Interpretação bíblica
1- segmentação: antes da parábola Pedro um dos doze apóstolo de Jesus pergunta; mestre até quantas vezes devo perdoar meu irmão, até sete vezes, Jesus lhe responde não sete mais setenta vezes sete, dito isto Jesus conta-lhes uma parábola.
Cena 1= (23-27) o ajustamento de contas, o primeiro que lhe devia 10 mil talentos, não tendo como pagar a divida é perdoada.
Cena 2= (28-30) foi perdoado, mas não soube perdoar. Foi implorado, mas não teve compaixão. Em vez de fazer o bem preferiu fazer o mal a seu próximo.
Cena 3= (31) mas por ter recebido o bem e praticado o mal, foi denunciado.
Cena 4= (32-34) recebeste o perdão, mas não retribuíste com o mesmo. Recebera o castigo eterno.
Cena 5= (35) Assim é Deus perdoara os justos e condenara os ímpios.
2 Textura: Jesus contou a Pedro e aos discípulos esta parábola para esclarecer o verdadeiro sentido do perdão.
Alguns aspectos que chamam a atenção: O servo perdoado pelo rei, não se compadece de seu servo que lhe devia uma quantia, ao invés disto preferiu condena-lo em vez de perdoá-lo igualmente antes havia recebido (v.27); A crueldade do servo para com o seu conservo (v. 28-30);
Alguns exageros: A quantia do débito (10 mil talentos, v.24) do servo para com o rei é vista como um exagero, em comparação com a segunda dívida mencionada (100 denários, v.28); Quando Pedro pergunta a Jesus quantas vezes se deve perdoar um irmão, Jesus afirma setenta vezes sete, ou seja, perdoar sempre.
3 por que parábola? Porque o texto apresenta os seguintes aspectos:
Trás no máximo três personagem (V 34); Personagens secundários aparecem apenas v.31; Mas o mais importante está no v.35, onde esta parábola é comparado com o juízo final.
4) Contexto Literário
Jesus estava na cidade de Cafarnaum juntamente com os doze apóstolo e ensinavam por meios de parábolas e uma delas foi a parábola do credor incompassivo, esta fala dos que não sabem perdoar ou retribuir com o mesmo ou melhor recebido que é o perdão.
5) contexto Cultural e Histórico
Para o ensino judaico, era suficiente perdoar alguém por três vezes, por isso, a pergunta de Pedro.
Os servos da parábola eram oficias de alta posição a serviço do imperador, os quais muitas vezes tomavam altas quantias emprestadas do tesouro imperial.
6) Intertextualidade
Nos 28-30 vemos a maneira que o servo do rei agiu com o seu conservo. Podemos relaciona-la com o texto de Lucas 6:37 Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados;
Dos versículos 32-35 vemos que o servo que havia sido perdoado pelo rei não perdoou o seu conservo, e por isso o rei mandou prende-lo. Assim será a justiça de Deus. Em Lc 6.38 A mesma medida que vocês usarem para medir os outros Deus usará para medir vocês.
7) Ponto (s) de Comparação
Podemos encontrar nos versículos 32-35: assim como o rei condenou o servo que ele mesmo antes havia perdoado, assim será a justiça de Deus no juízo final, na última hora não haverá perdão e nem ranger de dentes por que Deus cumpriu a sua promessa, promessa esta: se de algum perdoar, será perdoado, se condenar será condenado.
8) Lei e Evangelho
Lei: Ocorre quando o rei demonstra sua indignação contra aquele servo e lhe “entregou aos verdugos até que lhe pagasse a dívida” (v.32-34); a Lei também aparece no versículo 35, quando aparece o ponto de comparação com o reino de Deus.
Evangelho: Pode ser observado no início da parábola, quando o rei “compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou a dívida” (v.27)
De uma maneira geral, a parábola nos mostra que Deus tem compaixão de nós, e que devemos pedir perdão a Deus e confiarmos na sua Graça. Porém, também vemos nesta parábola a ira de um Deus justo.
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