servidão perante Deus. A liberdade em coisas externas é a liberdade para a lei, para as mãos cheias de obras da vocação pessoal, para a servidão perante o próximo”. [109]

Para Lutero, há liberdade em fazer ou não fazer o que a vocação exige. “Há liberdade para fazer se o amor ao outro o exige, e liberdade para não fazer se é isso que o amor ao próximo requer. Através dessa liberdade de agir tem a fé e o relacionamento com Deus real significado no contorno da vocação. A vida segundo a vocação nunca se torna fixa ou rígida. Sempre e sempre encontramos em Lutero conceitos que mantêm seu sistema aberto para novas ações, portas através das quais Deus entra criativamente nas ordens da criação. ‘Liberdade para fazer ou não fazer’ é um desses conceitos”. [110]

“A mesma porta que abre essas ordens para Deus as abre igualmente para o diabo. Numa vocação imutável poderia funcionar somente um robô. Na verdade, o uso que se faz do ofício desempenha um papel vital, pois, através do seu uso próprio, a vocação é transformada mediante a fé e o amor na comunhão de Deus. Deus torna tudo novo”. [110]

“A liberdade cristã de consciência, indissoluvelmente unida ao amor pelos outros, vem a ser isto: em questões externas a pessoa deve “fazer” de acordo com a lei, seguir a regra costumeira, ou “romper”, quebrar a regra tradicional. O amor cristão faz essa ruptura porquanto alguma outra coisa poderia ser melhor para os outros, pois o amor vive no coração daquele que “abandona” a ordem habitual e o impele preferencialmente para uma nova ação em prejuízo de uma prática velha. Assim, o elemento mutável na vocação é representado no amor nascido da fé. Esse amor age inteiramente como quer à medida que discerne a vontade de Deus”. [113]

“A permissão (isso é, a liberdade de fazer ou não fazer) é garantida ao novo homem mas não ao velho. Para aquele que tem um amor não-fingido pelo próximo e seu trabalho, a vocação se torna flexível e adaptável. Para aquele que na verdade ama apenas a si mesmo, a vocação se torna rígida, inexorável e coerciva”. [114]

“Face a Deus, o homem pode ser livre apenas enquanto mau. Não pode ficar separado de Deus e continuar independente dele sem ficar preso ao adversário e inimigo de Deus, como escravo do diabo. Assim como ele não pode ser livre em questões externas a não ser confiando-se ao poder de Deus, de forma semelhante ele só pode ter liberdade em relação a Deus submetendo-se sua vontade ao diabo. Sendo assim, a vontade do homem está presa, ou em relação a Deus, ou em relação ao diabo”. [119]

“Deus, ao submeter a si a vontade humana, livra-a das forças do tirano. Sob o domínio divino, toda a situação humana é definida como liberdade; sob o satânico, servidão. Esse é o uso possível mais amplo da noção de liberdade e escravidão. [...] Deus criou o homem, e o homem foi destinado para Deus. Quando o homem volta a ser de Deus, ele se torna aquilo para o que foi concebido. Por esse motivo, esta é a liberdade para tornar-se aquilo para o que foi criado o homem”. [120]

3. A confusão dos reinos

“Em lugar de reforçar a liberdade de consciência e a servidão do corpo, como o queria a ordem de Deus, Satanás engana o homem, por um lado, em relação à servidão da lei na consciência e, por outro, à liberdade da lei em questões corporais”. [...] No reino espiritual, o evangelho deve reinar, o qual evangelho é contra a tirania do papa sobre as consciências. No reino mundano, a lei deve reinar com a sua demanda por obediência; e isso é contra a sedição dos camponeses”. [121]

“A liberdade de consciência quanto à lei na sua totalidade foi levada a efeito por Cristo e é possuída na fé até que seja plenamente realizada no céu após a morte”. [124]

Insistir em que as diferenças em posição externa devam ser abolidas seria transformar o reino mundano no reino espiritual de Cristo, no qual os governantes e os servos indubitavelmente estão no mesmo nível. [124]

“Durante a existência na terra, a lei deve dominar. Isso quer dizer, entre outras coisas, que devemos esperar cruz, tribulações e pesados fardos”. [125]

“A confusão dos dois reinos, terra e céu, ou dos dois estados, terreno e espiritual, é a conseqüência de se confundir liberdade e servidão nas duas formas como observamos. Essas perversões do mundo de Deus são obra do diabo, uma ação hostil contra Deus, através do mal no coração dos homens”.

“É vital para cada um limitar-se à sua própria vocação e permanecer nela”. [127]

“Um homem de igreja deve abster-se de todas as armas terrenas, de toda coerção e desejo por poder mundano, pois a Palavra não deve usar nenhuma força externa. O pregador que vai adiante confiando simplesmente no poder interno e invisível da Palavra pregada, é assim fiel à sua vocação”. [127]

“Em geral, o diabo mistura os dois reinos mediante um desvio da vocação e uma violação da vocação da pessoa, isso é, através do abuso dos seus próprios ofícios. Satanás tenta os homens nesse sentido. Isto é vocação: o cuidado correto pelo ofício, o qual é traído quando a confusão toma conta. Contra isso, Deus salienta a sua oposição tanto pelo evangelho como pela lei. O evangelho deve dominar no reino do céu, e a lei no reino terreno”. [128]

“O homem novo, livre, não se desvia na sua ação; mesmo sem a lei, ele se entrega em íntima alegria à sua vocação, transformando-a em harmonia com a divina vontade criativa do amor, que vive no novo homem através de Cristo. Seu objetivo é servir ao próximo”. [129]

“Está implicado que todas as coisas e relacionamentos externos em que vive o homem representam Deus para ele; eles são “máscaras de Deus”, larvae Dei. Esse aspecto da visão de Lutero é da máxima importância”. [130]

“A fé exige que todo momento e ação sejam aceitos em fé e conduzidos na fé; as obras devem ser feitas na fé. A fé é severamente testada quando, em circunstâncias externas, Deus nos traz sofrimentos e problemas tais como ódio e calúnia da parte de nossos inimigos, doença e outros amargos infortúnios. [...] Deus põe a cruz sobre o velho homem, a quem ele mata e levanta de entre os mortos.” [131]

“Cruz e desespero vêm juntos na vocação e dirigem o homem para a oração. A fé renascida e fortalecida por Deus na oração capacita o homem a “descer do céu como uma chuva que frutifica a terra”; pois o homem “cumpre sua vocação com sincera alegria” e submete-se a leis injustas”. [132]

Assim como Deus está em tudo, o diabo se esconde por detrás de todas coisas de modo a enganar o homem. Mas, a Palavra de Deus revela o diabo com todos os seus disfarces e o desmascara. [135]

“Quando o céu e a terra são diferenciados em dois reinos, poder-se-ia ter a impressão de dois mundos estáticos, um mundo da idéia e um mundo material. Mas, quando os limites desses reinos ficam enuviados na batalha entre Deus e Satã, torna-se claro que essa divisão entre “acima” e “abaixo” não é uma descrição cabal da visão de Lutero sobre o mundo, apesar do fato de incessantemente o próprio Lutero usar esses termos e outros similares. Deus está acima de tudo não só como ira mas também como amor, na lei e no evangelho. Deus mora no céu, mas vive e opera na terra. Na sua obra sobre a terra quer os homens como seus colaboradores.” [136]

4. Cooperação

“A cooperação acontece na vocação, que pertence à terra, não ao céu; ela é dirigida ao próximo, não a Deus. Os atos e as obras humanas têm uma função real a cumprir nos relacionamentos civis e sociais apesar do fato de as obras feitas pelo homem não poderem arrancar-lhe a condenação que sobre ele está perante Deus”. [137]

“Lutero deixa claro que o próprio amor de Deus alcança os outros através dos cristãos como canais. Deus está presente na terra com a sua bondade quando o cristão dirige seu serviço, para baixo, para os outros. Deus habita nos céus, mas agora ele está perto e ativo na terra com o homem como seu cooperador. [...] Toda a noção do homem como canal é colocada em íntimo relacionamento com a doutrina da vocação. E, para completar, é acrescentada uma advertência contra o afastar-se do mandato de Deus e da ordem criada”. [139]

“Querer ser exaltado ao invés de servir, considerar o ofício como possibilidade de poder pessoal ao invés de serviço – é uma ofensa contra a vocação”. [141]

“A criação, a obra de Deus, é desenvolvida mediante a pessoa que, sendo fiel na sua vocação, é uma cooperadora contra o diabo. Ela resiste à tentação e vive humildemente no seu trabalho pesado, comum, rasteiro e discreto, mediante o qual Deus sustenta o seu reino terrestre contra os ataques de Satanás. A vocação e o homem que a cumpre são usados como ferramentas e meios para a contínua criação de Deus, que se dá a partir do “nada”, isso é, sob a cruz da vocação”. [143]

“A cooperação acontece quando fazemos uso das coisas criadas. “Mesmo que estejamos seguros da providência e atenção divina por nós, devemos saber que os meios e as coisas que Deus colocou à nossa disposição devem ser usados, que não devemos tentar a Deus”. [147]

“[...] Estas em necessidade significa todas as possibilidades da criação havendo sido experimentadas e achadas incapazes de prestar auxílio. Em tal circunstância, desce Deus e completa a sua criação. A porta pela qual Deus entra para efetuar o novo é, freqüentemente, a oração de uma pessoa em necessidade”. [148] [...] Dessa forma, a oração e a obra se pertencem. Quem faz seu trabalho completamente pode orar com poder, pois, assim tem ele uma boa consciência. [149]

“O homem na sua vocação é uma máscara de Deus na terra, mas no céu a máscara é suprimida e arrancada; pois ali a palavra do evangelho domina à medida que revela a atitude de Deus. A revelação no verdadeiro sentido é esta: o desvendamento de Deus e o fim de todo ocultamento”. [152]

“À medida que observa o contexto da sua vocação terrena, seu pensamento é que este não é um mundo em que o homem possa colocar a sua confiança, mas um no qual ele pode servir”. [154]

5. Regeneração

“A lei escrita e as ordens estabelecidas são necessárias porque as boas coisas dadas pela criação, talentos e habilidades, são muito suscetíveis ao uso com más finalidades. Mas, com respeito à vida na terra, Deus pode usar a razão do homem natural como meio para cuidas dos seres humanos da mesma forma como ela o faz com o amor do cristão”. [156] “Por isso é de máxima importância logo tornar claro que nenhuma distinção é feita entre o homem natural e cristão. A primeira coisa que deve ser dita sobre o cristão é que ele, através da promessa do evangelho, vive no céu e que essa vida é o mesmo que a recepção da graça; ele adota um outro reino em lugar do mundo”. [156]

“Eqüidade é uma coisa que Deus requer e a que se deve dar espaço na vida sobre a terra; Deus, porém, a exige de cristãos e não-cristãos igualmente, pois na terra não há diferença decisiva entre cristãos e não-cristãos. Devem todos falar a verdade. Devem todos obedecer à lei civil. Devem todos mostrar fineza e respeito. Onde as obras e o comportamento visível estão em foco não é só difícil fazer uma demarcação radical entre cristãos e não-cristãos; é errôneo”. [163]

“O objetivo da ação deve ser este: no meio de um mundo pecaminoso do qual inescapavelmente participamos, devemos viver para ajudar o nosso próximo e promover o bem-estar. Isso é impossível de nenhum outro modo a não ser tomando nosso lugar entre Deus e o próximo e fazendo “o que for necessário”. Em nossa relação real com Deus, uma ação é exigida numa hora e outra numa outra, quando o cenário exterior estiver mudando”. [166]

“Na sua visão da sociedade, Lutero enfatiza fortemente o fator significativo da mudança na obra criativa de Deus sobre a terra, que parece puro esteticismo, exceto pelo fato de que a batalha entre Deus e o diabo oferece o background e a razão pela qual se vê como necessário um novo ato criativo”. [171]

III – O Homem [175-257]

1. A sua situação

“Uma antropologia que primeiro descreva o homem e depois de ocupe com a sua relação com Deus, é, para Lutero, um absurdo”. [176]

“A posição do homem entre o céu e a terra implica em não esperar ele apenas boa fortuna sobre a terra mas também antecipadamente estar preparado para sofrer “a cruz” e as tribulações deste mundo”. [177]

“A promessa do céu é dada pela palavra de Cristo; mas o caminho para esse reino após a morte é através da serenidade na vocação, através da paciente fidelidade à responsabilidade nos dias maus e bons”. [178]

“Entre a criação e a ressurreição estão a vida na terra e a vocação. A vocação testemunha a fé de que o corpo deve ser ressuscitado porque a vocação estende a lei e a cruz sobre o corpo enquanto o corpo está na terra, na qual esteve a cruz de Cristo”. [...] Entre a criação e a ressurreição encontra-se o recebimento, pelo homem, do batismo e da comunhão; e na visibilidade e exterioridade dos sacramentos se acha o mesmo testemunho da vocação: o testemunho de que também o corpo deve nascer para a vida eterna. Através da vocação, a lei testemunha a ressurreição; através dos sacramentos, o evangelho testemunha a mesma coisa”. [179]

“O evangelho, porém, que Deus endereça a toda consciência atribulada, pode ser recebido em fé e, pelo Espírito, produzir amor pelos outros e inclinação para o que requer o ofício da pessoa cumprindo-o na liberdade em relação à lei”. [181]

2. Vocação – Imitação

“O alto apreço pela capacidade que têm algumas pessoas em dar conselho em qualquer espécie de situação tem um caráter profundamente luterano. O caráter local da vocação mostra que a mesma contrasta com a imitação. Aquele cuja conduta copia algum padrão procura agir independentemente não apenas da época mas também do lugar”. [184]

“[...] a vocação aponta um mundo que não é o mesmo para todas as pessoas. [...] Cada um dos fatores sociais que surgem das ações vocacionadas das várias e diferentes pessoas tem o seu próprio caréter; e, assim, a vida na sociedade se desenvolve numa variedade opulenta”. [184]

“[...] cada qual deve realizar a sua própria obra sem olhar os outros nem tentar copiá-los. Cristo não deve ser imitado por nós, mas, antes, ser aceito em fé porque ele também teve o seu ofício pessoal, o da salvação do homem, ofício que nenhuma outra pessoa tem”. [185]

“É na fé que todos são iguais face a Deus ou no céu, onde não se encontra o homem na dependência de nenhuma obra de sua própria feitura. Mas há enormes diferenças nas obras voltadas para o próximo na terra”. [...] “As diferenças entre as pessoas acham-se todas nas coisas que elas podem fazer em suas múltiplas formas, na capacidade ou no trabalho”. [186]

“Quando o objetivo dos esforços humanos é servir os outros, servir a todas as pessoas, seguem-se naturalmente que suas obras deferirão em larga escala. São as diferenciações desejadas pelo próprio Deus, como a riqueza dos dons, que são espalhados mundo afora através do sistema das vocações terrenas. Para expressar isso, tem Lutero uma especial predileção pela figura paulina do corpo e seus membros (Rm 12 e 1 Co 12)”. [190]

“ [...] é de particular importância que nenhum membro do corpo dirija seu esforço no senso de se tornar um membro ou de participar do corpo. Eu já sou um membro! Isso é feito mediante a obra de Cristo; conseqüentemente, meu esforço pode agora ser dirigido na sua totalidade para servir o corpo e seus membros”. [191]

“A ação do homem é instrumento para o amor de Deus atingir as outras pessoas. A vida do corpo como um todo está envolvida na atuação de cada membro. No exercício da sua vocação, o homem se torna uma máscara para Deus. É digno de nota que o juízo de Lutero sobre a imitatio é negativo; ninguém deve colocar a sua confiança em algo externo, mas agir imparcialmente face a todas as aparências humanas”. [192]

“À medida que seu trabalho se dirige para fora, é ele uma máscara de Deus; mas, ao mesmo tempo, nenhum valor é atribuído a esse trabalho devido à confiança da consciência no evangelho, e o servidor se recusa a confiar em qualquer das suas boas obras. Não parece ao cristão que devam todos os outros cristãos fazer exatamente como ele faz, dar exatamente como ele dá, sofrer como ele sofre. Cada qual tem de prestar o seu próprio serviço”. [193]

“Deus é Criador e ele sempre traz à luz novas criações dando formas novas ao exercício das vocações dos homens. Por isso, deve o homem sempre deixar a porta aberta para Deus à medida que, na hesitação e desespero, procura conselho de Deus mediante a prece”. [196]

3. Oração

“Aquele que trabalha sabe que há tempos em que todos os caminhos humanos ficam fechados. Num sentido especial, esse é o tempo da oração. Só para esclarecer: Lutero defende as devoções regulares, as orações pela manhã e pela noite, e não só as orações em manifesta necessidade”. [198]

“Atirar todas as preocupações incondicionalmente sobre Deus não é tentar a Deus; é tão-somente levar em consideração o seu mandamento claro e manifesto”. [198]

“Em e através da oração, Deus realiza algo diverso do que seria feito sem ela. Naquele que ora, uma obra especial de Deus acontece, uma obra que tem, subseqüentemente, sua expressão externa”. [200]

“A oração está em relação direta com o desespero e o segundo uso da lei, cuja conseqüência deve ser a humildade e o anseio pelo divino evangelho”. [201]

“A oração não é possível pelo nosso poder pessoal; é o Espírito Santo que geme dentro de nós. Por essa mesma causa, o homem nem sempre está cônscio de que está em oração”. [203]

“O desespero surge em nossa vocação, estimulando a prece. Mas a divina resposta à suplica aparece também na vocação de cad um; e a divina interferência que responde à prece, relaciona-se intimamente com a metamorfose do trabalho em nosso chamado”. [204]

“A prece é a porta pela qual Deus, Criador e Senhor, entra criativamente em casa, na comunidade e no trabalho”. [...] Depois de uma pessoa ter gasto a sua força no trabalho e não poder fazer mais, ela deixa nas mãos de Deus o empreendimento em que estava engajado, e Deus entra e concede ao caso o avanço e resultado que é o melhor e o mais necessário. Deus penetra na situação de modo imediato, sem o uso da força humana”. [206]

4. O Mandamento de Deus

“Quando uma pessoa crê no evangelho, seu relacionamento com Deus repousa na ação de Deus e não em sua própria. Liberta-se ela de qualquer noção de que possa basear-se sua justiça perante Deus em sua religião ou em seu caráter. Ou seja, face a Deus ela está livre da lei. Só aí ela, de fato, vê o que Deus realmente manda. O mandamento não desaparece quando a legalística relação com Deus é deixada para trás. Pelo contrário, quando a consciência finalmente chega a repousar na confiança no evangelho de Deus, compreende o homem que até agora ele simplesmente não havia perguntado pelo que Deus quer e ordena; tinha sido levado constantemente de um ato vão para outro em seus esforços para tornar-se adequadamente religioso. Quando, porém, chega à fé, encontra-se um único mandamento perante ele”. [211]

“O legalismo é uma contínua fuga do mandamento de deus. Já a fé é o caminho rumo à compreensão desse mandamento.” [211]

“O mandamento é uma ordem concernente ao “uso correto” do ofício da pessoa, pois o uso deve ser modificado pela morederação, isso é, pela atenção às diferentes pessoas, aos diferentes próximos. À luz disso, devemos entender que toda ação tem sua hora, seu tempo”. [215]

“A liberdade em relação à lei não significa uma total ausência da categoria do esforço e cobrança na vida cristã. Essa liberdade significa: o homem agora pergunta pelo que Deus manda. Procurar saber qual a divina vontade e qual a necessidade alheia, estando, assim, livre da egocêntrica preocupação com a sua própria vida religiosa, pressupõe, naturalmente, um coração que achou paz e vive pela fé”. [216]

“A razão julga a situação externa com muito cuidado, e a prece pede orientação a Deus. Nessa dupla receptividade, em relação a Deus e à vocação, a pessoa fica segura de que uma coisa particular deve ser feita; e, através dessa receptividade em ambas as direções, o homem se torna “um meio que recebe de cima e passa para baixo – feito um vaso ou cano”. A concepção do homem como um cooperador e máscara de Deus está em harmonia com isso”. [219]

“O cristão pode escolher o que é melhor em tudo o que lhe diz respeito. Como nova criatura, ele não é compelido a suspender a lei como um indivíduo que sempre exige ser a lei abrandada. Em si mesmo, seria isso uma nova servidão à lei, lei que nunca deveria ser dura e minuciosa para com a pessoa embora se possa perceber que a brandura pode-ria prejudicar a todos”. [219]

“O cristão é livre para insistir duramente na justiça ou para tratar complacentemente, segundo o que dita o amor, ou seja, de acordo com o que Deus ordena; pois discernir o que é exigido pelo amor ao próximo é o mesmo que ser madnado por Deus para faze-lo. Tal cristão tem uma constância elástica em relação aos outros. Ele está na mão de Deus e faz a coisa certa no tempo certo”. [220]

5. Stündelein

“Na hora divina, a ação tem de ser feita, e o homem recebe de Deus uma liberdade criativa para realizá-la através e contra qualquer oposição. O homem é livre na ação externa quando, como um véu, está preso a Deus para a ação criativa de Deus, a qual, no mento em que chega a hora, irrompe de uma forma imprevisível. O que Lutero fala sobre “o tempo” está relacionado ao seu conceito sobre liberdade e cativeiro e lança mais luz para sua percepção de liberdade. Isso pode clarificar o papel desempenhado por aquele que é fiel à sua vocação até ao ponto em que irrompe a ação de Deus”. [224]

“Deus pode encher um breve espaço de tempo com bastante significado porque ele é soberano e faz tanto quanto quer e quando quer mediante um mínimo de esforço humano. Ao experimentar uma pessoa esse “tempo”, situa-se ela perante o inacreditável. Deus pode igualmente, por outro lado, esvaziar de significado um longo período de tempo, um tempo que, talvez, apesar de abundante em esforço humano, é, porém, deixado vazio por Deus porquanto o Cristo nunca está preso a nenhuma regra”. [226]

“Se Deus favorece alguma pessoa e lhe concede fortuna, ela freqüentemente pode realizar mais numa hora que uma outra com enorme trabalho e pena em quatro dias inteiros... Ninguém é capaz de fazer nada a não ser que venha a hora certa, que é dada por Deus sem a nossa procura dela. É inútil para ti procurares o sucesso antes do tempo e tentar alcançar o teu propósito mediante grandes sofrimentos e sábios planejamentos. Pois Deus conhece a arte de apressar ou atrasar o tempo e a hora de modo que, para alguém, uma hora se torna uma quinzena; e, por outro lado, uma pessoa não realiza mais, através dum longo labor e muitas aflições, que uma outra com um trabalho curto e fácil... Deus assim manipula as coisas de modo que nossas dores não sejam necessariamente abençoadas; pois não queremos esperar até que tais bênçãos nos venham de Deus, mas queremos encontrá-las por nós mesmo antes que Deus no-las outorgue”. [227]

“Pois Deus organizou e distribuiu todas as coisas tão corretamente que é seu desejo conservar todos os pensamentos e obra em sua mão. Não haverá progresso a não ser que chegue a hora por ele determinada... e assim Deus conserva tudo em suas mãos; e desse modo ninguém na terra pode levar adiante seus próprios desígnios; na verdade, os planos da pessoa não se realizam de modo nenhum se ela primeiro não procura sua orientação”. [228]

“O Deus cujos mandamentos se tornam concretos em diferentes leis é o mesmo Deus que segura o curso exterior dos eventos em suas mãos e, assim, prepara as ocasiões oportunas em que devem se ajustar as coisas ordenadas”. [230]

‘Como Deus está em atividade no mundo por causa de nós, é Deus que nos dá o momento junto com os relacionamentos com os outros na situação nossa que o momento provoca; e, junto com esses relacionamentos, ele define também as nossas tarefas. Usar a hora e o tempo que Deus concede é assumir a sua própria vocação. É dessa forma que o ordenado por Deus para o ‘tempo’ é realizado”. [236]

6. Ocultação e Escatologia

A determinante e abrangente cristologia da fé luterana está implícita no concernenete às fadigas mais reais e tangíveis da vocação da pessoa. [245]

“A ocultação não é uma, no meio de outras tantas, característica de Deus. Deve-se ela ao fato de a pessoa ainda viver na carne e ainda não ter morrido e ressuscitado de entre os mortos. Por essa razão estamos discutindo essa fase do pensamento lutérico”. [252]

“Como é furiosa a batalha entre Deus e o diabo! Cristo não escapou da cruz, e o cristão escapa do desespero. Neste fatos repousa o ocultamento: o próprio Filho de Deus sofreu a agonia da cruz, e nenhum homem escapa da morte, temendo e morrendo na incerteza”. [254]

“A vocação do homem está envolvida nessa ocultação da vida cristã; na vocação do homem, a verdadeira “mortificação” deve ser desenvolvida pela divina vontade. Não há nada de santidade apreciada pelos homens na obra do chamado. Quando, porém, após a morte e ressurreição, terminar o ocultamento, acabará da mesma forma o peso do labor na vocação humana. O tempo da terra, então, estará no passado, o diabo terá sido vencido, e o velho homem, que deve ser entregue à morte, já terá expirado”. [257]

A IGREJA E SEUS OBJETIVOS

A Igreja e seus objetivos-capítulo 5

A igreja não está neste mundo para permanecer na passividade. O fato de Deus chamar, congregar, iluminar a igreja não quer dizer que a igreja não pode ou deve fazer nada, mas a igreja está neste mundo para fazer a obra de Deus e para servir de instrumento nas mãos de Deus para a salvação deste mundo.

Poderíamos expressar essa missão como sendo levar 100% do evangelho a 100% das pessoas, mas estará incompleta, enquanto houver que não conhecem ou não crêem em Jesus como Salvador. A missão que Deus conferiu a sua igreja neste mundo é a mesma que Ele deu a seu filho Jesus Cristo. Jesus cristo veio para cuidar da Salvação da humanidade (Lc 19.10). Essa missão que Deus Pai conferiu a seu filho, foi inteiramente completado na cruz. Agora é nossa vez.

O alvo é as Pessoas.

O objetivo da missão da igreja é as pessoas. A igreja precisa procurar as pessoas e confrontá-las com o evangelho onde elas se encontram. No esforço de levar o evangelho para asa pessoas, a igreja envolve-se em atividades como o serviço social, a educação, programas de saúde e outras.(Mt 25.31-46)

Cincos objetivos

O grande objetivo da igreja , de levar o evangelho a toda criatura, pode ser alcançados por cinco expressão que são:

Adoração: é a ação da igreja na qual o povo de Deus ama, honra, respeita e aclama o seu Deus. Inclui tanto a adoração em público como em particular. O cristão adora Deus porque ele o reconhece em Deus seu Salvador. Culto e missão não devem andar separados

Educação: é o objetivo que visa nutrir o cristão. Na educação Deus pretende que a igreja firme os fiéis na palavra de Deus e os treine diligentemente a andar em seus caminhos. A educação prepara cristão para viver integralmente a fé cristã. (Ef 4.11-16, Dt 6.6-9).

Testemunho: é a ação da igreja no sentido de levar aos que não crêem o amor que o Salvador Jesus Cristo teve e tem por todos. É através dessa atividade que se manifesta, com mais clareza, o propósito de Deus em Salvar o mundo.

Serviço: inclui as maneiras pelas quais o cristão e a igreja respondem às necessidades das pessoas, a partir do amor de Cristo. Quando alguém crê em Deus, a conseqüência inevitável é o cuidado que essa pessoa vai Ter com as necessidades de seu semelhante. (Dt 15.11, Tg 1.27).

Comunhão: é a atividade da igreja cristã em que os cristão participam da vida em Deus e das vidas uns dos outros. A comunhão cristã é comunhão entre aqueles que tem a mesma fé, o mesmo Senhor Jesus Cristo e essa comunhão se manifesta como um fruto dessa fé. (1 Jo 1.3).

Quando uma congregação compreende o propósito e os objetivos de Deus e quando ela se coloca a serviço de Deus, então não importa tanto sua idade, localização, tamanho, pois será uma congregação ativa para seu Senhor Jesus Cristo.

GREGÓRIO MAGNO

CÉLIO ROBERTO SOUZA

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ULBRA

GREGÓRIO MAGNO

HISTÓRIA DA IGREJA

ANTIGA E MEDIEVAL

CANOAS, MAIO DE 2004

SUMÁRIO

RESUMO............................................ 1

INTRODUÇÃO..................................................................... 2

1. GREGÓRIO MAGNO E SUA VIDA......................................... 3

2. GREGÓRIO MAGNO NO SEU PAPADO...............……............... 6

3. GREGÓRIO E SUAS OBRAS................................................ 10

CONCLUSÃO....................................................................... 13

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................…................... 14

INTRODUÇÃO

Em um período agitado e de grande confusão que prevalecera na Europa Ocidental, devido à invasão dos lombardos na Itália e a decadência da igreja de Roma no começo da idade medieval marcam o inicio do papado de Gregório Magno (590-604) devido à morte de Pelágio II (579-590), por uma epidemia.

Gregório Magno era um homem de caráter irrepreensível, muito honrado por sua bondade e modo de vida, um homem muito habilidoso para administrar, tanto que foi o primeiro papa a exercer o poder temporal. Ao final de sua vida eclesiástica havia cessado com a revoltas feito pelos lombardos, organizou a cidade de Roma dando clima agradável de viver e morar.

Além disso, neste trabalho podemos encontrar melhor sua vida, como foi seu papado, e também suas obras literárias.

1 GREGORIO MAGNO E SUA VIDA

Gregório Magno nasceu em Roma em 540 a.D, de uma família cristã senatorial, que pertencia à aristocracia do lugar. Na qual alguns membros haviam ocupado cargos eclesiásticos e seculares na igreja como o Papa Felix III seu trisavô que foi eleito papa em 12 de julho de 526 e morreu em 27 de setembro de 530 e talvez Agapeto I, sua mãe Silvia foi santificada assim como duas irmãs de seu pai Gordiano, santas Tarcila e Emiliana.

Quando Gregório Magno nasceu, era a época em que Justiniano reinava em Constantinopla e com seus generais estavam lutando contra os Godos na Itália na década de 540. Depois de ganhar algumas batalhas Justiniano tirou seu general Belisário do campo de batalha, com isso Totila reergueu as tropas Godas e atacou o império romano e o tomou em dezembro de 546. No momento que os visigodos entraram na cidade de Roma para tomá-la o arcebispo na época Pelágio (o mesmo que seria papa) implorou ao rei vencedor que respeitasse os derrotados, impedindo que a queda de Roma fosse mais vergonhosa.

Tudo isso nos mostra que Roma em que Gregório Magno cresceu estava longe daquela cidade nobre dos tempos de César Augusto. (GONZALEZ. 1995 p. 70.).

No ano 573 torna-se prefeito ou governador de Roma aos 33 anos de idade, nomeado pelo imperador Justino II. Dois anos mais tarde atraído pela vida religiosa torna-se monge, abandonando a carreira administrativa. Destina toda fortuna de sua família para a fundação de um mosteiro dedicado a Santo André no palácio familiar, no monte Célio, e aos pobres. Fundou mais seis mosteiros nas suas propriedades que se estendia até Sicília.

Porém Gregório Magno tinha um temperamento muito ativo par ficar enclausurado num mosteiro, era um homem de ação. Em 579 o Papa Pelágio II (579-590) enviou como embaixador do Papa a corte de Constantinopla onde ficou durante seis anos representando papa, função essa que desempenhou muito bem, embora jamais tenha aprendido a língua grega. Mas em 586 retornou de Roma ao mosteiro de Santo André onde se tornou abade.

Neste tempo Roma estava passando por uma crise muito grande, uma inundação destruiu os principais armazéns da igreja onde era depositado trigo que dependia boa parte da população, e irrompeu uma grande epidemia que estava exterminando com a população.

“com a peste produzia alucinações, começaram a circular rumor de todo tipo de coisas estranhas. Um grande dragão apareceu no rio tibre, do céu chovia flechas de fogo, e a morte aparecia aos que iam morrer”.(GONZALEZ. 1995 p. 7)

Com a peste houve muita fome, para complicar mais ainda o Papa Pelágio II que tanto combateu para que a cidade estivesse sempre limpa acabou adoecendo da praga e acabou morrendo.

Com isso, Gregório Magno assumiu em 3 de Setembro de 590, cedendo à demanda popular, e acima de tudo, ao que interpretou como a vontade de Deus, o papado sendo o primeiro membro de ordem religiosa a ocupar a cátedra de Pedro, e o primeiro monge a ocupar esse cargo.

Elegido papa por aclamación, primero se opuso a dejar la vida monástica e hizo cuando pude para impedir que el imperador otorgose su confirmación, cuando la noticia llegó a Roma, Gregorio sintió miedo friente a las responsabilidades que le esperaban... (CASTELLA. 1970, p 71).

 

2 GREGORIO MAGNO NO SEU PAPADO

Ao tornar-se papa Gregório Magno enviou ao imperador uma carta pedindo que outorgasse sua nomeação.

Pois naquela época havia o costume de o imperador de Constantinopla darem sua aprovação ao papa eleito antes que ele pudesse ser consagrado. (GONZALEZ. 1995 p.71).

E convocou o povo para uma grande procissão, com o objetivo de que Deus perdoasse todos os pecados e parasse com a peste. Gregório Magno se preocupou muito com os pobres, tanto que em Roma organizou a distribuição de alimentos para todos habitantes da cidade até aqueles que morassem nos cantos mais distantes de Roma. Supervisionava o trigo que vinha da Sicília para que não fosse roubado. No passar do tempo reconstruiu os aquedutos que foram destruídos pela enchente do rio tibre e levantou a moral da guarnição, pois ela quase terminou por falta de pagamento.

Após atingir a grande estatura com Inocêncio I (402-417) e leão I (440-461). O papado havia decrescido em poder após a conquista dos ostrogodos e a restauração da autoridade imperial na Itália por parte de Justiniano. Desde 568 o domínio dos imperadores na Itália desvanecera-se cada vez mais diante dos lombardos os quais ameaçavam Roma. (WALKER. 1967. p 249-250).

No seu papado lutou ardentemente contra os lombardos para que não tomasse a cidade de Roma, para isso pediu ajuda a Constantinopla.

(...) Gregório foi o verdadeiro líder de luta contra a agressão lombarda, levantou exércitos, defendeu Roma pela força e por meio de tributos, chegou mesmo a celebrar um tratado de paz com os lombardos estribado em sua própria autoridade e conseguiu, após muito esforço e lutas intensas, tanto contra os lombardos como contra os representantes do imperador, manter Roma intacta no correr de todo o seu pontificado. (WALKER. 1967.p 250).

Gregório estava convencido de que ”a todos os que conhecem o Evangelho é evidente que pela voz do Senhor, o cuidado da igreja toda foi confiado ao santo apóstolo e príncipe de todos os apóstolos, Pedro”. Cabia-lhe então exercer a jurisdição sobre a igreja, na qualidade de sucessor de Pedro. Por isso lutou contra certos atos de disciplinas eclesiásticas impostas por João, o jejuador, patriarca de Constantinopla, afirmou autoridade papal na Espanha cujo soberano visigodo, renegou o arianismo em 587.

Não havia na Europa acidental um governo civil que ministrassem a ordem e a paz. Em Roma, por exemplo, muitas vezes era assumida pelos papas.

Na época em que Gregório era papa havia muita calamidade publica, como pestilência e fome, perigo de invasão e desordem gerais em Roma, por isso, Gregório foi considerado a o fundador do poder temporal por sua mão forte e por ele ser um homem justo e sábio em todas suas decisões, ou seja, Gregório empreendeu uma profunda reorganização não só na vida domestica papal como também da administração da igreja romana e do império romano.

Gregório teve grande influência na teologia agostiniana, bem como teve alguns pontos em que não concordava com Agustinho. Por exemplo:

· Doutrina da graça - ensinou que o amor e a graça de Deus procedem à ação do homem. O mérito não procede à graça, uma vez que a vontade humana é incapaz de fazer o bem. (HANGGLUND. 1989 p 124) O homem é presa do pecado original, do que prova o fato de nascer através da concupiscência. É resgatado dessa condição pela obra de cristo, recebida no batismo, mas os pecados cometidos depois do batismo têm de ser satisfeitos. A satisfação é efetivamente pelas obras meritórias feitas com a ajuda da graça de DEUS.

· Doutrina da expiação - doutrina que serviu de modelo a Anselmo e Abelardo. Gregório diz nesta doutrina que Cristo morreu para aplacar a ira de Deus pelos nossos pecados, ou seja um sacrifício expiatório a Deus.

O aspecto sacrifical da expiação associava-se a idéia que a ceia do Senhor é um sacrifício em que a morte de Cristo é repetida misteriosamente a favor de nós. (HANGGLUND. 1989 p 125).

· Doutrina da Penitência - Gregório desenvolveu um conceito de satisfação para aliviar a punição dada por Deus por nossos pecados. Essas satisfações oferecem através da penitencia, ou seja, devem arrepender-se e confessar os pecados ao representante oficial da igreja ministrava esse sacramento, e assim receber um castigo pelos pecados cometidos para aplacar a ira de Deus e receber o perdão de Deus. Porém aqueles que morrem na fé, mas não cumpriram sua penitência vão para o purgatório, onde ficam algum tempo até irem para o céu.

Agostinho dizia a esse respeito que talvez haja um lugar onde os que morrem em pecado tenham de passar por um processo de purificação, antes de entrar na glória. (GONZALEZ. 1995. p 75)

Uma das maneiras de os vivos ajudarem os que estão no purgatório sair de lá é oferecer uma missa em nome deles e também ajuda dos santos.

O pontificado de Gregório é, sem duvida um marco fundamental na transição da história da igreja antiga para a medieval. Ao criarem o sistema hierárquico sacramental da igreja institucionalizada da igreja Média, seus sucessores edificaram sobre os seus fundamentos que ele deixou. Ele sistematizou a doutrina e faz a igreja uma potência na área política.

 

3 GREGÓRIO E SUAS OBRA

Seu pontificado caracterizou-se pelo esforço e reorganização do império romano. Depois de organizar alguma paz e segurança a península Itálica, e com a preocupação com o cristianismo na Europa Ocidental, Gregório Magno empreendeu uma obra missionária de grande importância para historia religiosa da Inglaterra e para o papado, onde enviou uma missão chefiada pelo monge Agostinho, beneditino do convento de Santo André acompanhado de 40 monge também de sua ordem monástica para tentar a conversão dos anglo-saxões em 596, os missionários foram recebidos com cautela, mas logo seriam brindados com apoio, alojamentos, uma igreja e permissão para pregar, estabelecendo-se em Cantuária.

Tal campanha não somente propiciou grande avanço na causa do cristianismo,mas também marcou o inicio de uma relação mais intima da Inglaterra com o papado do que a existente em qualquer outro caso. (WALKER.1967 p.259)

Por meio dessa missão o rei Etelberto da Inglaterra aceitou ser batizado, e converteram os anglo-saxões arianos a fé católica, especialmente com a ajuda de Teodolinda, que foi sucessivamente esposa dos reis Austaris (584-591) e Agilulfo (592-615)

Agostinho recebeu sagração episcopal por intermédio de Virgilio de Arles em novembro de 597, sendo por volta de 601, nomeado metropolita por Gregório com autoridade para estabelecer doze bispado sob sua jurisdição.(WALKER.1967 p 259)

Ou seja, Gregório nomeou Agostinho arcebispo de cantuaria.

A iniciativa de Gregório de enviar uma missão para além das fronteiras do império, em virtude com sua preocupação com o bem das almas inglesas pagãs, serviu como modelo para os missionários das gerações seguintes, dentro e fora das fronteiras do reino franco.

Nas questões eclesiásticas sua influência e autoridade se exerciam no Ocidente e no Oriente. Reformou a liturgia dando ao cânone da missa a forma que ia ser mantida até as alterações introduzidas pelo concilio vaticano II. Foi-lhe também atribuída autoria do canto gregoriano embora apenas o aperfeiçoasse.

Escreveu o “líber regulae Pastoris” (livro de normas para os pastores) tratado apostólico que serviria de base para a formação do clero da idade Média e ainda hoje um clássico da vida espiritual.

“Moralia in job” (a moral de jó) concluindo em 595 é comentário para formação de monges, constituindo ao mesmo tempo uma exegese histórica, alegoria, moral e mística.

Escreveu 22 homilia sobre Ezequiel e diálogos sobre os milagres operados pelos santos que influenciou profundamente o cristianismo medieval.

Por tudo isso, faz jus ao cognome de “o grande” a igreja venera-o como santo e festeja a sua memória, em 3 de setembro, dia de sua ordenação episcopal, em Roma , Gregório morreu em 12 de março de 604, em Roma. (WOLLPERT. 1998, p.3).CONCLUSÃO

CONCLUSÃO

Conforme os estudos realizados para fazer este trabalho constatou-se que o papa Gregório Magno foi o mais importante papa de todos os tempos, tanto que ganhou o apelido de Gregório “o grande”, por sua magnífica atuação em Roma e fora dela.

Foi o primeiro papa a se preocupar em converter novas regiões, conquistou grande respeito em todo Ocidente e oriente por ter administrado muito bem o império Romano, se preocupando com os pobres, e conseguido um acordo de paz com os povos que queriam invadir Roma.

Escreveu vários escritos teológicos, com os quais discorda-se, como a doutrina da penitência e a doutrina da graça e doutrina da expiação, e aperfeiçoou o canto gregoriano .

Incentiva-se para que mais pessoas se interessem em pesquisar sobre este extraordinário papa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASTELLA, Gaston. Historia de los Papas. Madrid, Espasa-calpe.S.A, 1970, V 1.

GONZALEZ, Justo. Era das Trevas. São Paulo, Ed Vida Nova, 1995, V 3.

HAGGLUND, Bengt. Historia da Teologia. São Paulo, Concórdia Editora Ltda, 1989, 4a edição.

WALKER, Williston. Historia da Igreja Cristã. São Paulo, Aste, 1967.

WOLLPERT, Rodolf Ficher. Os Papas de Pedro a João Paulo II. Petrópolis, Ed Vozes, 1998.

ORAÇÃO GERAL 14º APÓS PENTECOSTES

P: Oremos por todo o povo de Deus em Cristo Jesus e por todas as pessoas de acordo com as suas necessidades.

P: Pelas nossas vidas eternas, para que recebamos a herança prometida por Deus, não por causa da lei mas por causa de sua promessa a Abraão e a nós, oremos ao Senhor,

C: Tem misericórdia, Senhor.

P: Por arrependimento, para que recebamos o correto conhecimento da lei deDeus e que ela nos convença de nosso pecado e de nossa necessidade do perdão em Cristo Jesus, oremos ao Senhor,

C: Tem misericórdia, Senhor.

P: Por um espírito de cuidado, para que o Espírito Santo nos conceda um amor semelhante ao de Jesus por nós, disposto a demonstrar misericórdia ao nosso próximo mesmo quando for incômodo ou perigoso, ou ainda custo de nossas próprias vidas, oremos ao Senhor,

C: Tem misericórdia, Senhor.

P: Por nossas vidas em Cristo, para que procuremos o Senhor enquanto o pudermos achar, invoquemos o seu nome enquanto ele está perto e esqueçamos todos os nossos maus caminhos e pensamentos injustos, oremos ao Senhor,

C: Tem misericórdia, Senhor.

P: Por sabedoria spiritual, para que quando não compreendermos as obras de Deus, o Espírito Santo nos ensine a crer que os nossos pensamentos não são os seus pensamentos e os nossos caminhos não são os seus caminhos, oremos ao Senhor,

C: Tem misericórdia, Senhor.

P: Por confiança em momentos de tribulação, que no meio dos momentos difíceis tenhamos uma fé firme como a que Paulo tinha quando estava na prisão, uma fé consciente de que o nosso Pai celeste utiliza as nossas tribulações para o bem do Evangelho e para nos fazer voltar a ele, oremos ao Senhor,

C: Tem misericórdia, Senhor.

P: Por um modo de vida digno do evangelho, para que imitemos a Cristo que, mesmo sendo o primeiro, por amor a nós e de vontade própria fez a si mesmo último, oremos ao Senhor,

C: Tem misericórdia, Senhor.

P: Por vidas de gratidão, para que, quer sejamos chamados à fé na primeira hora ou na hora undécima, os nossos corações e bocas e vidas sejam preenchidas com louvor e reconhecimento da generosidade de Jesus em nos dar a salvação que não merecemos, oremos ao Senhor,

C: Tem misericórdia, Senhor.

P: Por alegria no serviço, para que nunca cessemos de nos regozijarmos que tivemos o privilégio de trabalhar na vinha de nosso gracioso mestre, oremos ao Senhor,

C: Tem misericórdia, Senhor.

P: Pela certeza da salvação agora e do céu por vir, de maneira que, juntamente com Paulo, creiamos que o viver é Cristo e o morrer é lucro, oremos ao Senhor,

C: Tem misericórdia, Senhor.

P: Pela oportunidade de sofrer, de maneira que não tenhamos apenas o privilégio de crer em Cristo, mas de sofrer por amor a ele, oremos ao Senhor,

C: Tem misericórdia, Senhor.

P: Por todas as autoridades civis, para que tenhamos um bom governo, líderes íntegros e tempos de paz, oremos ao Senhor,

C: Tem misericórdia, Senhor.

P: Por todos os que passam necessidade, para que [………e] todos os que estão em necessidade recebam cura de suas doenças, conforto em seu luto, alívio em suas tribulações e fé em Cristo Jesus, oremos ao Senhor,

C: Tem misericórdia, Senhor.

P: Pelas nossas necessidades diárias, para que a nossa terra seja abençoada com bom tempo e colheitas abundantes, oremos ao Senhor,

C: Tem misericórdia, Senhor.

P: Pelos membros mais novos do reino de Deus, para que o Senhor conceda aos pais paciência e sabedoria para nutrirem as suas crianças, e também para que ele abençoe os que ensinam e os que aprendem na escola bíblica e que mesmo quando sofrerem tentações e desafios, ele mantenha as nossas crianças fiéis a ele durante todas as suas vidas, oremos ao Senhor,

C: Tem misericórdia, Senhor.

P: Por todos os que vem à mesa do Senhor, para que com gratidão como povo de Deus recebamos o corpo e o sangue de Cristo para o perdão de nossos pecados, o fortalecimento de nossa fé e a renovação de nossas vidas, oremos ao Senhor,

C: Tem misericórdia, Senhor.

P: Recebe as nossas petições em tua graça, ó Senhor, livra-nos e preserva-nos, pois a ti somente damos toda glória, honra e louvor, Pai Filho e Espírito Santo, um Deus, agora e sempre.

C:Amém.

QUALIFICAÇÕES PARA CARGOS NA CONGREGAÇÃO

LENSKI, I Tm 3.1-7; (e Tt.)

Qualificações para cargos na congregação

Este capítulo não poderia ser intitulado die Gemeindeverfassung, a organização congregacional. Paulo não está dizendo a Timóteo que providencie esses cargos e defina suas funções e sua extensão. Tais cargos já estavam estabelecidos e em uso, e Timóteo está meramente arranjando pessoas qualificadas para ocupá-los. Quando Paulo deixou èfeso depois de fundar essa congregação, essa tinha anciãos, que ele convocou um ano mais tarde para encontrá-lo em Mileto quando ele ficou por lá durante sua viagem a Jerusalém.

Este capítulo começa sem um conectivo, e nós temos primeiro a declaração geral: Fé (é) a declamação: se alguém aspira excelente tarefa aspira. Zanh rejeita a leitura ________, embora seja avassaladoramente atestada, e prefere ___________, que é possível, mas fracamente atestada(é encontrada somente em D e em algumas versões Latinas). Ele não pode entender como a forma mais recente foi substituída pela mais antiga, Enquanto pensa que o contrário deveria ter sido feito, desde 1, 15; 4, 9: 2 Tm, 2:11, Tito 3:8 tem: ___________. O cânone subjetivo de Zahn é arriscado- muitas das variantes estão além da nossa habilidade de explicá-las. Os outro quatro exemplos onde essa expressão ocorre nessas cartas nos leva a contar com que em nossa passagem _________ novamente seria usada, e não um adjetivo estranho. Ainda alguns poucos Pais têm o latim Humanus em 1, 15, no sentido de Benigno, e assim, à maneira latina, D pode vir a ter essa variante “Humano” isto é, benigno, é a declaração.

A contenção de Zahn, todavia, é que _________ significa que este é um humano dito no sentido de um locus communis, uma expressão comum do dia-a-dia pagão, que, se alguém deseja um _____, excelente tarefa aspira. Zahn ainda não faz menção de um exemplo na literatura pagã, que toma expressões como essa. Além do que, essa palavra ________, não é um diálogo, e está em um sentido totalmente diferente de “visita”, Besuch, olhando uma vez em uma inscrição licaônica. O que um trivial preâmbulo seria, para dizer que é uma ALLGEMEINE MENSCHLICHE REDE, (Wohlenberg, segundo Zahn) Quem aspira a um ministério aspira excelente tarefa. Este é um assunto diferente, e muito em vista, quando Paulo diz que é uma declaração fiel, confiável porque é verdade, uma declaração de que ele é um apóstolo e faz uma declaração sobre um ofício santo e isso é altamente desejável, as qualificações para tal ele aqui lista. Se importantes qualificações eram necessárias, o ofício do mesmo modo era valioso.

___________= o ofício de um _________, de alguém que cruza o mar, do qual nós temos episcopal, e assim bispo e bispado. Mas no Novo Testamento, _____________ e_____________ cruzador dos mares e ancião são termos para o mesmo ofício e o mesmo oficiário, Cruzador dos mares em razão do trabalho a ser feito, e Ancião em razão da dignidade. A palavra posterior foi emprestada da sinagoga, que também tem seus anciãos. Os judeus também os chamam __________, juizes, um termo não adotado pelos cristãos, Pois esses juizes tinham autoridade judicial e poderiam criar problemas, tal como condenar quem era estrangeiro numa congregação cristã. Os líderes da sinagoga eram normalmente homens idosos, dignificados por sua idade. No NT não há isso, embora os homens escolhidos para serem líderes da igreja cristã normalmente sejam homens idosos. Uma vez que Timóteo era um homem jovem, e não era um ancião em uma congregação, mas o representante de Paulo no território Asiático, ele era respeitado por ser jovem(4.12). Bispos, como oficiantes distintos no pastorado, no sentido de superintendentes de uma diocese, não apareceram até o segundo século. A sugestão de que Paulo nessa carta traça uma distinção entre _________ e __________ é aparente, é muito difícil de provar.

Na base de 5,17 Onde os anciãos são divididos em dois grupos: Aqueles que ensinam e aqueles que só presidem ou gerenciam, Kretzmann conclui que os posteriores eram _______, enquanto os anteriores eram __________, ambos juntos sob o termo __________. Ele também pensa que em pequenas congregações um só bispo pode satisfazer, e é provavelmente por isso que Paulo usa essa palavra no singular no vers. 2. A idéia é interessante,, mas é difícil substanciá-la. Paulo usa o plural em 8, 11 e 12, e requer aptidão para o ensino somente dos __________(v.2), mas é suficiente? Se é nós teremos que mudar muito do nosso arranjo sobe o pastor-pregador e concílio da igreja. Uma grande discussão tem sido montada sobre o assunto, que o estudante pode investigar. A igreja apostólica não tem nada que se assemelhe a uma hierarquia em seu ministério. De fato, o termo _______ indica somente o labor, enquanto __________ não significava dignidade e honra. Diáconos nunca forma chamados presbíteros.

“SE alguém aspira ... ele deseja” diversifica o verbo e torna a expressão maios exata. Paulo recomenda a aspiração e assim a encoraja. è assim que ele continua apontando para as qualificações essenciais que os aspirantes precisam ter. não é dito que eles as teriam uma vez que estivessem no ofício. Como é o caso agora, que depende da necessidade das congregações. A pessoa, todavia, atinge a impressão que tem abundância de oportunidades. Cada aspirante deseja _______ ________, Um excelente trabalho ou tarefa. Nós temos dois genitivos depois de verbos de emoção, R. 508. “Excelente = esplêndido em si mesmo, e também esplêndido aos olhos dos outros que sabem como apreciar essa qualidade. _________ significaria benefício aos servidos, como em Ef. 4. 12. A ênfase está sobre “Excelente”. O fato é que o ofício é um negotium, no otium(Bengel), uma tarefa que requer a energia de todos os homens, e não uma mera honra para se divertir, é concedida, assim como já indicado no título: Episcopus est nomem operis, non honoris (Agostinho), de quem todos os teólogos e estudantes de teologia têm um bom conceito.

2) É NECESSÁRIO QUE O BISPO SEJA IRREPREENSÍVEL, ESPOSO DE UMA SÓ MULHER, COMEDIDO, ORDEIRO, APTO PARA ENSINAR, ETC. em Tito 1.6, tais requisitos são dirigidos aos anciãos. Isto certamente exclui a idéia de que somente alguns ensinavam e eram chamados de cruzadores de mares, enquanto os líderes que não ensinavam eram chamados diáconos. ___ é usado para indicar todos os tipos de necessidade aqui a necessidade inerente no ofício nomeado. A palavra está mais freqüentemente usado no grego que _____.

O primeiro grupo de requisitos consiste de sete, que podem ser divididos em 1 + 4 + 2 ou em 1 + 1 + 3 + 2; o número sete é intencional. Irrepreensível é geral: “não ficar prisioneiro de,” isto é, ter um caráter que ninguém possa repreender, dizer que se é prisioneiro de uma carga de incapacidade, e isso já inclui muito dos outros itens listados a seguir para serrem considerados. Foi observado que todos eles, salvo a habilidade para ensinar e não ser um iniciante no cristianismo, são requisitos concernentes a todos os cristãos; é verdade e mostra que nisso, o que se refere à moral é concernente ao novo Testamento e deve haver um único estandarte, quer para clérigos ou para leigos, e não dois. Mas nós podemos notar que, no caso de membros de congregação, falhas podem haver, mas que não são toleradas em ministros, porque eles devem ser um exemplo para o rebanho(Fp 3, 17; 2 Ts 3, 9; 1 Pe 5, 3). Um homem que aspira ao ministério deve ter um caráter qualificado.

Quatro qualidades são mencionadas agora: Esposo de uma só mulher, brando, submisso, e disciplinado. A ênfase está sobre o ser marido de uma só mulher, e o sentido é que ele não tem nada a ver com qualquer outra mulher - ele deve ser um homem que não está aprisionado por promiscuidade sexual ou luxúria. Paulo não menciona aqui, mas é bem franco ao dizer que nenhum homem que não fosse casado deveria no ministério, que todo pastor deveria ser casado. Desde os dias de Orígenes a questão que se levantou foi: se um pastor viúvo estaria proibido de casar-se novamente. O fato de que Orígenes afirma resolutamente isto não é estranho, visto que ele castrou-se a si mesmo. A sua exegese é dominada por seu peculiar asceticismo. Outros concluem que as segundas núpcias estão proibidas aqui porque eles pensam que em 5.9 “esposo de uma só mulher” refere-se à viúva que não pode ter mais do que um marido. Mas as duas passagens são idênticas em palavras, seu sentido é inteiramente o mesmo, de modo que nós não podemos acrescentar nada em um que não já esteja presente no outro. Nós não precisamos aqui retomar essa discussão desse item, com argumentos não-exegéticos a legislação eclesiástica.

Paulo tinha uma razão para começar com “esposo de Uma só mulher”. Naqueles dias, os homens maduros que eram escolhidos para serem anciãos, em geral eram casados e tinham famílias. Não havia graduados em seminários esperando chamado. A maior parte dos congregados dos quais os anciãos eram escolhidos, vinham do paganismo. E isso está escrito no novo Testamento, os vícios sexuais e o registro de moralidade daqueles dias. Assim como uma das primeiras conferências apostólicas em Jerusalém advertiu contra a fornicação, usando o sentido amplo dessa palavra para mencionar todos os excessos sexuais dos pagãos(At 15:29). As epístolas gritam isso aos ouvidos dos seus leitores. Havia uma instituição regular chamada Hierudouloi, templo pagão das prostitutas; o costume comum de ter-se hetaereae,( “companheiras”, veja Liddell e Scott ______), garotas de famílias de fora da sociedade, usadas pior homens solteiros e casados. E assim, além dessa prática padrão todo o resto das práticas vis encontraram solo fértil onde cresceram. Convertidos ao evangelho não se tornavam perfeitamente puritanos sexualmente de uma só vez. Assim, esse aviso serviu como um início para que os homens fossem estritamente fiéis às suas esposas.

Seria de fato estranho se o primeiro item significasse que as segundas núpcias fossem recusados aos viúvos. As reuniões estavam tão cheias de homens com segunda esposa, e isso significava que estavam definitivamente excluídos das fileiras do ministério? As segundas núpcias são um pecado, de tal forma que todos os requisitos sexuais estão aqui excluídos? Onde, em toda a Escritura, as segundas núpcias são analisadas como um problema de moralidade pessoal? No concernente a 5,9, Paulo advertiria os jovens viúvos que se casassem novamente(5,,14) se abrissem mão dos direitos concedidos aos viúvos em 5,9? É o que Paulo escreve em 1 Co 7, 9 e 39 sobre esse assunto(também Rm 7, 2-3). Apontar para 1 Co é interpretar mal as muitas razões pelas quais ele escreve essa advertência, segundo ele mesmo declara-se em 1 Co 7,26: “ A presente angústia” e 28 “Eu estou suprindo você”(Veja A interpretação de primeiro coríntios). Hb. 13,4 declara: O casamento é honra em tudo. Paulo não está condenando de forma alguma aqueles que casaram-se pela segunda vez, “proibição de casar-se”(4.3). É perguntado porque então se ele estava pensando em pureza sexual, porque ele não usou uma palavra proibindo _______ e_______. Porque nesse grupo de quatro ele tem quatro qualificações positivas, e porque “esposo de uma só mulher” declara as qualificações positivas com grande exatidão. Os comentaristas da igreja primitiva não compreenderam Paulo corretamente, porque eram partidários de um asceticismo não-Paulino, não porque suas palavras não fossem claras.

“Brando”, ou sóbrio(compare o verbo com 1 Ts 5, 6 e 8), é como 2 Tm 4,5: “brando em todas as coisas”, não somente naquilo que implica em prejuízo, mas também de mente: “espiritualmente brando”, que não levasse consigo ensinamentos tais como os ensinados em 1,4, etc. “Sóbrio” é acrescentado(o substantivo é usado em 2, 9 e 15), saudável e equilibrado em juízo, não dispersivo, instável, e outras coisas. Um líder na Igreja que carece dessas qualidades seria perigoso, tal como um membro irresponsável. Nós vemos de 1, 3, etc., e de outras cartas de Paulo como toda sorte de erros e más interpretações deveriam ser tratados para que a igreja tivesse uma base sólida. em 4,1, Paulo adverte para o futuro (Atos 20, 28 etc.) Líderes sóbrios e brandos eram necessários. Eles são necessários hoje também. Kretzmann aponta para os modernos resultados da ciência e crítica bíblica. Além disso nós temos toda sorte de modismos, fantasias e ficções de mentes instáveis. Nós precisamos de pastores que conduzam a sua própria pessoa e então suas congregações com sanidade, segurança e sobriedade de mente em todos os assuntos de vida e de fé.

O Quarto requisito é ________, (adjetivo e verbo encontrados em 2,9), disciplinado, mas aqui, deve ser entendido em um sentido mais amplo, Denotando uma qualidade de caráter. Isso tem sido registrado mais superficialmente quando é entendido como “refinado, cortês, pessoa polida,... de boa instrução”. É a palavra que sempre é usada? O grego chama o homem gentil ______, não _______. Assim como as duas anteriores, isso denota uma qualidade de mente e caráter, que então naturalmente aparecerá em sua vida. Bengel vê a relação ao precedente: “ Quod_____ est intus, id ______ est extra; mas ele tem ima relação errada - ambos referem-se a intus como caráter. A totalidade dos pastores poderia ser disciplinada, espiritualmente, mentalmente e em hábitos. Ser polido e cortês é apenas um sinal externo, mas não é tudo o que Paulo aqui pede. Nós falamos sobre os requisitos aqui agrupados: “polido, sóbrio, disciplinado”. Seria apenas uma lista se o significado posterior fosse “não sujo em aparência, ou rude e desleixado em suas maneiras”.

Enquanto esses três são marcas de caráter, “hospitaleiro, apto para ensinar”. Novamente cai sobre aquilo que é concedido apenas a alguns. A Hospitalidade Cristã é mencionada em Rm 12,13; Hb 13,2; 1 Pe 2,9. Não significa entreter ou festejar com amigos, ou mesmo com os pobres, mas receber cristãos de outro lugar quando estes estão em viagem, ou quando eles estão fugindo de perseguições freqüentemente sem qualquer sentido. As muitas palavras conjuram as condições daquele tempo. Havia muitas viagens por todos os lugares do império, que ajudavam a espalhar o evangelho imensamente. Cristãos viajantes queriam alojar-se com cristãos e receber deles sua confiança qualquer que fosse o seu trabalho. A Hospitalidade cristã é uma grande bênção para eles. Perseguições faziam fugitivos, que freqüentemente estavam em grande necessidade. Então alguma viúva e algum órfão poderiam oferecer-lhe oportunidade de hospedar-se. Os anciãos na Igreja, para quem todos esses casos geralmente apareciam primeiro, faziam o que podiam e então apelavam para outros. Um homem que estivesse sempre pronto a hospedar tinha uma qualidade para ser escolhido presbítero. ______ não pode significar “disposto a ensinar”, porque em 2Tm 2.24, como em Filipenses, que é o único que tem a palavra, significa “apto ou hábil para ensinar”. “Todos são Professores?”, 1 Co 12,29. Não, nem todos. Àqueles que ainda precisam muito de ensino e são incompetentes para passar sabedoria, não deve ser repassado um ofício em que alguma prática em ensino é necessária. Quando, em 5,17, a habilidade deve estar de acordo “especialmente àqueles trabalhos na Palavra e ensino”, nós vemos que os anciãos dividiam o trabalho entre eles mesmos, aqueles mais hábeis para ensinar atendiam a maior parte da pregação e ensino. Isso não implica que os outros não tivessem nada para ensinar. Os últimos eram diáconos e os professores eram os cruzadores de mares. , mas que ambos eram chamados anciãos, será difícil provar - até porque ________ não significa ensinador, como ________. Nós temos divisões em nossa igreja hoje, ainda que os diáconos não sejam nossos confidentes, eles poderiam, e vice-versa. Habilidade para ensinar não significa meramente uma atitude natural, mas uma qualificação de passar adiante o que lhe foi ensinado. Kretzmann: o _________ poderia ser um _________, 2 Tm 3, 14; 2, 2. Um professor fiel ensina, e cada vez mais ele sentirá a necessidade de adquirir mais e mais sabedoria a respeito da verdade que ele ensina.

3) Os primeiros sete são seguidos por outros sete, nominalmente dois com __, três que são opostos, então dois(um positivo e um negativo) com elaborações. Os seis adjetivos continuam adjetivos do v. 2, porque eles então podem ser usados então com ______. Mas os cinco termos do versículo 3 contém o substantivo _______, tal que nós podemos julgar os adjetivos como sendo substantivados: não dado a vinho, não rebelde, contrário a desonestidade, não briguento, não amante do dinheiro. Um _______ é alguém que não resiste ao vinho, um bêbado, um beberrão. Um “Striker” é alguém que tem pavio curto e está pronto a cerrar os punhos. Pelo lado contrário, nós temos o ______, pessoa que é gelinde, (Lutero), gentil, humilde, uma palavra bonita, sem um equivalente exato em inglês ou em Latim. Veja o autor em Fp 4,5, onde a palavra é dita como um cumprimento. Um ________ é alguém que nunca briga, que não é do tipo brigão. Por último, nós temos alguém que não ama o dinheiro, que não é mercenário, que não é avarento. Veja que um termo positivo nomeia um virtude declarada, de um lado dois negativos com __, do outro dois com alfa privativo, que também não é acidental, não no caso de Paulo como o conhecemos. Veja também que ______ contrasta somente com ________, não com os dois termos seguintes.

4) A construção com o predicado acusativo depois de ______ continua com os particípios: Comandante sobre sua própria casa, criando os filhos em submissão com dignidade; se não sabe comandar sua própria casa, como conduzirá a igreja de Deus? O particípio significa conduzir, ser o primeiro, a cabeça de seu lar; “Reger” não é bem exato. em 5, 7 o particípio deste verbo é usado diretamente com referência ao trabalho dosa anciãos na igreja. Qualquer homem cristão estaria habilitado para essa função se for um bom cabeça em sua casa, alguém que falha neste simples requisito não deve ser elevado a ministro. Infelizmente, esse teste não pode ser aplicado aos graduados que são solteiros ou recém-casados do seminário que estão entrando no ministério. Veja que os objetos de ambos os particípios têm uma ênfase porque eles estão adiantados; Isso é também verdade, considerando “A Igreja de Deus” no versículo 5. Verbos de normas regem o genitivo.

Essa excelente superintendência está mais evidente no caso da criança, que não é dominada com superintendência, mas subordinado a ele. O requisito não é que o ministro precisa ter filhos, que um homem jovem não pode ser escolhido, mas que, quando ele tiver uma família, como a maioria dos homens têm, qualquer criança, independente de sua idade, esteja em submissão com toda a dignidade. Submissão como em 2, 11. Não é necessário separar as duas frases, como alguns propõe, por medo que de outra forma terá que ser interpretada a dignidade da criança, que não pode fazer atos dignos. O sentido é: “em submissão ao pai, com dignidade de sua parte.” “Submissão” tem o sentido passivo, tendo o pai como sujeito. Nós podemos traduzir: “mantendo cada criança que tem em submissão(a ele) com toda a dignidade”. Ele age dignamente quando mantém a obediência.

5) Mal-educada, criança arteira reflete o pastor, não meramente porque eles são maus exemplos às crianças dos membros da igreja, mas principalmente porque mostram que o pai é incompetente para seu ofício. Nós não precisamos de parênteses, __ somente especifica esse ponto em questão retórica, __ com o indicativo de se assumir tal caso como real, __ é assim o negativo regular. Acredite na mente de Paulo fazendo uma comparação entre dois pontos, onde a maioria dos escritores para com apenas um: 1) os objetos: “sua própria casa - Igreja de Deus”; 2) as atividades: “supervisiona - conduz”. isso expressa um terceiro pensamento que Paulo quer indicar: a igreja de Deus não pode ser concebida como a família do ministro. Nessa igreja Deus, não o ministro é o Pai. O ministro é somente o episcopus. Para dar essa evidência Paulo pode já no versículo 2 ter escolhido esse título de ancião - no oriente o patriarca tem ao seu redor e sob si seu filhos e as famílias dos filhos. Quando Paulo fala de sua paternidade em 1 Co 4, 14 ele refere-se a si como o fundador apostólico da igreja de Corinto; em Gl 4, 19 Paulo fala de sua maternidade, em nossa passagem o Cruzador dos mares assume um posição na congregação que já está estabelecida.

Essa é a lógica elementar, concluindo do menor para o maior: alguém que não sabe como supervisionar (o aoristo efetivo) sua própria casa, como poderá assumir a grande responsabilidade de conduzir a igreja de Deus? Se alguém não pode liderar sua pequena família, como poderá atender a muito superior tarefa de conduzir todos aqueles na assembléia de Deus(_______, aqui usado referindo-se a uma pequena congregação)? ___ diz que esse é o ponto de requisito apresentado no v. 4.

6) o último item como o anterior continua na mesma construção(predicativo acusativo de _____, v.2). Não um inexperiente, a fim de que não caia nos juízos do diabo. O adjetivo, aqui substantivado = novamente plantado = “noviço” um recém-convertido. Elevar tal homem ao episcopado é colocá-lo numa posição em que haveria duplo perigo para ele; Timóteo, bem como as congregações, não têm culpa de ter um iniciante esperançoso, que tem outras qualidades mas não a maturidade da fé no ofício. Noviço aqui não se refere ao sentido, físico, um homem jovem, mas novo no sentido espiritual. Em Tito 1, 6 etc. esse ponto não é incluído. A razão é que quando o evangelho estava sendo inicialmente introduzido em um território-Creta era um novo território-, apenas noviços poderiam ser encontrados, visto que os rebanhos eram novos. E porque para tais noviços não haveria perigo em caírem em conceito, sendo “ os líderes de uma esperança abandonada”. Onde, no entanto, a igreja já estava firmemente estabelecida, onde anciãos já estavam em posição honrosa, elevar um noviço poderia fazê-lo facilmente cair de conceito e trazer sobre ele a desgraça.

________, de ________, “smoke” = dado ao fumo; o aoristo particípio passivo significa “fumante”. Mas está usada aqui em um sentido metafórico “fazer-se conhecido” no sentido de ser fumante, o mais conhecido de sua personalidade é o ser fumante. O resultado final é conhecido, “ele cai no juízo do demônio”. Na exegese nós podemos seguir a analogia da escritura como um guia. Agora em todo o Novo Testamento e também no Antigo Testamento da LXX, __________, com o artigo, = o demônio. É o hebreu _______, a não ser em Ester 7, 4, 8, onde a palavra Hebraica é diferente e se refere a Hamã. Esta analogia da escritura tem sido separada e Paulo supostamente fala do difamar humano, que tem seu deleite na calúnia. Mas nós temos novamente a palavra no versículo 7,onde indubitavelmente significa o Demônio duplicada em 2 Tm 2, 26. É também um radical: “a armadilha do diabo”, e 1 Tm 3,7 “a armadilha do difamador”. _______ é sempre voz média, e poderia ser deixada assim na tradução; quando um juízo adverso é o significado o contexto indica isso suficientemente.

Mas é este o objetivo do genitivo: o juízo que Deus retribui ao demônio. ou genitivo subjetivo: o juízo que o Diabo retribui? C-K 188 e alguns outros os modificam: o juízo que ao diabo é permitido executar. Isso é feito largamente à luz do genitivo no versículo 7. (2 Tm 2, 26): “a armadilha do diabo”(subjetivo), isto é que o diabo executa. a reivindicação que ____ sempre tem o genitivo subjetivo, como em Rm 2, 2-3; 11, 33, é respondida por exemplos onde há o genitivo objetivo, como em Rm 3, 8; Ap 17, 1. Seria peculiar, de fato, que uma palavra como essa, que denota o resultado de uma ação, admite de uma forma de verbo tanto o objetivo como o subjetivo, deveria ser construída só com o genitivo subjetivo. Juízo, todavia, nunca é atribuído ao demônio: Deus julga. As muitas palavras que significam anúncio judicial de um veredito, ou o veredito como tal. Onde Satã ocupa o trono do juízo e anuncia o veredito? Juízo e o demônio podem ser combinados somente de um Jeito: O juízo de Deus pronunciado conttra o Demônio(objetivo). A reivindicação de que este pensamento requereria ______ é injustificada, pois todos os genitivos já limitam e definem e limitam seu substantivo, como no Inglês(português) “o julgamento do diabo”. Com “armadilha”, astutamente deixada para pegar uma vítima, as muitas palavras sugerem “do diabo” e é um genitivo subjetivo. A confusão causada por alguns comentaristas desaparece quando a real força de _____ e de ___ é vista.

O julgamento do diabo é específico: O juízo de Deus. Dentro de que muitos julgamentos, há muito tempo pronunciado sobre o diabo, o novo conceito pode cair em seu conceito primitivo. Esse aoristo refere-se a uma queda fatal(como é feita no v. 7) e não somente como alguns consideram-no como um suposto genitivo subjetivo, uma queda temporal e punições, ao diabo sendo permitido infligi-las. A objeção de que uma queda fatal seria muito severa punição para um noviço na fé, negligencia o fato de que por esse conceito, esse noviço poderia sufocar sua fé e assim mergulharia no que o demônio mergulhou. e assim carregou suas vítimas.

7) V. 2-6 é uma sentença, ______, ainda está dependente de _____. Isso significa que agora ___ traz o que pode ser chamado a conclusão de tudo. E assim reverte os primeiros significados, que o bispo em uma congregação deve ser “irrepreensível” - ele deve ser, como nós agora dizemos, assim como estranhos são considerados. Entretanto, é necessário também que ele tenha excelente testemunho daqueles sem, a fim de que não caia nas armadilhas do diabo. ____ leva-nos de volta ao versículo 2, onde ______ é negativo: Nada seja deixado contra ele. Agora nós temos o positivo; Excelente testemunho dos de fora, dos não-cristãos. Isso, então, fecha toda a apresentação sobre que tipo de homem pode ser feito ministro da igreja.

Somente aqui e em Tito 1, 13 Paulo usa _______; ele usa o neutro em 2,6. cada forma está certa em seu lugar. Aqui a palavra significa “excelente testemunho no geral.” Isso refere-se ao testemunho sobre a sua vida desde o momento de sua conversão. O tipo de pagão ou o tipo de judeu convertido que agora aspiravam um ofício na igreja tinham sido não era considerado. Nessa base Paulo mesmo teria de ser excluído. O testemunho a que Paulo se refere é aquele que Timóteo e sua congregação estavam dando. Os não cristãos seriam melhor vistos se não tiverem raiva uns dos outros, como acontecia entre alguns cristãos. Paulo usa de propósito o plural: “daqueles sem” para alguns dentre os inimigos não considerados.

O objetivo da frase negativa causa algumas discussões entre comentaristas: “ a fim de que não caia nas armadilhas do diabo”. O verbo é o mesmo usado no v. 6 e é uma posição sem ênfase. Os dois ____ colocados aqui assemelham-se um ao outro; ainda que não haja paralelo, nos dois requisitos por si, como nós já mostramos, - “não um noviço” não se emparelha, como em forma, com:”Todavia, é necessário”etc. O grego é tão flexível que o uso de ______ em ambas ____ colocações(v.6 e v.7) pode não ter significado em considerando as palavras que são construídas com cada um desses verbos, contudo pode ser possível que o verbo no versículo 6 que nós temos que construir: “juízo(verbo) sobre o demônio”, e v.7: “No repreender(verbo) e nas armadilhas do diabo”. Seja isso considerado um maneira, entretanto, há somente um ____ com os dois substantivos, na última cláusula e o genitivo não pode ser construído com ambos, isto é, o “reprovar” e a “armadilha” não pode ser predicado do diabo. O uso de apenas uma preposição não decide o caso, como alguns dizem; ó decidido pelos próprios substantivos. O primeiro é literal e indica uma atividade. O outro não é figurativo e não designa uma atividade, mas um objeto. o que também significa que “armadilha” não é uma explicação do “reprovar” tanto que a forma reprovar torna-se uma armadilha para o homem em questão. O que a reprovação do demônio poderia significar ainda deve ser descoberta. ele certamente é o último que reprovaria um cristão por suas faltas. Todas as coisas da consciência vêm de Deus. e tendem ao arrependimento, e nunca a uma armadilha do diabo na qual o cristão cai para um resultado fatal(aoristo efetivo). Assim como nós traduzimos “ultraje”(Mt 5, 11; o verbo, mas já Mateus 11, 20: Jesus censura, reprova), atribuir isso ao demônio é incongruente.

Esse reprovar é usualmente levado para o lado do que os estranhos mencionam. Mas por que restringir a eles? Os cristãos não se empenhariam em reprovar e prontamente, quando um homem é uma desgraça para eles em seu sagrado e alto ofício?

_____________ é nesse caso justificada reprovação. Em Rm 15.3 é injustificada. A primeira preposição indica que caiu em reprovação e não é um item separado, e caiu na armadilha do diabo, em outro item. O que significaria que as duas preposições teriam sido empregadas. mas aqui a reprovação do homem e a armadilha do diabo estão juntas. A reprovação, especialmente dos cristãos, remove-os deles e assim o diabo deixa sua armadilha para eles, para pegá-lo mais uma vez como sua vítima. Sobre “armadilha”, em Rm 11,9(Sl 69, 22) veja a passagem. Aqui, em 6,9, e em 2Tm 2, 26, nenhuma interpretação especial de armadilha é dada, entretanto algo supre isso e descreve detalhes. A figura interpreta a si mesma: cair na armadilha do diabo = dentro de seu poder mortal, como um animal pego e então morto. Um noviço pode perder sua alma, se ele é feito um ministro; assim em uma maneira diferente maneira de um homem que conduz uma reputação não muito boa, especialmente entre os membros de sua congregação.

O contorno retórico dos Gálatas --_ uma reconsideração

Antigos retóricos, seguidores de Aristóteles, dividiam a conversa em três espécies: judicial, epidético e deliberativo. Essas espécies diferem em tempo de referência, objetivo, modo de argumento e forma, qualquer análise de um documento pelas categorias dos retóricos antigos poderiam começar por determinar as espécies de retórica a serem aplicadas Hans Dieter Betz classificou Os Gálatas como judiciais e por isso buscou os Gálatas tem uma carta Apologética. Em seu artigo recente James D. Hester segue Betz em analisar os Gálatas de acordo com o modo judicial. Assim como as modificações que Hester propôs para o contorno que Gálatas é judicial. Eu espero que possa mostrar que Gálatas se adapta ás espécies deliberativas de melhor retórica que a judicial. Desde que uma categoria deliberativa costumeiramente segue um contorno diferente de uma judicial. Eu também apresentarei um contorno alternativo de retórica para Gálatas. Porque a oratória deliberativa tem um objetivo diferente da judicial, no decorrer de curso de meu argumento uma compreensão alternativa do objetivo de Paulo e do caminho de vários argumentos suportam que o objetivo aparece. Se é judicial, o argumento em Gálatas poderia estar voltado a defender Paulo contra as acusações de seus oponentes. Se deliberativo, busca predominantemente apressar os Gálatas a voltar a Paulo e seu Evangelho e repudiar seu oponentes e seu falso evangelho.

Talvez a retórica moderna avançou além da antiga, mas eu empreguei somente a categoria clássica. Por toda a parte do Império romano o estudo da retórica formava a maior parte da educação. Meninos eram treinados na teoria e eram esperados para entrar nessas categorias quando compunham uma categoria. Como um resultado, a teoria da retórica clássica largamente influenciada o jeito antigo de escrever, compor e ler. Lendo Gálatas de acordo com os princípios de retórica antiga não somente dá a poderosa maneira moderna de ler para compreender o texto, mas também providencia uma entrada parcial num importante componente do mundo de pensamento nos dias de Paulo. A penetrante influência da retórica clássica no primeiro século, emparelhou-se com o poder da conceptualidade, justifica uma atenção para entender Gálatas de acordo com essa categoria.

1-As espécies de retórica

Designar uma categoria ou documento para uma das três espécies de retórica pode ser uma tarefa difícil. A espécie de epidética e menos clara que as outras e tende a ser encoberta pela deliberativa. A partir das características especiais de cada espécie(defesa ou acusação de judicial, exortação da deliberativa, elogio ou censura da epidética) podem também servir como tópicos para persuasão, não incomum para uma categoria de uma das espécies para empregar um tópico associado com outro como quando um orador judicial exorta o juiz a pensar somente em justiça e louvor ao bom caráter do acusado. a coincidência entre as características das espécies de oratória pode causar alguma confusão inicial na classificação. Ocasionalmente, se o trabalho necessita unidade, é impossível assegurar a qual das três espécies ela pertence. Todavia, a classificação trabalha razoavelmente bem por muitas categorias e poderiam ser abandonadas somente quando as categorias claramente não se adaptam. A partir de três espécies de retórica, pode significar claridade do propósito do escritor ou orador, eles continuam usando as ferramentas na análise retórica do texto.

De acordo com Aristóteles, categoria judicial acusa ou defende alguém(ou algo), considerando se a ação passada é justa ou injusta. Epidética busca mudar a atitude dos ouvintes presentes em relação a alguém buscando ver se é sua atitude honrosa ou desgraçada.

ESCRITO À MÃO

Paulo ataca vigorosamente os oponentes e seus oponentes desejando os Gálatas para ingressar no novo cristianismo. desde que o debate requer que os Gálatas decidam entre dois modos de vida antitéticos e comportamento e os participantes estão cientes das ações passadas de Paulo e também sobre a ação futura que os Gálatas terão, que será naturalmente classificada como um trabalho deliberativo.

Quintílio propõe sua própria taxonomia de oratória judicial, epidética e deliberativa Cada categoria concerne à lei ou não. Se isso faz com que seja judicial, ou então, epidética ou deliberativa. Todas as categorias não-judiciais são relativas ao passado ou ao futuro. Se o passado, quando é epidético, desde que nós consideremos a deliberativa como futuro. Nós louvamos ou condenamos o que temos certeza; onde existe dúvida nós deliberamos sobre o que fazer. Todavia, as definições que Quintiliano usa define oratória deliberativa como não satisfatória, e sua definição sobre Gálatas é um trabalho deliberativo. Gálatas não é concernente a isso. Sua questão não se refere ao passado. Não considera isso como certeza. Talvez seja deliberativo. Outros aspectos da carta confirmam esse juízo.

Qunitiliano, em uma passagem o excesso de declamação descreve um estilo popular deliberativo. Declamadores sobre temas afetados abruptamente, estilo impetuoso, embelezamento generoso. Ele abre com uma maneira violenta e exclamatória. Ele assume um estilo torrencial de eloquência em um alto nível de violência. Declamadores caem em um abuso quando em temas deliberativos mostram uma tendência a assumir a defesa dos opositores dos oradores. Consequentemente seu alvo aparece para ser preferível à persuasão. Paulo certamente abre com uma maneira exclamatória e violenta, como os comentaristas têm noticiado por séculos. Ele emprega um estilo torrencial e um alto nível de violência, e mostra uma grande impetuosidade, De fato, ele expõe seu argumento sob uma enorme carga emocional. Paulo parece preferir o convencimento à persuasão-tal como no seu abuso de aqueles que têm opiniões contrárias. A conformidade de Paulo com o estilo deliberativo prova que Gálatas é uma carta deliberativa.

O uso particular de Paulo da narrativa implica em carta deliberativa. Uma narrativa judicial reconsidera as circunstâncias ao redor do crime e defende o acusado de cometê-lo. Não é parte da prova mas procura fazer o juiz considerar os fatos do caso. Um estilo deliberativo, todavia, não debate a ação passada, mas o expediente da ação futura. Assim, Aristóteles supõe que a narrativa raramente aparece em estilo deliberativo, porque ninguém narra coisas por vir. Quintiliano, em total concordância com Aristóteles, permite que haja uma narração, somente se houver a característica seguinte. Enquanto uma narrativa judicial considera apenas fatos centrais do caso, uma narrativa deliberativa considera os fatos em derredor. Isto é, uma narrativa deliberativa funciona como parte da prova, adicionando razões que servem para o futuro. Em Gálatas, as narrativas oferecem três provas de que deveria-se aceitar Paulo e seu evangelho e rejeitar seus oponentes.

1)Adquire parra Paulo autoridade divina, pois ele foi convocado por Deus para a missão entre os gentios. Claro, os Gálatas preferiam ele a seus adversários.

2)Mostra que o evangelho de Paulo é de Deus e é confirmado pela igreja.

3)A parte final introduz uma linha de argumentos que condena a doutrina dos adversários.

A partir disso, que Gálatas é uma parte da prova, Gálatas é deliberativo.

Os retóricos enfatizam que a deliberativa consiste em escolher entre opiniões. “Deliberativa é uma tipo em que deve-se escolher entre dois modos de ação contraditórios ou entre vários modos.(Herennium) A carta aos Gálatas pressupõe tal escolha: Os Gálatas podem escolher a rota definida por Paulo e seu Evangelho ou seus oponentes e os deles.

Paulo parece mover primeiramente os Gálatas para um simpatia para a sua vantagem. É vantagem para os Gálatas aceitar Paulo e seu evangelho e rejeitar seus oponentes. (Gl 5:2). Para passar a viver na nova era de Paulo livre de stoicheia, identificada com a Jerusalém celeste. Voltar para a lei é aprisionar-se pela Jerusalém terrena. Ser circuncidado é cair da graça. Claramente é vantagem para eles aceitarem Paulo e seu evangelho. Aparece aqui uma razão para se distinguir a diferença entre a deliberativa, judicial e epidética. Quintiliano caracteriza a epidética como aquela que visa o louvor puro e simples, não a aquisição de alguma vantagem(Quintiliano) A judicial, não prega vantagem, mas fazer-se justiça. Como Paulo mostra uma vantagem para os Gálatas, é uma carta deliberativa.

Betz teve dificuldades para resolver questões como a exortação parte por parte na carta. Seu problema é o de agir sem autoridade retórica, como ao analisar o exortatio. Betz não pode analisar essa seção da carta como judicial. Exortação não é característica da retórica judicial, mas da deliberativa. Aristóteles define deliberativo como oratória ou dissuasiva. E Herennium faz uma distinção similar. Qunitiliano refere-se com desaprovação a Ataneus, que atentou a definir temas deliberativos chamando-os de Proteptikê stasis ou Hortative stasis. Também aqui, quando discute os vários tipos de provas, seus argumentos pertencem á oratória oratória, que é uma espécie deliberativa de retórica. A parte importante de Gálatas é exortativa, retoricamente inexplicável se Gálatas é judicial, mas preciso se é deliberativo. Gálatas é deliberativo.

Provavelmente Betz classificou Gálatas como judicial porque há um tom defensivo nas primeiras porções da carta. É consistente então considerar Gálatas como deliberativa? Aristóteles define 3 tipos de prova retórica: ethos, pathos e logos. Um tipo utiliza ethos quando tenta persuadir o falante, pathos quando persuade a audiência a ser movida por suas emoções e logos quando procura persuadir usando motivos racionais. Provas éticas(i.e., provas de Ethos) move a audiência a dar crédito ao orador. Os oponentes de Paulo tinham aparentemente procurado deteriorar sua credibilidade com os Gálatas(uma tática que agora Paulo emprega contra eles) Que requerem que Paulo agora restabeleça sua credibilidade respondendo perguntas e insinuações trazidas contra ele. Em resposta isso, Paulo procura resgatar sua credibilidade com os Gálatas, sua confiança nele, tanto que eles estariam prontos para aceitá-lo e repudiar seus adversários. Mas esses elementos defensivos não implicam que a carta seja judicial ou parcialmente judicial e parcialmente deliberativa. Em vez de mudarem, eles confirmam o modo deliberativo da carta. Gálatas é um desses trabalhos em que a retórica serve como um tópico de persuasão a outros. Aqueles elementos defensivos de Gálatas poderiam sugerir considerar Gálatas como judicial, mas contribuem para considerá-la como deliberativa.

CONTORNO RETÓRICO

Desde as oportunidades no mundo antigo para o falar judicial houveram também oportunidades para a deliberativa, retóricos cuidadosamente definiam a oratória judicial, mas curtas seções para a deliberativa. As várias partes de qualquer categoria são amplamente discutidas em sua ordem judicial e função, e resumidas notas são mostradas em como esses elementos podem ser usados em epidética ou deliberativa. Como resultado, a ordem desses elementos é relativamente fixa: Exórdio, narração, proposição, prova, epílogo(Quintiliano e Herennium) O contorno feito por Betz para os Gálatas não possui exórdio. Apesar de que uma certa flexibilidade é concedida aos oradores judiciais, um orador deliberativo dispõe de muito maior liberdade usa várias partes dos outros tipos. Reconhecimento de que Gálatas é deliberativamente livre e usa o contorno do judicial.

SAUDAÇÃO/EXÓRDIO

Em uma carta influenciada pela retórica, o tipo em que o autor geralmente pensa em usar depois da saudação. A Saudação, como uma forma epistólica preferida a uma linha retórica, é meramente colocada antes do corpo retórico da carta Ordinariamente, então, o contorno retórico da carta é obrigado a começar depois da sudação.

Em seu discurso de saudação, Betz noticia que Paulo modificou seu prescrito usual com duas adições(Gl 1.1 e 1.4) A inserção depois de apóstolo antecipa a linha de raciocínio desenvolvida na narração a seguir. Paulo afirma um poderoso ethos poderoso como uma pessoa escolhida por Deus. A inserção após Jesus Cristo antecipa a segunda maior linha de argumento na carta. O que está expresso como deliberação dessa presente era má presente em Gl 1.4 é expresso como liberdade da escravidão da stoicheia em 4: 1-11 e como sendo crianças livres da Jerusalém celeste na alegoria de Hagar-Sara. Por antecipar as duas maiores linhas de argumentos que desenvolverá na carta Paulo adiciona sua saudação ao exórdio. Aristóteles, Quintiliano, e o autor de ad Hernnium sugere a antecipação do exórdio se o caso permite. Quintiliano mostra-se favorável a isso para obter-se um juízo favorável. Em Gl 1:4 Paulo expressa somente parte de seu argumento por simpatia ao senso dos Gálatas de louvor e ação de graças. Depois ele expõe as razões de porque a circuncisão é desnecessária e agora quem crê não está mais sob a lei-ambos os pontos que os Gálatas e seus professores ensinavam(Veja o argumento todo em 6:12-15). Em Gl 1:4 Paulo está feliz segundo seu princípio retórico, trazendo a promessa característica de seu argumento. Assim, ainda que Betz corretamente identifica 1:1-5 como forma de saudação, Paulo coloca isso como parte do exórdio. Todavia, a forma epistólica está mais em vista. 1:6 parece-se muito mais com uma abertura de estilo do que 1:1. 1:1-5 é realmente uma saudação mais do que um exórdio. Ainda no contorno eu chamo a atenção para as características retóricas nesta saudação. Talvez Paulo foi movido para esse uso novo da saudação por sua sensibilidade em usar uma abertura abrupta e empregar isso na próxima seção, onde o estilo usado pelo autor realmente começa.

PROPOSIÇÃO

O objetivo de uma proposição é tornar claro o que a carta ou o estilo como um todo quer provar. Gálatas deseja que seus leitores aceitem Paulo e seu evangelho e repudiem seus oponentes e seu falso evangelho. Que o evangelho de Paulo vem de Deus, que Abraão recebeu um “contrato” por promessa, que Cristo nos libertou da stoicheia para a liberdade e o resto dos argumentos de Paulo são razões porque os Gálatas deveriam aceitá-lo e renunciar a seus oponentes.(ESCRITA À MÃO)A presença de características de um exórdio em uma proposição pode ser entendida como que confirmando essa conclusão. Paulo Simplesmente concorda com Quintiliano que o início de um tipo deliberativo como que carece de um exórdio, apenas tendo uma vaga idéia de exórdio. Por isso, o corpo retórico dos Gálatas Carecem de exórdio de um modo geral e começa diretamente com a proposição. Paulo reconhece que o começo é abrupto e acalma as características esperadas em sua saudação e na proposição.

PROVA

Os retóricos dão o título prova(chamado por Betz por seu título latino, probatio) Para a porção do tipo que mostra as razões pelas quais a audiência deveria aceitar a proposta. Nós já vimos como a narração (Gl 1:10-2:21) suporta a proposta como parte da prova. Continua mostrando como o material do Betz Exhortatio também suporta a proposta da carta.

Gálatas como um todo é uma exortação, como todo tipo deliberativo. Paulo exorta os Gálatas a aceitar seu evangelho depressa e rejeitar seus oponentes e seus falso evangelho. Ele leva este intento oratório da carta por duas básicas linhas de argumentos, primeiro por uma ética poderosa como um portador do evangelho escolhido por Deus(1:1, 1:10-2:21) e então seus argumentos mostram que em Cristo os Gálatas têm liberdade dos tempos antigos e são postos no novo(Gl 1:4). A segunda linha de argumento é inicialmente desenvolvida sem exortação. Paulo argumenta que seu evangelho é liberdade e seus oponentes estão sob a lei(3:21-4:11; 4:21-31). Para ficar com ele é necessário caminhar pelo Espírito. Para com eles é preciso andar segundo a carne(Gl 3:1-14; 5:4-5). Tal argumento suporta a preposição por dispor de razão e emoção(logos e Pathos) para intimar a aceitar Paulo e seu evangelho e repudiar seus oponentes. As intimidações não demoram a vir:”Permaneçam na liberdade que Cristo dá e não estejam novamente submetidos ao jugo da escravidão(Gl 5:1). Não caminhe na carne, o princípio da velha era, mas caminhe no Espírito, o princípio da nova(Gl 5:16-26; 6:7-10). Tais propostas são diretamente originárias da proposta oratória da carta: aceitem-me e o meu evangelho(Gl 1:6-9). Neles, a proposta oratória é reforçada pela imagem de Paulo com seu próprio evangelho em contraste com o de seus oponentes. Dessa forma as exortações se ajuntam em um poder patético e lógico de seus argumentos anteriores circundado pela proposta. No processo, como o contentamento do Evangelho de Paulo é deturpado por uma imagem nova, a proposição oratória básica ganha muita força moral fazendo ser mais atrativo aceitar Paulo e seu evangelho. Tal exortação não é encontrada somente no final da carta(Gl 4:12), mas sua concentração deve estar sendo esperada já no começo da exortação, primariamente. A partir de que as exortações buscam persuadir os Gálatas a adotar a proposta da carta, considere retoricamente correto eles serem parte da prova. A prova inclui a narração e a exortação de Betz e estende-se a Gl 1:10-6:10.

Alguma confusão ainda reina na discussão da narração. Hester certamente diz que Gl 1:11-12(Eu preferiria adicionar o versículo 10) traz a tese da narração. Quintiliano, que considera que as propostas podem ser espalhadas fora das provas precedentes dos argumentos que suportam-nas(4:4-7) provavelmente as chamariam de propostas de narração. Mas chamá-las de stasis mostra alguma confusão no uso dos termos. Stasis, usado por antigos retóricos, não era parte de um tipo, mas uma forma de defender quem era acusado. Hester também incorretamente também rotula Gl 2:11-14 como digressão. Paulo, na proposta da narração, adianta duas teses que quer provar na narração. Ele quer mostrar que seu evangelho não veio de seres humanos, mas de Deus(1:11-12). e ele não busca a aprovação humana, mas a divina(GL 1:10). Ambas as teses mostram desenvolvimento da ética de Paulo, durante todo o desenrolar da narrativa de Gálatas. Gl 1:13-2:10 prova a proposição da segunda parte da narrativa: O evangelho de Paulo é de Deus. A seção que começa com Gl 2:11 prova a primeira parte da proposta da narração: Paulo(em contraste com Pedro!) não procura agradar a humanos, mas a Deus. se Gl 2:11-14 busca provar a proposta de parte da narrativa, não considerando-a como uma digressão da ordem lógica de nosso tipo, como Quintiliano define como egressão ou digressão(4.3.12-14) Betz identifica Gl 2:15 como proposição para a carta como um todo. Também assume com Betz que a carta pretende provar que Paulo fundou a Igreja Gálata corretamente, e é difícil ver essa seção como proposição da carta. A proposição tem a obrigação de declarar o que a carta como um todo busca provar, e Gl 2:15-21 não declara que Paulo fundou a igreja Gálata corretamente. Somente a forma esperada de um tipo judicial - exórdio, narração, proposição, prova, epílogo - suporta identificar Gl 2:15-21 como uma proposição, mas se Gálatas é deliberativo, também essa frágil sustentação falha. O endereçar de Paulo a Pedro (Gl 2:14b-21) introduz algo, todavia; Talvez por isso Betz a queira ver como proposta. Isso inaugura aquela linha de argumentos que Paulo desenvolve nos capítulos seguintes, a linha de argumentos traçada em 1:4. É formalmente parte da admoestação que Paulo faz a Cefas em conseqüência mas, em acordo com o prática do som retórico contém também um argumento endereçado á presente audiência de Paulo, os Gálatas, tal é a sutileza da transição da narração para a próxima parte da prova.

EPÍLOGO

Betz também identifica o epílogo (conclusio) como Gl 6:11-18. O epílogo retoma, como deveria ser, O contraste entre Paulo e seus oponentes expressos primeiramente na proposta(Gl 6:13-14). “Eles desejam gabar-se em sua carne, eu quero somente gabar-me em Cristo”(Gl 6:13-14). Sumariza os vários argumentos endereçados na carta. Ele a seguir sumariza a linha de argumentos de 1:4 e expressa subseqüentemente muitas imagens diferentes(GL 6:14-16). O que quer que Gl 6:17 signifique, seguramente expressa um tempo final em que há poderosa ética que é primeiramente apresentada em 1:1.

UM CONTORNO

Assim, gálatas tem uma saudação que leva caracteríticas de um exódio(GL 1:1-5), Uma proposição(GL 1:6-9, também com alguns elementos de um exórdio), a prova(Gl 1:10-6:10),e um epílogo. a prova no co0nceito deliberrativo ordinariamente é caracctrizada por uma série de cabeçalhos que sustentam a proposição de várias maneiras. Gálatas não é exceção. A Maioria dos anciãos (Gl 1:10-2:21) uma narrativa, bem como contribui para o argumento que define o caso. Gálattas pode ser contornado como segue:

I.Saudação/Exórdio

II.Proposição (1:6-9)

III. Prova(1:10-6:10)

A. Narrativa(1:10-2:21)

B.Cabeçalhos(3:1-6:10)

IV- Epilogo(6:11-18)

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EIDAM ELIEU RADINS ELIEZE GUDE ELIMINATÓRIAS ELISEU TEICHMANN ELMER FLOR ELMER T. JAGNOW EMÉRITO EMERSON C. IENKE EMOÇÃO EN ENCARNAÇÃO ENCENAÇÃO ENCONTRO ENCONTRO DE CRIANÇA 2014 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2015 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2016 ENCONTRO PAROQUIAL DE FAMILIA ENCONTROCORAL ENFERMO ENGANO ENSAIO ENSINO ENTRADA TRIUNFAL ENVELHECER EPIFANIA ERA INCONCLUSA ERNI KREBS ERNÍ W. SEIBERT ERVINO M. SPITZER ESBOÇO ESCATOLOGIA ESCO ESCOLAS CRISTÃS ESCOLÁSTICA ESCOLINHA ESCOLINHA DOMINICAL ESDRAS ESMIRNA ESPADA DE DOIS GUMES ESPIRITISMO ESPÍRITO SANTO ESPIRITUALIDADE ESPÍSTOLA ESPORTE ESTAÇÃODAFÉ ESTAGIÁRIO ESTAGIÁRIOS ESTATUTOS ESTER ESTER 6-10 ESTRADA estudo ESTUDO BÍBLICO ESTUDO DIRIGIDO ESTUDO HOMILÉTICO ÉTICA EVANDRO BÜNCHEN EVANGELHO EVANGÉLICO EVANGELISMO EVERSON G. HAAS EVERSON GASS EVERVAL LUCAS EVOLUÇÃO ÊX EX 14 EX 17.1-17 EX 20.1-17 EX 24.3-11 EX 24.8-18 EXALTAREI EXAME EXCLUSÃO EXEGÉTICO EXORTAÇÃO EZ 37.1-14 EZEQUIEL BLUM Fabiano FÁBIO A. NEUMANN FÁBIO REINKE FALECIMENTO FALSIDADE FAMÍLIA FARISEU FELIPE AQUINO FELIPENSES FESTA FESTA DA COLHEITA FICHA FILADÉLFIA FILHO DO HOMEM FILHO PRÓDIGO FILHOS FILIPE FILOSOFIA FINADOS FLÁVIO L. HORLLE FLÁVIO SONNTAG FLOR DA SERRA FLORES Formatura FÓRMULA DE CONCÓRDIA Fotos FOTOS ALTO ALEGRE FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2010 FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇA 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇAS 2013 FOTOS ENCONTRO ESPORTIVO 2012 FOTOS FLOR DA SERRA FOTOS P172 FOTOS P34 FOTOS PARECIS FOTOS PROGRAMA DE NATAL P34 FP 2.5-11 FP 3 FP 4.4-7 FP 4.4-9 FRANCIS HOFIMANN FRASES FREDERICK KEMPER FREUD FRUTOS DO ES GÁLATAS GALILEU GALILEI GATO PRETO GAÚCHA GELSON NERI BOURCKHARDT GENESIS GÊNESIS 32.22-30 GENTIO GEOMAR MARTINS GEORGE KRAUS GERHARD GRASEL GERSON D. BLOCH GERSON L. LINDEN GERSON ZSCHORNACK GILBERTO C. WEBER GILBERTO V. DA SILVA GINCANAS GL 1.1-10 GL 1.11-24 GL 2.15-21 GL 3.10-14 GL 3.23-4.1-7 GL 5.1 GL 5.22-23 GL 6.6-10 GLAYDSON SOUZA FREIRE GLEISSON R. SCHMIDT GN 01 GN 1-50 GN 1.1-2.3 GN 12.1-9 GN 15.1-6 GN 2.18-25 GN 21.1-20 GN 3.14-16 GN 32 GN 45-50 GN 50.15-21 GRAÇA DIVINA GRATIDÃO GREGÓRIO MAGNO GRUPO GUSTAF WINGREN GUSTAVO D. SCHROCK HB 11.1-3; 8-16 HB 12 HB 12.1-8 HB 2.1-13 HB 4.14-16 5.7-9 HC 1.1-3 HC 2.1-4 HÉLIO ALABARSE HERIVELTON REGIANI HERMENÊUTICA HINÁRIO HINO HISTÓRIA HISTÓRIA DA IGREJA ANTIGA E MEDIEVAL HISTÓRIA DO NATAL HISTORINHAS BÍBLICAS HL 10 HL 164 HOMILÉTICA HOMOSSEXUALISMO HORA LUTERANA HORST KUCHENBECKER HORST S MUSSKOPF HUMOR IDOSO IECLB IELB IGREJA IGREJA CRISTÃ IGREJAS ILUSTRAÇÃO IMAGEM IN MEMORIAN INAUGURAÇÃO ÍNDIO INFANTIL INFERNO INFORMATIVO INSTALAÇÃO INSTRUÇÃO INTRODUÇÃO A BÍBLIA INVESTIMENTO INVOCAÇÕES IRINEU DE LYON IRMÃO FALTOSO IROMAR SCHREIBER IS 12.2-6 IS 40.1-11 IS 42.14-21 IS 44.6-8 IS 5.1-7 IS 50.4-9 IS 52.13-53-12 IS 53.10-12 IS 58.5-9a IS 61.1-9 IS 61.10-11 IS 63.16 IS 64.1-8 ISACK KISTER BINOW ISAGOGE ISAÍAS ISAQUE IURD IVONELDE S. TEIXEIRA JACK CASCIONE JACSON J. OLLMANN JARBAS HOFFIMANN JEAN P. DE OLIVEIRA JECA JELB JELB DIVAGUA JEOVÁ JESUS JN JO JO 1 JO 10.1-21 JO 11.1-53 JO 14 JO 14.1-14 JO 14.15-21 JO 14.19 JO 15.5 JO 18.1-42 JO 2 JO 20.19-31 JO 20.8 JO 3.1-17 JO 4 JO 4.5-30 JO 5.19-47 JO 6 JO 6.1-15 JO 6.51-58 JO 7.37-39 JO 9.1-41 JOÃO JOÃO 20.19-31 JOÃO C. SCHMIDT JOÃO C. TOMM JOÃO N. FAZIONI JOEL RENATO SCHACHT JOÊNIO JOSÉ HUWER JOGOS DE AZAR JOGRAL JOHN WILCH JONAS JONAS N. GLIENKE JONAS VERGARA JOSE A. DALCERO JOSÉ ACÁCIO SANTANA JOSE CARLOS P. DOS SANTOS JOSÉ ERALDO SCHULZ JOSÉ H. DE A. MIRANDA JOSÉ I.F. DA SILVA JOSUÉ ROHLOFF JOVENS JR JR 28.5-9 JR 3 JR 31.1-6 JUAREZ BORCARTE JUDAS JUDAS ISCARIOTES JUDAS TADEU JUMENTINHO JUSTIFICAÇÃO JUVENTUDE KARL BARTH KEN SCHURB KRETZMANN LAERTE KOHLS LAODICÉIA LAR LC 12.32-40 LC 15.1-10 LC 15.11-32 LC 16.1-15 LC 17.1-10 LC 17.11-19 LC 19 LC 19.28-40 LC 2.1-14 LC 23.26-43 LC 24 LC 24.13-35 LC 3.1-14 LC 5 LC 6.32-36 LC 7 LC 7.1-10 LC 7.11-16 LC 7.11-17 LC 9.51-62 LEANDRO D. HÜBNER LEANDRO HUBNER LEI LEIGO LEIGOS LEITORES LEITURA LEITURAS LEMA LENSKI LEOCIR D. DALMANN LEONARDO RAASCH LEOPOLDO HEIMANN LEPROSOS LETRA LEUPOLD LIBERDADE CRISTÃ LIDER LIDERANÇA LILIAN LINDOLFO PIEPER LINK LITANIA LITURGIA LITURGIA DE ADVENTO LITURGIA DE ASCENSÃO LITURGIA DE CONFIRMAÇÃO LITURGIA DE PÁSCOA LITURGIA DE TRANSFIGURAÇÃO LITURGIA EPIFANIA LITURGIA PPS LIVRO LLLB LÓIDE LOUVAI AO SENHOR LOUVOR LUCAS ALBRECHT LUCAS P. GRAFFUNDER LUCIFER LUCIMAR VELMER LUCINÉIA MANSKE LUGAR LUÍS CLAUDIO V. DA SILVA LUIS SCHELP LUISIVAN STRELOW LUIZ A. DOS SANTOS LUTERANISMO LUTERO LUTO MAÇONARIA MÃE MAMÃE MANDAMENTOS MANUAL MARCÃO MARCELO WITT MARCIO C. PATZER MARCIO LOOSE MARCIO SCHUMACKER MARCO A. CLEMENTE MARCOS J. FESTER MARCOS WEIDE MARIA J. RESENDE MÁRIO SONNTAG MÁRLON ANTUNES MARLUS SELING MARTIM BREHM MARTIN C. WARTH MARTIN H. FRANZMANN MARTINHO LUTERO MARTINHO SONTAG MÁRTIR MATERNIDADE MATEUS MATEUS KLEIN MATEUS L. LANGE MATRIMÔNIO MAURO S. HOFFMANN MC 1.1-8 MC 1.21-28 MC 1.4-11 MC 10.-16 MC 10.32-45 MC 11.1-11 MC 13.33-37 MC 4 MC 4.1-9 MC 6.14-29 MC 7.31-37 MC 9.2-9 MEDICAMENTOS MÉDICO MELODIA MEMBROS MEME MENSAGEIRO MENSAGEM MESSIAS MÍDIA MILAGRE MINISTÉRIO MINISTÉRIO FEMENINO MIQUÉIAS MIQUÉIAS ELLER MIRIAM SANTOS MIRIM MISSÃO MISTICISMO ML 3.14-18 ML 3.3 ML NEWS MODELO MÔNICA BÜRKE VAZ MORDOMIA MÓRMOM MORTE MOVIMENTOS MT 10.34-42 MT 11.25-30 MT 17.1-9 MT 18.21-45 MT 21.1-11 MT 28.1-10 MT 3 MT 4.1-11 MT 5 MT 5.1-12 MT 5.13-20 MT 5.20-37 MT 5.21-43 MT 5.27-32 MT 9.35-10.8 MULHER MULTIRÃO MUSESCORE MÚSICA MÚSICAS NAAÇÃO L. DA SILVA NAMORADO NAMORO NÃO ESQUECER NASCEU JESUS NATAL NATALINO PIEPER NATANAEL NAZARENO DEGEN NEEMIAS NEIDE F. HÜBNER NELSON LAUTERT NÉRISON VORPAGEL NILO FIGUR NIVALDO SCHNEIDER NM 21.4-9 NOITE FELIZ NOIVADO NORBERTO HEINE NOTÍCIAS NOVA ERA NOVO HORIZONTE NOVO TESTAMENTO O HOMEM OFERTA OFÍCIOS DAS CHAVES ONIPOTENCIA DIVINA ORAÇÃO ORAÇAODASEMANA ORATÓRIA ORDENAÇAO ORIENTAÇÕES ORLANDO N. OTT OSÉIAS EBERHARD OSMAR SCHNEIDER OTÁVIO SCHLENDER P172 P26 P30 P34 P36 P40 P42.1 P42.2 P70 P95 PADRINHOS PAI PAI NOSSO PAIS PAIXÃO DE CRISTO PALAVRA PALAVRA DE DEUS PALESTRA PAPADO PAPAI NOEL PARA PARA BOLETIM PARÁBOLAS PARAMENTOS PARAPSICOLOGIA PARECIS PAROQUIAL PAROUSIA PARTICIPAÇÃO PARTITURAS PÁSCOA PASTOR PASTORAL PATERNIDADE PATMOS PAUL TORNIER PAULO PAULO F. BRUM PAULO FLOR PAULO M. NERBAS PAULO PIETZSCH PAZ Pe. ANTONIO VIEIRA PEÇA DE NATAL PECADO PEDAL PEDRA FUNDAMENTAL PEDRO PEM PENA DE MORTE PENEIRAS PENTECOSTAIS PENTECOSTES PERDÃO PÉRGAMO PIADA PIB PINTURA POEMA POESIA PÓS MODERNIDADE Pr BRUNO SERVES Pr. BRUNO AK SERVES PRÁTICA DA IGREJA PREEXISTÊNCIA PREGAÇÃO PRESÉPIO PRIMITIVA PROCURA PROFECIAS PROFESSORES PROFETA PROFISSÃO DE FÉ PROGRAMAÇÃO PROJETO PROMESSA PROVA PROVAÇÃO PROVÉRBIOS PRÓXIMO PSICOLOGIA PV 22.6 PV 23.22 PV 25 PV 31.28-30 PV 9.1-6 QUARESMA QUESTIONAMENTOS QUESTIONÁRIO QUESTIONÁRIO PLANILHA QUESTIONÁRIO TEXTO QUINTA-FEIRA SANTA QUIZ RÁDIO RADIOCPT RAFAEL E. ZIMMERMANN RAUL BLUM RAYMOND F. SURBURG RECEITA RECENSÃO RECEPÇÃO REDENÇÃO REENCARNAÇÃO REFLEXÃO REFORMA REGIMENTO REGINALDO VELOSO JACOB REI REINALDO LÜDKE RELACIONAMENTO RELIGIÃO RENATO L. REGAUER RESSURREIÇÃO RESTAURAR RETIRO RETÓRICA REUNIÃO RICARDO RIETH RIOS RITO DE CONFIRMAÇÃO RITUAIS LITURGICOS RM 12.1-18 RM 12.1-2 RM 12.12 RM 14.1-12 RM 3.19-28 RM 4 RM 4.1-8 RM 4.13-17 RM 5 RM 5.1-8 RM 5.12-21 RM 5.8 RM 6.1-11 RM 7.1-13 RM 7.14-25a RM 8.1-11 RM 8.14-17 ROBERTO SCHULTZ RODRIGO BENDER ROGÉRIO T. BEHLING ROMANOS ROMEU MULLER ROMEU WRASSE ROMUALDO H. WRASSE Rômulo ROMULO SANTOS SOUZA RONDÔNIA ROSEMARIE K. LANGE ROY STEMMAN RT 1.1-19a RUDI ZIMMER SABATISMO SABEDORIA SACERDÓCIO UNIVERSAL SACERDOTE SACOLINHAS SACRAMENTOS SADUCEUS SALMO SALMO 72 SALMO 80 SALMO 85 SALOMÃO SALVAÇÃO SAMARIA Samuel F SAMUEL VERDIN SANTA CEIA SANTIFICAÇÃO SANTÍSSIMA TRINDADE SÃO LUIS SARDES SATANÁS SAUDADE SAYMON GONÇALVES SEITAS SEMANA SANTA SEMINÁRIO SENHOR SEPULTAMENTO SERMÃO SERPENTE SERVAS SEXTA FEIRA SANTA SIDNEY SAIBEL SILVAIR LITZKOW SILVIO F. S. FILHO SIMBOLISMO SÍMBOLOS SINGULARES SISTEMÁTICA SL 101 SL 103.1-12 SL 107.1-9 SL 116.12-19 SL 118 SL 118.19-29 SL 119.153-160 SL 121 SL 128 SL 142 SL 145.1-14 SL 146 SL 15 SL 16 SL 19 SL 2.6-12 SL 22.1-24 SL 23 SL 30 SL 30.1-12 SL 34.1-8 SL 50 SL 80 SL 85 SL 90.9-12 SL 91 SL 95.1-9 SL11.1-9 SONHOS Sorriso STAATAS STILLE NACHT SUMO SACERDOTE SUPERTIÇÕES T6 TEATRO TEMA TEMPLO TEMPLO TEATRO E MERCADO TEMPO TENTAÇÃO TEOLOGIA TERCEIRA IDADE TESES TESSALÔNICA TESTE BÍBLICO TESTE DE EFICIÊNCIA TESTEMUNHAS DE JEOVÁ Texto Bíblico TG 1.12 TG 2.1-17 TG 3.1-12 TG 3.16-4.6 TIAGO TIATIRA TIMÓTEO TODAS POSTAGENS TRABALHO TRABALHO RURAL TRANSFERENCIA TRANSFIGURAÇÃO TRICOTOMIA TRIENAL TRINDADE TRÍPLICE TRISTEZA TRIUNFAL Truco Turma ÚLTIMO DOMINGO DA IGREJA UNIÃO UNIÃO ESTÁVEL UNIDADE UNIDOS PELO AMOR DE DEUS VALDIR KLEMANN VALDIR L. JUNIOR VALFREDO REINHOLZ VANDER C. MENDOÇA VANDERLEI DISCHER VELA VELHICE VERSÍCULO VERSÍCULOS VIA DOLOROSA VICEDOM VÍCIO VIDA VIDA CRISTÃ VIDENTE VIDEO VIDEOS VÍDEOS VILS VILSON REGINA VILSON SCHOLZ VILSON WELMER VIRADA VISITA VOCAÇÃO VOLMIR FORSTER VOLNEI SCHWARTZHAUPT VOLTA DE CRISTO WALDEMAR REIMAN WALDUINO P.L. JUNIOR WALDYR HOFFMANN WALTER L. CALLISON WALTER O. STEYER WALTER T. R. JUNIOR WENDELL N. SERING WERNER ELERT WYLMAR KLIPPEL ZC ZC 11.10-14 ZC 9.9-12