MISSÃO CUMPRIDA
Missão cumprida! Esta frase é comum em se tratando de uma tarefa encerrada ou de uma pendência que não existe mais. É também dita por aqueles que já são idosos, quando fazem uma análise de sua vida até então. O mesmo se dá em relação à nossa salvação que já chegou através de Jesus Cristo. Temos o privilégio de termos sido alcançados com esta mensagem e podemos ter a certeza de que quando Deus quiser nos levar deste mundo, ele estará de braços abertos nos recebendo, lá no céu. Muitos ainda não confiam em Jesus. Têm seus olhos vendados e não querem ver a salvação. Fale você também sobre Jesus para estas pessoas.
Oremos: Senhor Deus, há tantos que imaginam um Deus distante de sua realidade e que nada pode fazer. Peço que abras o coração destas pessoas para a mensagem de perdão e vida eterna que Cristo oferece. Em nome de Jesus eu peço. Amém.
MISSÃO CUMPRIDA
Missão cumprida! Esta frase é comum em se tratando de uma tarefa encerrada ou de uma pendência que não existe mais. É também dita por aqueles que já são idosos, quando fazem uma análise de sua vida até então. O mesmo se dá em relação à nossa salvação que já chegou através de Jesus Cristo. Temos o privilégio de termos sido alcançados com esta mensagem e podemos ter a certeza de que quando Deus quiser nos levar deste mundo, ele estará de braços abertos nos recebendo, lá no céu. Muitos ainda não confiam em Jesus. Têm seus olhos vendados e não querem ver a salvação. Fale você também sobre Jesus para estas pessoas.
Oremos: Senhor Deus, há tantos que imaginam um Deus distante de sua realidade e que nada pode fazer. Peço que abras o coração destas pessoas para a mensagem de perdão e vida eterna que Cristo oferece. Em nome de Jesus eu peço. Amém.
OUÇA ESSA RÁDIO
A rádio Sons da Graça é uma rádio cristã (luterana). Você pode ouvi-la através desse blog neste link http://ielbaltoalegre.blogspot.com/p/radio.html ou acessando diretamente o site no link ao vivo: http://www.sonsdagraca.net/
A rádio é um excelente canal para ficar ligado o dia inteiro aí na sua casa, no seu escritório, empresa, etc…
Aproveite esta oportunidade e alimente a fé cristã.
Abraço, Pastor
OUÇA ESSA RÁDIO
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Abraço, Pastor
APRESENTAÇÃO DE NATAL P34
23 de dezembro. Data reservada para apresentação de Natal da linha P34 e apesar da chuva! aliás, muita chuva que caiu naquela noite e a falta de luz também não foi impedimento para apresentarmos a encenação de teatro. Mesmo no escuro ou quase, se não fosse os faróis de um F4000, podemos relembrar o nascimento do Grande que se fez pequeno para dar a salvação a todos.
Segue abaixo as fotos dos ensaios e da apresentação
ENSAIOS DE NATAL
A Natal já passou… As apresentações, as encenações também!
Publicamos as fotos dos ensaios. A foto acima é o pessoal da Comunidade Cristo da linha P34 que ensaiou teatro apresentando o “Natal o Presente de Deus”. Na foto também crianças que falaram poesias e jogral.
Também postamos fotos do Coral Concórdia ensaiando para o Natal
Ensaio de Natal na Comunidade Concórdia de Alto Alegre dos Parecis, Ro
CULTO DE NATAL NA P172
Tivemos na última quinta feira 22 de dezembro o nosso culto na Comunidade da linha P172. Onde relembramos o Nascimento de Jesus, o maior presente de Deus enviado para libertar o povo dos pecados. O Menino Jesus é a luz em meio as trevas.
O coral Concórdia também este presente
NOTA DE FALECIMENTO
É com pesar que noticiamos o falecimento de GUILHERME SCHULTZ, ocorrido na tarde do dia 23 de dezembro, na cidade de Cacoal, Rondônia.
Guiherme Schultz era membro da Comunidade Concódia, sede em Alto Alegre dos Parecis.
Em nome da Paróquia Evangélica Luterana de Alto Alegre dos Parecis, transmitimos nossas condolências aos seus familiares e amigos.
Mais noticias posteriormente.
EM ÓTIMA COMPANHIA
Alguns homens nos campos de Belém receberam um convite especial para passarem a noite do Natal com o menino Jesus, que acabara de nascer. Para estes homens foi uma data muito especial, pois tiveram a oportunidade de conhecer o Menino Jesus, o Salvador de toda a humanidade. Este encontro fez com que eles pudessem voltar aos seus lares encantados e animados. Este convite é feito a você pelo próprio Deus. Ele quer estar na sua vida, no seu Natal e no seu dia a dia. Ele sabe que você precisa da companhia dele, do seu amor e do seu perdão. Aproveite e tenha o melhor Natal da sua vida.
EM ÓTIMA COMPANHIA
Alguns homens nos campos de Belém receberam um convite especial para passarem a noite do Natal com o menino Jesus, que acabara de nascer. Para estes homens foi uma data muito especial, pois tiveram a oportunidade de conhecer o Menino Jesus, o Salvador de toda a humanidade. Este encontro fez com que eles pudessem voltar aos seus lares encantados e animados. Este convite é feito a você pelo próprio Deus. Ele quer estar na sua vida, no seu Natal e no seu dia a dia. Ele sabe que você precisa da companhia dele, do seu amor e do seu perdão. Aproveite e tenha o melhor Natal da sua vida.
CONSELHO DISTRITAL
CORAL CONCÓRDIA DE ALTO ALEGRE DOS PARECIS, RO
Somos o Coral da Comunidade Evangélica Luterana Concórdia, que é filiada à IELB - Igreja Evangélica Luterana do Brasil - e se encontra na Avenida Getúlio Vargas, 2032 (em frente a garagem da prefeitura), em Alto Alegre dos Parecis. Nossa missão é anunciar Cristo Jesus, seu amor, levando seu perdão às pessoas através da música.
Se quiseres, venha um dia nos conhecer pessoalmente! Todas as quintas feiras, a partir das 19:00hs. Exceto no mês de Janeiro, pois, estaremos de férias.
Louvado seja Deus!!
BATIZADO E PROFISSÃO DE FÉ
No último dia 03 de dezembro, tivemos em nossa paróquia, na Comunidade do Bosco, tivemos a oportunidade de usufruir dos Meios da Graça. Fortalecendo-nos com a Palavra e os Sacramentos.
Um dia especial para Helena Santina da Silva, a qual recebeu o Batismo no Deus Triúno e após passar por estudo na doutrina bíblica, também foi recebida como membro desta Paróquia.
Pedimos ao bom Deus que abençoe a Helena, seus pais e padrinhos para que possam sempre viver uma vida cristã. Na obra de amor, na qual pedimos que Deus dê tanto o querer como o realizar!
O NATAL DE VIDA
Uma canção natalina afirma: "Natal é vida que nasce, Natal é Cristo que vem". Que encantadora definição para um período tão rico. E é este Natal que queremos desejar a você através desta mensagem. A palavra de nosso querido Deus faz com que a sua vida renasça na companhia do menino Jesus. Crer na vinda do Salvador Jesus a este mundo faz com que sua vida tenha um significado maior e eterno. O amor e o perdão que Cristo traz ao mundo fazem com que o perdão renasça onde há rancor, o amor renasça onde há ódio e o sorriso renasça onde há tristeza. Festeje este Natal na companhia do Salvador Jesus. Oremos: Muito obrigado, Senhor, por dares a nós o verdadeiro Natal. Que eu possa desfrutar de todo o amor e perdão que o menino Jesus trouxe ao mundo e também à nossa vida. Em teu nome. Amém. Mensagens de Esperança |
O NATAL DE VIDA
Uma canção natalina afirma: "Natal é vida que nasce, Natal é Cristo que vem". Que encantadora definição para um período tão rico. E é este Natal que queremos desejar a você através desta mensagem. A palavra de nosso querido Deus faz com que a sua vida renasça na companhia do menino Jesus. Crer na vinda do Salvador Jesus a este mundo faz com que sua vida tenha um significado maior e eterno. O amor e o perdão que Cristo traz ao mundo fazem com que o perdão renasça onde há rancor, o amor renasça onde há ódio e o sorriso renasça onde há tristeza. Festeje este Natal na companhia do Salvador Jesus. Oremos: Muito obrigado, Senhor, por dares a nós o verdadeiro Natal. Que eu possa desfrutar de todo o amor e perdão que o menino Jesus trouxe ao mundo e também à nossa vida. Em teu nome. Amém. Mensagens de Esperança |
KARL BARTH
- VIDA
Karl Bart nasceu na Basiléia em 10 de maio de 1886. Sua origem suíça é digna de nota: Durante o período nazista, se opôs radicalmente contra Adolfo Hitler, por ter feito isso Barth foi repatriado. Da sua cidade natal, Suíça, herdou varias convicções políticas e sociais: O apego com a democracia, uma tendência ao conservadorismo, a desconfiança em relação aos blocos políticos, uma propensão para a neutralidade (entre Rússia e Estados Unidos).
Filho de pais protestantes recebeu sua educação religiosa inicial na igreja reformada. Seu pai se chamava Fritz Barth, o qual era professor de Teologia, especialista no Novo Testamento, tanto que em 1889 foi convocado a ser catedrático de Novo Testamento e História da Igreja na Universidade de Berna na Suíça.
Seus estudos teológicos, iniciados em sua pátria em 1904, mais precisamente em Berna, foram prosseguidos na vizinha Alemanha, tendo passado nas universidades de Berlin, Marburg e Tubingen. Teve por professores Adolf Schlatter, Adolf Harnack, Wilhelm Herrmann e os “Neokantianos” Hermann Cohen e Paul Natorp. No ano de 1909 terminou o Bacharelado em Teologia.
CAPÍTULO II
PRINCIPAIS OBRAS DE KARL BARTH
Os escritos de Karl Barth podem ser divididos em quarto grupos principais que são: Obras exegéticas, históricas, dogmáticas e políticas.
A) Obras exegéticas: Der Römerbrief, 1922; Erklärung des Pbilipperbriefe (explicação da Epístola aos Filipenses), 1927. Pode-se incluir aqui entre os comentários e as pregações que têm por tema versículo da Sagrada Escritura.
Logo após a primeira guerra mundial (1919) foi publicado o comentário sobre a carta de Paulo aos Romanos de Barth. Nesta obra Barth enfatiza bastante a teologia contemporânea e a tradição que vinha formando desde Scheiermacher, que fundamentava o cristianismo na experiência humana e considerava a fé um elemento na vida de um homem. Ela também foi um protesto para as escolas que tinham transformado a teologia em ciência.[1]
Já em 1922 foi publicada a segunda edição, completamente revisada. Pode-se dizer que a partir daí começou a nova escola que mais tarde foi conhecida como escola dialética.
O homem que mais intimamente colaborou com Barth nesta escola foi Edouard Thurneysen (m. 1888, pastor na Suíça, e mais tarde professor em
CAPITULO III
O MÉTODO DA ANALOGIA DA FÉ
De início Karl Barth usava ou falava de quatro métodos de interpretação da escritura. 1o da filosofia, (podendo ser tanto quanto são as filosofias). 2o um método análogo ao da filosofia. 3o o método da dialética. 4o analogia da fé.
Rompendo com a teologia liberal Barth já começa a entender e interpretar as escrituras de uma forma diferente. Diferenciando entre o bem e o mal, o certo e o errado, o sim e o não, pecado e perdão. Barth considera que o equilíbrio entre os dois momentos se expressa através da analogia da fé. A partir desse momento Barth tem certeza em seu argumento. Pois diz ele que nós usamos as mesmas palavras, como por exemplo: olhos, boca, ser, espírito, etc, usamos elas tanto para criaturas como para Deus.
Karl Barth fala a respeito da analogia do ser – nós por nós mesmos, ou por nosso próprio entendimento não conseguimos entender a natureza de Deus como Senhor, Criador, Reconciliador e Redentor. Mas para isso é necessário que Deus se revele a nós. Podemos chegar ao conhecimento de Deus somente quando a Sua graça nos alcança, a nós e aos instrumentos do nosso pensar e falar, dotando-nos a nós e a eles, perdoando, salvado e protegendo a nós e a eles.
Barth conclui que a Palavra não pode ser conhecida pelo homem, mas apenas reconhecida, e isso na medida em que ela mesma se dá a conhecer e ouvir, nunca a mercê do sujeito “cognosente”,
CAPÍTULO IV
A PALAVRA DE DEUS
Para Barth assim como para Lutero e Calvino, a Palavra tem um significado mais amplo do que Sagrada Escritura. A Palavra de Deus é “todo o conjunto da auto manifestação divina”. Barth dá a Palavra de Deus uma densidade a tal ponto de fazê-la abranger também toda a dimensão ontológica da revelação.
Segundo Barth a auto manifestação de Deus, assume três formas: a revelação, a bíblia, e a pregação.
1. A revelação: é o acontecimento pelo qual Deus visitou o seu povo, tornou-se um de nós, escondendo sua glória em nossa miséria. Diz que isso acontece na revelação de Cristo.
2. A bíblia: é o atestado da revelação da Palavra ocorrida. Ela é o instrumento concreto mediante o qual a igreja pode recordar a revelação de Deus ocorrida e ser solicitada, autorizada e guiada para a espera da revelação futura.
3. A pregação: é o anuncio da revelação que é feito pela igreja. A igreja se subordina a Palavra de Deus, a sua revelação.
Como Deus, também a sua Palavra conserva tal infabilidade que nenhuma mente de teólogo jamais conseguirá sequer arranhar. E aqui Barth aplica a Deus uma série de atributos que a teologia clássica habitualmente reserva a Deus: simplicidade, invisibilidade, imaturidade, espiritualidade, transcendência.[2]
CAPÍTULO V
BARTH E O PONTO DE VISTA DE CRISTO
Muitas vezes a teologia Barthiana é chamada de Cristocêntrica.
Para Barth “Jesus Cristo é a única palavra de Deus que chama o homem, como homem, à vida, transferindo-o para o reino da vida e da liberdade diante de Deus e em Deus”.[3] A função primaria da Palavra de Deus é falar de Deus falando de Jesus Cristo como sua palavra criadora, redentora, e reveladora, isto é falando da humanidade de Deus.
Quanto a Criação e eleição do homem Barth diz: Cristo é protótipo pelo qual o homem foi modelado; Cristo é, ainda, o primeiro dos eleitos e predestinados, que tornou possível a nossa eleição e a nossa predestinação. Á no amor de Deus por Cristo, seu filho, que devia tornar-se homem e portador dos pecados dos homens, Deus amou o homem e, com o homem, todo mundo desde a eternidade, antes ainda de criá-los.[4]
A obra de Mondin também dá a entender de que a posição de Barth quanto morte e ressurreição foi mérito seu, como se Cristo estivesse ocupando-se da natureza divina no momento de sua ressurreição. Mas sabemos que Cristo possuía a natureza divina, mas não a ocupou, ocupando-se somente de sua natureza humana foi ressuscitado por Deus ao terceiro dia.
Na cristologia, Barth tende excessivamente reduzir a parte de humanidade na pessoa e na ação
[1] Hágglund, Bengt. História da Teologia. p 343.
[2] Mondin, Batista. Os grandes teólogos do século vinte. p 38.
[3] Mondin, Batista. Os grandes teólogos do século vinte. p 41.
[4] Idem. p 42.
MATEUS 18, CREDOR INCOMPASSIVO
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASILDisciplina: Princípios de Interpretação Bíblica Professor: Vilson Scholz Aluno: Samuel Fuhrmann |
Mt 18. 23-35: A Parábola do Credor Incompassivo
1. Segmentação
Para uma melhor compreensão do texto seria importante fazer uma leitura a partir do versículo 21, onde vemos o contexto em que a parábola foi contada. Pedro faz perguntas a Jesus a respeito do perdão (v. 21), então Jesus lhe dá a resposta e começa contar a parábola.
Cena I - versículos 21 e 22: Jesus conversando com Pedro;
Cena II – v. 23-27: O rei iria vender o servo para pagar a dívida, que este, não podia o pagar. Porém, o servo clamou por misericórdia, e o rei perdoou-lhe a dívida;
Cena III – v. 28-30: O servo recém perdoado pelo rei, lançou o seu conservo na prisão, pois este não tinha dinheiro para lhe pagar o que lhe devia;b
Cena IV - v. 31: Os outros empregados contam tudo para rei;
Cena V – v. 32-34: O rei fica indignado, pois aquele servo, que após ter sido perdoado, não perdoou um conservo que lhe devia.
Cena VI - v. 35: A conclusão das palavras de Jesus.
2. Textura
Jesus contou a Pedro e aos discípulos esta parábola para esclarecer o verdadeiro sentido do perdão.
Alguns aspectos que chamam a atenção: O servo perdoado pelo rei, não agradece e nem se oferece para outra forma de pagamento da dívida (v.27); A crueldade do servo para com o seu conservo (v. 28,30);
Alguns pontos que apresentam certo exagero: A quantia do débito (10 mil talentos, v.24) do servo para com o rei é deliberadamente vista como um exagero, em comparação com a segunda dívida mencionada (100 denários, v.28); Quando Jesus responde a Pedro sobre quantas vezes se deve perdoar, ele afirma que se deve perdoar setenta vezes sete, para mostrar que sempre devemos perdoar.
3. Por que Parábola?
Porque o texto apresenta os seguintes aspectos:
Economia de personagens: no máximo três (cena V); Aparecem pontos de comparação; Personagens secundários aparecem apenas por necessidade (v.31); O mais importante está no fim (v.35); O relato é comparado com o Reino de Deus.
4) Contexto Literário
Quando Jesus contou a presente parábola, ele estava na cidade de cafarnaum falando aos discípulos. Após contar a parábola da ovelha perdida (Mt 18.10), Jesus falou sobre a maneia como se devia tratar um irmão culpado (Mt 18.15-17). Depois, no versículo 21, Pedro pergunta a Jesus sobre quantas vezes se deve perdoar um irmão que peca contra nós. E então, Jesus passa a ensinar sobre o Reino de Deus através da parábola do Credor Incompassivo, que trata do perdão.
5) contexto Cultural e Histórico
Para o ensino judaico, era suficiente perdoar alguém por três vezes, por isso, a pergunta de Pedro.
Os servos da parábola eram oficias de alta posição a serviço do imperador, os quais muitas vezes tomavam altas quantias emprestadas do tesouro imperial.
6) Intertextualidade
Nos 28-30 vamos a maneira que o servo do rei agiu com o seu conservo. Com esta passagem é importante mencionar o texto de Mt 7.1: “Não julgueis para que não sejais julgados” (ARA).
Dos versículos 32-35 vemos que o servo que havia sido perdoado pelo rei não perdoou o seu conservo, e por isso o rei mandou prende-lo. Assim Deus fará se não perdoarmos os nossos irmãos (v.35). Da mesma forma Jesus nos fala em Mt 7.2: “Porque Deus julgará vocês do mesmo modo que vocês julgarem os outros [...]” (NTLH).
7) Ponto (s) de Comparação
O ponto de comparação podemos encontrar nos versículos 32-35: Assim como o rei infligiu o castigo ao servo, Assim também Deus cancela o seu perdão àqueles que não perdoam seus semelhantes.
5) Lei e Evangelho
Lei: Ocorre quando o rei demonstra sua indignação contra aquele servo e lhe “entregou aos verdugos até que lhe pagasse a dívida” (v.32-34); a Lei também aparece no versículo 35, quando aparece o ponto de comparação com o reino de Deus.
Evangelho: Pode ser observado no início da parábola, quando o rei “compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou a dívida” (v.27)
De uma maneira geral, a parábola nos mostra que Deus tem compaixão de nós, e que devemos pedir perdão a Deus e confiarmos na sua Graça. Porém, também vemos nesta parábola a ira de um Deus justo.
MATEUS 18.23-35
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
Disciplina: Princípios de Interpretação Bíblica
Professor: Vilson Scholz
Acadêmico: Eleandro Gretschmann
Data: 06-06-05
TRABALHO EXEGETICO DE PIB
Mt 18. 23-35
- Segmentação:
Cena 1 - O rei leva um de seus servos ao julgamento. Este servo suplica para que o rei tenha misericórdia e paciência que ele iria lhe pagar, porem o rei vais e lhe perdoa toda sua divida.
Cena 2 – Este servo, porém, ao encontrar seu próximo, não lhe perdoou de sua pequena divida e o lança na prisão para que o mesmo pague sua divida.
Cena 3 – O rei que antes o perdoara de sua dívida, agora o encarrega de pagar sua divida, indo ele a trabalhar para os verdugos.
- Textura:
No determinado texto notamos o elemento que atua como base para uma explicação moral e religiosa de Jesus, o dinheiro, podemos destacar que se tratava de uma divida em talentos. O primeiro sevo devia grande quantidade de dinheiro para o rei, cerca de dez mil talentos, que após a suplica do servo o rei veio a lhe perdoar. No entanto este servo que foi perdoado de sua divida, encontrando um próximo que lhe devia apenas cem talentos, lançou-o na prisão a fim de que este viesse a pagar.
- Porque parábola?
Porque com essa “parábola”, Jesus quer comparar, da forma como agiu o rei, para com seu servo, assim agirá o nosso pai do céu com relação a nós. Se cairmos em consentimento e lhe suplicarmos que perdoes a nossa divida, mesmo sendo ela imensa ele será fiel, a sua promessa, e nos perdoará. Porém se nós, agirmos de forma a não perdoar a divida do nosso irmão em suas pequenas dividas (aqui não se trata unicamente dinheiro). Deus também não irá nos perdoar, mas fará com que nós pagamos os nossos erros, na condenação eterna. Trata-se aqui de uma parábola no seu sentido estrito.
- Contexto literário (moldura):
Jesus aplica esta parábola quando Pedro o interroga da seguinte forma, “quantas vezes se deve perdoar a um irmão?” e Jesus lhe responde: “Setenta vezes sete”, ou seja, sempre, e para a melhor compreensão da sua resposta, Jesus lhe expõe esta parábola.
- Contexto histórico e cultural?
A parábola nos conta que se tratava de uma divida, a qual devia ser paga em talentos, na época um talento correspondia ao valor pago por um dia de trabalho. Podemos notar então, quão ingrato foi aquele servo, pois ao lhe perdoar da divida, o rei não o obrigou a trabalhar cerca de dez mil dias de serviço para que este quitasse sua divida, porém o mesmo ao encontrar seu irmão que lhe devia apenas cem talentos, fez com que este pagasse pondo-o no trabalho. Consequentemente o rei o enviou para os verdugos, estes que aplicavam dura cervis para que o próximo pagasse sua divida.
- Intertextualidade:
O texto não faz menção com algum texto do antigo testamento, porém da continuidade ao tema do perdão, abordado em Mt 18.21-22.
- Pontos de comparação:
Na parábola, Jesus compara o rei como sendo Deus, em seu juízo. Os servos sendo nós, e a divida são nossos pecados, que conforme nós agirmos para com nosso próximo da mesma forma Deus agirá conosco.
- Lei e Evangelho:
Notamos que o que prevaleceu nesta parábola é a lei, pois conforme vimos, da mesma forma que o sevo não veio a perdoar o seu irmão assim o rei também veio a não perdoa-lo, porém a boa noticia que temos, que é anunciado através do evangelho, é o perdão, que primeiramente o rei teve com seu servo, assim da mesma forma Deus irá ter para conosco.
RECENSÃO: ADORAÇÃO NA IGREJA PRIMITIVA
RECENSÃO DO LIVRO ADORAÇÃO NA IGREJA PRIMITIVA
No inicio falarei um pouco sobre o autor Martin P. Ralph, e sua obra “adoração na igreja primitiva”, lançada em 1982, pela sociedade religiosa e edições vida nova. Destacarei um pouco sobre o enfoque e sobre a adoração na igreja primitiva.
Martin P. Ralph é catedrático de Novo Testamento no seminário Fuller na Pasadena em Califórnia. Mediante muitos estudos graduou-se como Ph.D. pela Universidade de Londres e é autor de numerosos livros e artigos, entre eles o livro ”Adoração na igreja primitiva”.
Este livro, lançado em 1982 pela sociedade religiosa edições vida nova, possui um grande enfoque na cultura primitiva que adorava Deus e a obra salvífica através de Jesus Cristo. Ele nos traz o modo de como a comunidade no tempo apostólico adorava na igreja, exemplificando o verdadeiro significado do termo adorar que é um ato especial de louvor.
Martin trata neste livro alguma revelação do Deus vivo para salvar o seu povo. Martin revela que Deus é Deus de amor, único, paciente, Todo-Poderoso e misericordioso. Martin diz que adoração cristã é a mistura feliz de oferecer à Deus, nosso criador e redentor mediante Jesus Cristo, não somente aquilo que lhe devemos, mas também aquilo que desejamos dar-lhe.
Jesus Cristo mostra uma atitude diferente aos costumes judaicos. Revela que a construção de um templo é plano secundário e a mensagem do Evangelho supera qualquer lei referente aos costumes de purificação, tais como o jejum, sábados, etc., ou seja, costumes judaicos.
Costumes de adoração na igreja primitiva
As orações eram feitas individual e coletivas, ou seja, orava-se pela igreja e pessoas como também para si próprio. Jesus deixou orações registradas nos evangelhos que servem como modelo. Há registro no uso de palavras usadas nas orações, tais como maranatha que é parecido com o nosso atual amém.
Os cânticos não eram uma novidade naquela época, pois o povo do Antigo Testamento louvavam a Deus com hinos, e a igreja primitiva herdou esta forma de louvor. Assim temos vários registros de hinos, por exemplos os salmos, Lucas 1.68-79 que é chamado o Benedictus. É importante notar que o tema que soava nos hinos do Novo Testamento é a certeza de que Cristo é vencedor de todos os inimigos do homem e é adorado, com toda a razão, como a imagem de Deus que está acima de tudo.
As confissões são um resultado da fé que surgiu mediante a pregação do evangelho. Confessar que Jesus é o Senhor é crer na salvação que recebemos do Senhor, com isso muitos foram martirizados. Nem sempre a palavra de Deus foi aceita, mas entre os judeus era dedicado o tempo nobre para ouvir a mensagem divina.
Paulo deixa claro que a coleta era para manter a igreja. Cada um podia dar o que fosse de livre vontade para contribuir na edificação da igreja. A dádiva é santificada e a adoração é concretizada à medida que o fruto do nosso trabalho é trazido e oferecido. Paulo diz que a oferta deve ser feita de coração para que ninguém se glorie. A oferta entregue com motivos de glória pessoal era um ameaça contra o Deus Eterno.
Martin trata também sobre a importância do batismo para o cristão, pois é uma forma visível de fé para a igreja e para ser reconhecido como filho regenerado diante de Deus. O batismo não nem um rito humano, mas baseia-se na autoridade do próprio Jesus Cristo. Desta forma, deve-se batizar em nome de Jesus Cristo, pois só Nele é que se deve depositar a fé.
A morte e a ressurreição de Jesus Cristo é o cumprimento da obra divina de salvar o homem dos seus pecados. Podemos perceber em relatos bíblicos que houve muita preparação antes desse acontecimento. A celebração da páscoa e todo o cenário têm referencia ao Êxodo no Antigo Testamento, sendo Jesus o cordeiro que tira o pecado do mundo. A Ceia do Senhor foi um momento especial, o fermento que está ausente no pão significa o mal. Assim devemos lembra de Jesus Cristo que teve sua vida pura e nos chama para fazermos parte dela.
O pão e o vinho instituídos para Paulo, são os portadores da presença de Cristo, portanto, a Ceia deve ser feita em nome de Jesus Cristo.
ADORAÇÃO NA IGREJA PRIMITIVA
Disciplina: Culto e Música no Contexto Cristão Professor: Paulo G. Pietzsch Aluno: Leocir Maderi Dalman Data: 17/ 06/ 2005 |
RECENSÃO ADORAÇÃO NA IGREJA PRIMITIVA
O autor inicia colocando que, nós pertencemos a Deus, para, e somente a Ele render culto, e por Ele ser reconhecido como filhos dEle, desde que o mundo existe Deus nos reconhece como propriedade dEle e assim ser santificado, pertencer a sua glória.
A definição de adoração segundo o autor é atribuir a Deus uma autoridade suprema que igual ninguém pode alcançar. Porque somente Ele é digno de recebê-lo e nós somos dEle, afinal quem nos criou foi ninguém mais que Ele próprio, como prova concreta temos os textos bíblicos e isso podem ser contradito mais jamais provado a não veracidade da mesma. E esta adoração vem do próprio Deus, Ele é quem decide a forma que o devemos adorá-lo. Todos os nossos atos passa pela mão de Deus, mesmo quando praticamos o mal, não que Deus aceita o mal, mas o permite, para de certa forma que acheguemos a Ele.
A primeira comunidade cristã em Jerusalém começou sua existência como grupo dentro do arcabouço da fé judaica ancestral. Pelo menos é o que o autor relata.
A adoração de Jesus na sinagoga era em ar livre, e também onde várias vezes pregou ao público, e era habito dEle orar e adorar ali nos sábados.
O autor menciona dois tipos de oração que eram exercidas como ensino, e como exemplo para a Igreja do Novo Testamento, segundo ele existia a adoração particular, a qual a pessoa falava diretamente com Deus. Como exemplo cita ele o sermão do monte, as parábolas de Jesus sobre orações, etc.
E a outra é a oração do próprio Jesus, que são testemunho convincente à realidade e ao poder da oração, e igualmente um guia e inspiração para nós hoje em nossa vida de oração. Mas também há a oração coletiva em que a comunidade, expressa vocalmente, seja em forma de louvor ou de súplica.
Nos hinos de ações de graças da comunidade de Cunrã, a linguagem é a gratidão de um indivíduo a Deus por suas misericórdias, por isso que a maioria dos hinos começavam com palavras do tipo: graças te dou, dou graças a ti Senhor, e assim por diante. No século II, o historiador romano Plínio nos conta acerca dos cristãos na Bitínia que cantavam um hino a Cristo como Deus. Com base nisso, pode se dizer que reconstruía a Igreja do novo Testamento. Nos tempos do Novo Testamento, um corpo de doutrina distintiva era conservado como depósito sagrado da parte de Deus.
O elemento principal na adoração praticada na Sinagoga era a leitura e a exposição da lei. A lei era lida inicialmente no original hebraico, e em seguidas em paráfrases aramaicas, denominadas Targuns, que seguia uma homilia.
Nos capítulos finais do livro, o autor nos mostra de maneira clara e objetiva, que a morte de Cristo foi o Sacrifício perfeito. Através de sua obra, Ele cumpriu com todas as exigências de culto no tabernáculo. Contudo, Jesus Cristo é o redentor prometido no Antigo Testamento.
Cristo é a Vítima Perfeita, sem nenhum pecado. Assim como o animal sem defeito que era oferecido em sacrifício, holocausto.
De uma forma geral, esta obra nos mostra a revelação da graça de Deus a Israel. Deus ensina ao povo, como este deve lhe render culto e como receber perdão pelos seus pecados.
Também é mostrada a ação completa de Deus para nossa salvação. Foi Ele que estabeleceu a forma de culto, a expiação e a redenção.
Toda a forma de culto estabelecida em Levítico apontava para Cristo, no qual também se cumpriu todos os deveres, de ofertas, holocaustos e sacrifícios. Com isso, Cristo trouxe a remissão de todos os nossos pecados.
ESBOÇOS
TIAGO.
Nome, autor e data.
O nome da carta é o nome de seu autor, um dentre os diversos "Tiagos" do NT. Este era, Possivelmente, irmão de Jesus (Mc 6.3) e líder da Igreja em Jerusalém (At 15.13;GI 2.9). Tiago morreu em 62 A.D, data limite para a escrita da carta. Alguns estudiosos consideram-na como um dos primeiros escritos do NT, escrita antes de 50 A.D
Esboço
I. Saudação - Tg 1.1
2. Características da verdadeira religião - Tg 1.2-27
3. Características da verdadeira fé - Tg 2.1-3.12
4. Características da verdadeira sabedoria - Tg 3.13-5.11
5. Juramento, oração e a busca dos que erraram - Tg 5.12-20
Conteúdo
Tiago mostra a fé em ação. É um escrito essencialmente prático. Parece ter sido escrito para corrigir determinadas tendências erradas no comportamento dos cristãos (referentes à atitude diante da riqueza material, à maneira de falar, juramentos, oração,. etc.). Tiago pode ser vista como "um manual de conduta cristã, o qual pressupõe um alicerce de fé por parte de seus leitores" (R.H. Gundry).
Um dos pontos que tem gerado maiores controvérsias quanto a Tiago é sua maneira de expressar o valor das boas obras, especialmente em 2.14-26. À primeira vista, parece haver uma contradição em relação às constantes afirmações de Paulo, de que é só a fé que salva, e não as obras. Na verdade, não há nenhuma contradição. Paulo mostra como se dá a justificação do pecador diante de Deus, isto é, através da fé em Jesus. Tiago fala das boas obras como sendo a evidência externa, perante os homens, de que a justificação é verdadeira. Mesmo Paulo, em muitos locais, deixou claro que a fé sempre é acompanhada de boas obras (senão não é fé verdadeira); mas é somente a fé em Cristo (e não as obras) que justifica o pecador.
IV. Textos para lembrar
Tg 1.2-4 - o valor das provações da fé.
Tg 1.17.18 - a origem de todo o bem.
Tg 1.21.22 - como receber a Palavra de Deus.
Tg 2.1 - não pode haver acepção de pessoas na Igreja. Tg 2.14-18 - fé e obras.
Tg 3.1-12 - como falar (o uso da língua).
Tg 5.13-16 - atitude com os doentes.
Tg 5.19.20 - tratando com o irmão que pecou.
1 PEDRO
Nome, autor e data.
A Epístola traz o nome de seu escritor, o discípulo Pedro. Escreveu a cristãos espalhados pelo mundo inteiro (1. 1). por volta de 63 A.D. (visto que Pedro foi morto em 64 AD, por ordem do imperador romano Nero).
Esboço
Saudação - I Pe 1. 1,2
A herança celeste e as responsabilidades decorrentes - I Pe 1.3-2.10
Os relacionamentos dos cristãos - I Pe 2.11-3.12
O sofrimento e serviço do cristão - I Pe 3.13-4.19
Exortação à humildade - I Pe 5.1-11
Conclusão I Pe 5.12-14
Conteúdo
Os leitores de Pedro estavam passando por perseguições devido à fé em Cristo. Tais perseguições aconteciam na forma de acusações caluniosas, desprezo e levantes populares contra os cristãos. Esta carta mostra, antes de mais nada, que os sofrimentos por causa da fé devem ser esperados, visto o cristão viver em um mundo que não compartilha da mesma confiança em Cristo: Por outro lado. Pedro exorta aos seus leitores a que aproveitem este tempo de perseguição para darem um bom testemunho, em palavras e atos.
I Pedro enfatiza o consolo que podemos ter mesmo em momentos de aflição, por podermos ter a certeza do amor de Deus e da salvação, que não é obra nossa, mas é realização de Deus, em sua graça. Isto nos dá forças para que não nos desesperemos, mas aproveitemos as oportunidades para viver cristãmente. Com nossos atos podemos abrir portas para um testemunho com palavras. Por isso mesmo, é importante sempre estarmos preparados para dizer o porquê da nossa esperança.
IV. Textos para lembrar
I Pe 1.5 - nossa salvação não depende de nós, mas é mantida por Deus.
I Pe 1.18.19 - nosso resgate, pelo mais alto preço pago.
I Pe 2.9 - somos povo de Deus e proclamamos Suas virtudes.
I Pe 3.15 - sempre preparados para falar sobre a nossa esperança.
I Pe 3.18.19 - Cristo desceu ao inferno.
I Pe 3.21 - o valor do Batismo.
I Pe 5.6.7 - humilhação e confiança em Deus.
2 PEDRO
1. Nome, autor e data.
O apóstolo Pedro escreveu esta carta aos mesmos leitores de sua primeira carta (2Pe 3.1), provavelmente pouco depois da primeira (entre 63 e 64 A.D.).
Esboço
1. Saudação - 2 Pe 1.1,2
2. O verdadeiro conhecimento - 2 Pe 1.3-21
3. O conhecimento falso (os falsos mestres) 2 Pe 2.1-22 .
4. A volta de Cristo e o fim do mundo - 2 Pe 3.1-13
5. Exortação final - 2 Pe 3.14 -18
Conteúdo
A Segunda Epístola de Pedro mostra que a fé cristã é o verdadeiro conhecimento, em contraste com o falso conhecimento, propagado pelos falsos mestres. Havia o problema na Igreja de que falsos mestres estavam se introduzindo, não somente com o ensino de doutrina errada, mas com um modo de vida desregrado, desconsiderando a ética - O principal problema era que estes falsos mestres negavam a obra redentora de Cristo. Negavam também a volta de Cristo para o juízo, zombando da esperança cristã.
Pedro enfatiza a verdade da fé cristã, com base no testemunho ocular daqueles que estavam com Cristo e no fato de que as Escrituras não são palavras humanas, mas fruto da inspiração de Deus. Os falsos mestres, em contraste, baseavam seu ensino na malícia e na perversão dos Escritos bíblicos. Dois temas são particularmente importantes em 2 Pedro:
I) o testemunho sobre a Escritura Sagrada, que foi inspirada pelo Espírito Santo nas controvérsias com falsos mestres, ela são a base e fonte do verdadeiro conhecimento;
2) o retorno de Cristo e a conseqüente destruição do mundo presente e a criação de novos céus e nova terra – motivo de zombaria para os descrentes, mas de exortação a uma vida pura para os cristãos.
IV. Textos para lembrar
2 Pe 1.5-7 - o que acompanha a fé.
2 Pe 1.16-18 - a manifestação da glória de Cristo na Transfiguração.
2 Pe 1.20.21 - As Escrituras não são fruto de interpretação humana.
2 Pe 2.1 - os falsos profetas
2 Pe 3.8.9 - Por que demora a "chegada" de Cristo?
2 Pe 3.18 - uma exortação importante e sempre atual.
1 JOÃO
Nome, autor e data.
Esta é a primeira das três Epístolas (cartas) que o apóstolo João (o mesmo que escreveu o Evangelho e Apocalipse) escreveu. A data é provavelmente por volta de 95 A.D. João escreveu estas cartas quando já era bastante idoso. Morava na cidade de Éfeso, na Ásia Menor, onde servia como um "supervisor" do trabalho pastoral nas diversas Congregações.
Esboço.
I. Prólogo: Comunhão na fé em Cristo - I Jo 1.1-4
2. O caminhar na luz da conduta cristã, no amor e na fé - I Jo 1.5-2.29
3. O habitar no amor - I Jo 3.1-4.21
4. O exercício da fé - I Jo 5.1-12
5. Conclusão: A certeza da vida eterna em Cristo - I Jo 5.13-21
Conteúdo.
Na época em que João escreveu esta carta, a Igreja estava sendo ameaça da por um movimento religioso chamado Gnosticismo. Era uma doutrina com alguns elementos do cristianismo, mas principalmente dirigida pelo pensamento grego. O Gnosticismo dizia que a matéria é má. Assim um dos pontos que o separou da fé cristã era o fato que os gnósticos negavam a encarnação de Jesus e a ressurreição. Diziam que Cristo apenas pareceu ser humano.
João escreve para alertar seus leitores contra a heresia gnóstica, mostrando a eles alguns critérios para verificar quem eram os falsos mestres. Estes critérios também servem para mostrar a manifestação da fé verdadeira: vida reta, amor fraternal e a confissão de que Jesus é o Filho de Deus que se encarnou para nos salvar. João, em sua carta, quer fortalecer os seus leitores no conhecimento, na alegria e na certeza da fé cristã, para que não se deixem levar pela pregação dos falsos profetas ("anticristos") e para que vivam uma vida cristã genuína.
Textos para lembrar.
I Jo 1.1-3 - A nossa comunhão em Cristo.
1 Jo 1.7b - "O sangue de Jesus. Seu Filho. nos purifica de todo o pecado".
I Jo 1.9 - “Se confessarmos os nossos pecados. Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”.
1 Jo 2.1.2 - Cristo, o nosso Advogado junto ao Pai, cobre os pecados do mundo
1J 2.18.19 - os anticristos, que saíram do meio da Igreja - estavam lá, mas não faziam parte.
1 J 3.15 "Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino".
1 J 4.1 Ponhamos à prova os que ensinam a palavra, para verificar se não são falsos profetas.
1 J 4.7-21- o amor de Deus por nós, refletido em nosso amor, uns pelos outros.
1 Jo 5.20 - "Jesus Cristo - este é o verdadeiro Deus e a vida eterna."
2 e 3 JOÃO.
I. Nome, autor e data.
O apóstolo João é considerado o escritor de ambas as cartas, apesar de que ele não se identifica pelo nome, mas se autodenomina "o presbítero", possivelmente uma referência à sua idade (presbítero = ancião) e função como apóstolo. Foram escritas, ao que parece, por volta de 95 A.D.
Esboço.
2 João.
I. Saudação - 2 Jo 1-3
2. O andar na verdade, pelo amor - 2 Jo 4-6
3. Como tratar os falsos mestres - 2 Jo 7-11
4 Conclusão - 2 Jo 12.13
3 João.
1. Saudação - 3 Jo 1
2. Elogio a Gaio pela sua hospitalidade - 3 Jo 2-8
3. Admoestação a Diótrefes, pela arrogância e falta de amor. 3 J 9-11.
4. Elogio a Demétrio - 3 Jo 12
5. Conclusão - 3 Jo 13-15
Conteúdo.
Estas duas epístolas, os dois menores livros da Bíblia, trazem em comum, além do autor, a preocupação com um tema prático, mas com implicações teológicas sérias. Ambas falam de hospitalidade. Em 2 João, o apóstolo se dirige "à senhora eleita" (provavelmente uma referência a uma Congregação local), exortando ao amor fraternal mas alertando contra o receber falsos profetas em casa. Recebê-Ios seria abrir-lhes a porta para a mensagem falsa que traziam. É um alerta sério para os cristãos em todos os tempos, para que não se deixem levar por doutrinas anticristãs.
Em 3 João o caso se inverte. João elogia a Gaio, para quem a carta é dirigida, por ele acolher os "irmãos". Estes eram, ao que parece, pregadores da palavra, enviados por João. O apóstolo também critica a atitude de um líder da Igreja local que, em uma atitude de prepotência e falta de amor, recusava-se a aceitar que tais irmãos fossem recebidos. A hospitalidade para com os que vêm na mesma fé, particularmente para proclamar esta fé, é marca do amor cristão.
JUDAS.
Nome, autor e data.
Judas era irmão de Tiago (v. I), ao que tudo indica irmão de Jesus (Me 6.3), escrito provavelmente por volta de 65 A.D.
Esboço:
Saudação - J d 1.2
Falsos mestres na Igreja - Jd 3-16
Conselho aos crentes - Jd 17-23
Benção final J 24-25.
Conteúdo.
Judas pretendia escrever um tratado doutrinário (v. 3), mas viu-se na necessidade de tratar da questão dos falsos mestres, que estavam se introduzindo na Igreja. Sua carta é um aviso importante sobre como estes falsos mestres têm-se manifestado na história, como Deus lhes têm prometido juízo. É também uma exortação para que a Igreja não se deixe enredar pelos falsos ensinos.
Uma curiosidade nesta carta é o uso de escritos apócrifos (I Enoque e Assunção de Moisés). Isso não implica que estes escritos sejam inspirados, mas que trazem alguma verdade, que pode ser citada pelo autor bíblico.
APOCALIPSE.
Nome, autor e data.
O apóstolo João escreveu Apocalipse (que significa: Revelação, desvendamento) por volta do ano 95 A.D, quando estava exilado na ilha de Patmos, perto da Ásia Menor.
Esboço.
1. Introdução - Ap 1.1-5.14
2. A profecia - As coisas que hão de acontecer antes do fim - Ap 6.1-16.21
3. O fim - a vitória gloriosa de Cristo e o julgamento do mal - Ap 17.1-22.21
Conteúdo.
O Apocalipse é o livro que mostra a vitória final de Cristo contra as forças do mal. Popularmente o Apocalipse é considerado um livro que trata do fim do mundo. De fato, este é um tema importante no livro. Mas não é o único. É um "desvendamento'" (revelação) das coisas que acontecerão, na história da Igreja cristã, na volta de Cristo para o Julgamento Final e na vida gloriosa nos céus. A história relatada pelo Apocalipse vai desde a vitória de Cristo, com Sua missão no mundo e sua Ascensão, até os novos Céus e nova Terra (a eternidade).
As pessoas muitas vezes reagem com espírito especulativo (curiosidade) ou com terror diante da mensagem do Apocalipse. Nenhuma destas deveria ser a reação do cristão. Este livro traz o consolo mais seguro para a Igreja que vive neste mundo, em meio a perseguições, tentações e pecado. O objetivo do Apocalipse não é levar-nos a satisfazer a nossa curiosidade quanto ao fim do mundo, nem nos conduzir ao medo. Seu propósito é assegurar-nos da vitória final que temos em Cristo.
Um dos fatores que dificultam o entendimento do Apocalipse é que o livro usa de uma linguagem simbólica. Cores, figuras e números não devem ser interpretados literalmente, mas representam algo. O significado destes deve ser buscado tendo em vista o uso dos símbolos no restante da Escritura, especialmente nos profetas do Antigo Testamento.
Textos para lembrar.
Ap 2.10 - "Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida".
Ap 3.10 - a promessa de Cristo de guarda-nos firmes na hora da provação.
Ap 3.19 - a repreensão de Deus visa o arrependimento.
Ap 5 - "Digno és, ó Cordeiro ..." - Jesus abre o livro selado, o livro dos destinos do mundo.
Ap 21.1 - o "novo céu e nova terra".
Ap 21. -t. - não haverá mais morte, nem dor, nem nenhuma lamentação.
Ap 22.20 - "Certamente venho sem demora. Amém. Vem. Senhor Jesus.”.
CREDOR INCOMPASSIVO
Interpretação bíblica
1- segmentação: antes da parábola Pedro um dos doze apóstolo de Jesus pergunta; mestre até quantas vezes devo perdoar meu irmão, até sete vezes, Jesus lhe responde não sete mais setenta vezes sete, dito isto Jesus conta-lhes uma parábola.
Cena 1= (23-27) o ajustamento de contas, o primeiro que lhe devia 10 mil talentos, não tendo como pagar a divida é perdoada.
Cena 2= (28-30) foi perdoado, mas não soube perdoar. Foi implorado, mas não teve compaixão. Em vez de fazer o bem preferiu fazer o mal a seu próximo.
Cena 3= (31) mas por ter recebido o bem e praticado o mal, foi denunciado.
Cena 4= (32-34) recebeste o perdão, mas não retribuíste com o mesmo. Recebera o castigo eterno.
Cena 5= (35) Assim é Deus perdoara os justos e condenara os ímpios.
2 Textura: Jesus contou a Pedro e aos discípulos esta parábola para esclarecer o verdadeiro sentido do perdão.
Alguns aspectos que chamam a atenção: O servo perdoado pelo rei, não se compadece de seu servo que lhe devia uma quantia, ao invés disto preferiu condena-lo em vez de perdoá-lo igualmente antes havia recebido (v.27); A crueldade do servo para com o seu conservo (v. 28-30);
Alguns exageros: A quantia do débito (10 mil talentos, v.24) do servo para com o rei é vista como um exagero, em comparação com a segunda dívida mencionada (100 denários, v.28); Quando Pedro pergunta a Jesus quantas vezes se deve perdoar um irmão, Jesus afirma setenta vezes sete, ou seja, perdoar sempre.
3 por que parábola? Porque o texto apresenta os seguintes aspectos:
Trás no máximo três personagem (V 34); Personagens secundários aparecem apenas v.31; Mas o mais importante está no v.35, onde esta parábola é comparado com o juízo final.
4) Contexto Literário
Jesus estava na cidade de Cafarnaum juntamente com os doze apóstolo e ensinavam por meios de parábolas e uma delas foi a parábola do credor incompassivo, esta fala dos que não sabem perdoar ou retribuir com o mesmo ou melhor recebido que é o perdão.
5) contexto Cultural e Histórico
Para o ensino judaico, era suficiente perdoar alguém por três vezes, por isso, a pergunta de Pedro.
Os servos da parábola eram oficias de alta posição a serviço do imperador, os quais muitas vezes tomavam altas quantias emprestadas do tesouro imperial.
6) Intertextualidade
Nos 28-30 vemos a maneira que o servo do rei agiu com o seu conservo. Podemos relaciona-la com o texto de Lucas 6:37 Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados;
Dos versículos 32-35 vemos que o servo que havia sido perdoado pelo rei não perdoou o seu conservo, e por isso o rei mandou prende-lo. Assim será a justiça de Deus. Em Lc 6.38 A mesma medida que vocês usarem para medir os outros Deus usará para medir vocês.
7) Ponto (s) de Comparação
Podemos encontrar nos versículos 32-35: assim como o rei condenou o servo que ele mesmo antes havia perdoado, assim será a justiça de Deus no juízo final, na última hora não haverá perdão e nem ranger de dentes por que Deus cumpriu a sua promessa, promessa esta: se de algum perdoar, será perdoado, se condenar será condenado.
8) Lei e Evangelho
Lei: Ocorre quando o rei demonstra sua indignação contra aquele servo e lhe “entregou aos verdugos até que lhe pagasse a dívida” (v.32-34); a Lei também aparece no versículo 35, quando aparece o ponto de comparação com o reino de Deus.
Evangelho: Pode ser observado no início da parábola, quando o rei “compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou a dívida” (v.27)
De uma maneira geral, a parábola nos mostra que Deus tem compaixão de nós, e que devemos pedir perdão a Deus e confiarmos na sua Graça. Porém, também vemos nesta parábola a ira de um Deus justo.
CREDOR INCOMPASSIVO
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
Disciplina: Princípios de Interpretações Bíblicas Professor: Vilson Scholz
Acadêmico: Éderson André Vorpagel
Data: 06-06-05
Trabalho: Questões
Mt. 18.23-35. A parábola do credor incompassívo
1. Segmentação.
Cena 1 – O rei que cobra de seu servo o valor que este lhe deve, mas mediante súplicas, lhe perdoa a dívida.
Cena 2 – O servo encontra seu conservo e lhe cobra o que este lhe deve, porém, o conservo não tem com o que lhe pagar, suplica, mas é lançado na prisão.
Cena 3 – O rei fica sabendo do acontecido, chama o servo ao qual perdoara a dívida, e lhe entrega a atormentadores, até este pagar sua dívida.
Cena 4 – Nos é dito que Deus fará o mesmo aos que não perdoarem de coração aos que lhe ofendem.
2. Textura – linguagem de elementos atípicos.
Um grande contraste que pode ser observado é que o primeiro devia dez mil talentos ao rei e foi perdoado. E o devedor deste que foi perdoado pelo rei, lhe devia apenas cem denários, uma soma muito menor, porém, não foi perdoado.
Uma palavra pouco usada encontramos no versículo 34, atormentadores. Não sei certo o que poderia significar, mas a NTLH diz que foi entregue para ser castigado, os atormentadores provavelmente seriam os que castigam.
A outra forma seria o talento, que devia de ser uma moeda existente na época, pois a NTLH diz serem moedas de prata.
3. Por que parábola?
Esta seria uma parábola no sentido estrito, pois compara o reino de Deus ao reino comandado por um rei. Deve ser considerada uma parábola porque possui três personagens, o diálogo é sempre entre dois, em um ponto entram personagens secundários, mas que logo saem de cena, como os servos do rei que lhe falam da atitude de seu outro servo, o qual teve sua dívida perdoada, mas perdoou a dívida do seu próximo. No fim, não aparece o motivo das dívidas. A mensagem mais importante fica por final, de que se nós perdoamos nosso próximo, Deus também nos perdoa.
4. Contexto literário (moldura).
Encontra-se num contexto onde se discute sobre o perdão, de quantas vezes devemos perdoar o próximo. Então Jesus conta esta parábola, onde mostra o rei perdoa uma grande quantia em dinheiro ao seu servo, mas mostra o servo não querendo perdoar uma quantia muito menor ao seu conservo.
5. Contexto cultural e histórico.
O texto se encontra num contexto cultural onde existia a escravidão, pois primeiramente a família do servo seria vendida para quitar a dívida. Era uma época onde não havia democracia, pois havia um rei que provavelmente não era escolhido por voto popular. Vemos que a moeda usada é o talento. Um talento equivalia a seis mil denários ou o salário recebido por seis mil dias de trabalho. Dez mil talentos equivaliam a sessenta milhões de denários.
6. Intertextualidade.
Esta é uma parábola que é citada somente no evangelho de Mateus e não tem referências no Antigo Testamento. Ela somente dá continuação ao tema que era abordado anteriormente, quando Jesus é interrogado de quantas vezes devemos perdoar ao irmão.
7. Ponto de comparação.
O ponto de comparação seria o rei representando Deus, os servos somos nós, e nossos muitos pecados são as dívidas dos servos, e assim como o rei perdoa a seu servo, nós também somos perdoados por Deus, porém, se agirmos como o servo agiu, não perdoando a dívida de seu conservo, também não somos perdoados por Deus, pois se quisermos ser perdoados por Deus, devemos nós também perdoar os pecados que nosso irmão comete contra nós.
8. Lei e Evangelho.
A lei se encontra nesse texto na parte onde o rei cobra seu servo, e como este não tem com o que pagar, deveria ter sua família vendida, então vem o evangelho, onde o rei perdoa a dívida do seu servo mediante suas súplicas. Porém, como este não perdoa seu conservo, ele também não é perdoado, e é entregue aos atormentadores. A lei seria que se não perdoarmos os erros do nosso irmão, nossos pecados também não são perdoados por Deus. O evangelho seria que se perdoarmos os erros de nosso irmão, também nossos pecados são perdoados por Deus.
ASPECTOS QUANTO À ADMINISTRAÇÃO DA SANTA CEIA
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASILDisciplina: História e literatura do Novo Testamento Trabalho: Recensão: Administração da Santa Ceia Professor: Clóvis Jair Prunzel Aluno: Samuel Fuhrmann |
ASPECTOS QUANTO À ADMINISTRAÇÃO DA SANTA CEIA
A recensão que será desenvolvida está baseada em um artigo da revista Igreja Luterana. O título do artigo é Aspecto Quanto à Administração da Santa Ceia por Gerson Luiz Linden.
O assunto foi introduzido através dos textos de Lc 22.19 e 1Co 11.24,25, mostrando assim que a Santa Ceia é realizada por Ordem de Cristo.
Fazendo paralelos entre alguns textos bíblicos relacionados à Santa Ceia, o autor considerou alguns pontos relacionados à doutrina e prática da Santa Ceia, principalmente quanto a sua administração.
A Santa Ceia e a Congregação: Neste tópico o autor menciona alguns textos bíblicos, os quais, nos mostram que a Ceia do Senhor era realizada sempre no contexto de comunidade. Em Mt 26.20, a Ceia foi instituída entre o grupo dos doze. O contexto congregacional em que era realizada a Santa Ceia, também é evidenciado em 1Co 11.17-34, onde é tratado de problemas particulares daquela igreja em Corinto.
Também foi mostrada a importância do partir do pão na vida de uma comunidade Cristã. Em At 2.42, observamos que a comunidade originada do batismo e da pregação, após o Pentecostes, via na Ceia um dos elementos básicos para suas vidas.
Linden mencionou os capítulos 10 e 11 em primeira a Coríntios apontando para a comunhão da Santa Ceia como sendo uma comunhão com Cristo, e comunhão entre os irmãos.
Também é importante destacar a idéia de que um visitante, para participar da Ceia, deve primeiro fazer parte da comunidade (O Termo “Visitante”, se refere àquelas pessoas que não confessam a mesma fé). Nesse sentido, Linden afirma: “A mesma doutrina confessada é, pois, o critério que uni as pessoas na celebração na Ceia do Senhor”.
Do meu ponto de vista, o autor se posiciona devidamente baseado nas escrituras para afirmar que a Ceia do Senhor, deve ser realizada dentro de uma comunidade que confessa a mesma fé, pois, em At 2.44, vemos que, aqueles que viviam em comunhão, “no partir do pão” (V.42), viviam unidos por causa da fé em comum.
Em função destas reflexões, o autor aborda o tema comunhão fechada. A Ceia do Senhor foi apontada como sendo uma dádiva de Deus, e não um direito de todos. “Sendo do Senhor, a Ceia deve ser administrada pelo povo do Senhor”.
Também foi mostrado que a comunhão fechada traz uma certa proteção ao visitante. Pois, é evitada a participação indigna, sem o “examinar-se a si” e sem o “discernir o corpo”, que estão ligados à instrução na fé.
A instrução na fé Cristã é muito importante para a participação na Santa Ceia, pois, se houver uma divisão na confissão, há também uma divisão no Sacramento. Nesse aspecto, foi mencionado o texto de 1Co 10. 16-17, onde observamos que Paulo associa a união com os irmãos à união do Sacramento.
O Ministério Pastoral e a Administração da Santa Ceia: Neste tópico, o autor traçou os aspectos que diferem a Santa Ceia, do Evangelho proclamado e do Batismo, em relação a sua administração. O Evangelho deve ser anunciado às multidões, assim como Jesus o fez. Já a Santa Ceia, foi oferecida aos Doze discípulos, em uma comunhão fechada, conforme vimos anteriormente.
O autor mencionou alguns textos, mostrando que o próprio Cristo falou aos discípulos sobre a necessidade de orar, para que Deus enviasse trabalhadores para seara do Senhor, e após, Jesus escolheu os doze e os enviou para a obra da pregação (Mt 9.36-40, Mt 10.1).
Em 1Co 4.1 o apóstolo Paulo manifesta a importância do ministério, “...importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo...”. E na carta aos Hebreus vemos que Deus envia pastores para cuidar e alimentar o seu rebanho. “Obedecei aos vossos guias, e sede submissos para com eles; pois velam por vossas almas [...]”.
Também gostaria de destacar que um ministro deve “[...] pregar o evangelho, perdoar pecados, julgar doutrina e rejeitar doutrina que é contrária ao evangelho, e excluir da congregação cristã os ímpios cuja vida ímpia seja manifesta [...]” (CA XXVIII 21,22). O “excluir da congregação”, refere-se à exclusão do Sacramento.
Com esses textos mencionados pelo autor, considero importante ressaltar a questão sobre os meios da Graça (no que se refere à administração) em relação ao ofício ministerial. Pois, o Evangelho deve ser anunciado a todas as pessoas, e esta missão foi dada aos discípulos, os quais também deviam batizar as pessoas. Tanto a pregação como o batismo, operam a fé. A Santa Ceia, é oferecida pelo próprio Cristo, para aqueles que são unidos pela mesma fé. Com isso, é ressaltada a idéia de “comunhão fechada”, mencionada anteriormente.
Outra consideração importante, é a afirmação de que o Ministério instituído por Cristo tem por finalidade conduzir a igreja no crescimento espiritual (Ef 4. 11-16) Com isso, a idéia de proteção ao “visitante” é ratificada, pois uma participação indigna na Ceia não trará Bênçãos, mas sim, Juízo.
Os Elementos Visíveis da Santa Ceia: Nesta parte o autor mostrou de maneira simples e objetiva que, assim como a água usada por Cristo no batismo, não pode ser substituída por outro elemento, assim também a Santa Ceia deve ser realizada com o pão e o vinho, seguindo fielmente a ordem de Cristo.
Conforme Mt 26. 26-29; Mc14.22-25, os elementos visíveis da Santa Ceia são o pão e o vinho. Embora haja uma discussão sobre o que seria de fato o fruto da videira (genematos tes ampelou), o vinho é o elemento legitimamente referente para expressão “fruto da videira”.
Sobre este assunto, considero importante a referencia da páscoa para mostrar que o vinho é de fato o elemento escolhido por Jesus.
Também é importante mencionar a importância do pão e do vinho no ritual das refeições Judaicas. Por exemplo: o jantar do Shabat.
No final do artigo o autor deixa claro que o assunto aqui discutido não se resolve tão facilmente, pois, sérios estudos acadêmicos dos mesmos textos, têm mostrado outros posicionamentos em relação à administração da Santa Ceia. O que determina estes estudos não são apenas questões exegéticas, mas envolvem questões Hermenêuticas.
Contudo, considero importante ressaltar o texto já mencionado: “Eu afirmo a vocês que nunca mais beberei deste vinho até o dia em que beber com vocês um vinho novo no Reino do meu Pai” (Mt 26.24). Só irão estar no Reino de Deus, aqueles que tem a fé em Cristo Jesus. A estes, que são unidos pela mesma fé, é que deve ser dado a Ceia do Senhor.
Bibliografia:
LINDEN, Gerson Luiz. Aspectos Quanto à Administração da Santa Ceia. Igreja Luterana, São Leopoldo, n.1, p.5-12, jun. 2001, vol.60.